terça-feira, 3 de dezembro de 2024

“Instituto de Educação Ministro Costa Manso”, o "Costinha", do bairro Itaim Bibi, São Paulo!

...antes havia elevada "formação", hoje há muita "informação"!

Hoje encontrei-me com meu passado estudantil, pois o colégio onde estudei na juventude está localizado onde foi demolido o antigo Mappin, no Itaim Bibi!

Recebi neste “local sagrado” o saber necessário, aquela formação que carrego até os dias presentes, de nível alto transmitido pelo quadro de Mestres, sim, “Mestres”, que nos dirigiu para a vida.




 Em 1964 foi instalado novas dependências à Rua João Cachoeira, no Bairro Itaim Bibi, situado próximo ao Córrego do Sapateiro, que desce a Avenida Juscelino Kubitschek, na época canal aberto em direção ao Rio Pinheiros e vizinho ao depósito do Mappin, esquina da Avenida Juscelino Kubitschek. 

Antes usava as dependências da Escola Estadual Aristides de Castro, situado à Rua Leopoldo Couto de Magalhães Jr.

Hoje a região do Itaim Bibi é um dos lugares mais valorizados da cidade de São Paulo, mas antes eram áreas de chacareiros e criadores de vacas leiteiras.

 O “Colégio Estadual Ministro Costa Manso”, posteriormente denominado “Instituto Estadual”, era de nível elevado, estando sobre a responsabilidade do diretor, Professor Athos da Silva Ferreira, ladeado por professores de formação acadêmica invejável, Como Maiomone, de ciências, Mirtes, de história, Tonica, de canto, Irene e Moreau, ambos de francês, Tabir Pirajá, geografia, Lessa, de trabalhos manuais, e tantos outros que sem dúvida alguma formaram a base para estruturar nosso caráter, nossas vidas.





Do bom momento de adolescência, das aulas, das provas temidas, das matérias que estudávamos pouco, dos jogos esportivos, dos companheiros, fogem nomes entre os recordados: Nicolai, Sergio Porto, Carlos Miranda, Lessa, filho do professor Lessa, Alfio.

Nosso uniforme azul marinho garboso, completado por camisa branca onde do lado esquerdo estava bordado o símbolo de uma tocha com as iniciais C.E.M.C.M. (quando tornado instituto trocou-se o primeiro C pelo I) que em tempos de inverno era coberto por espessa japona pesada. As atividades físicas estavam presentes e a participação era obrigatória para formar "mente sã em corpo são" de todos os alunos e alunas, havendo classes (salas de aulas) distintas!



O nível era elevado, a média bimestral era com notas sete (7,0) para evitar o exame final, podia-se “repetir de ano” sem essa condição das notas, e se repetisse duas vezes era “jubilado”, não estudava mais nesse colégio!!!

Eram os alunos a matéria prima a lapidar pela eficiência dos mestres. Nossa escola era pintada de azul e branco e essas cores prevaleceram por muito tempo, hoje "amarelou"...como o ensino!!!




sábado, 30 de novembro de 2024

Centro Empresarial de São Paulo, CENESP, no Bairro Jardim São Luiz, São Paulo

 O Grupo Bunge y Born iniciou suas atividades no Brasil em 1905. Em meados dos anos 70, a corporação decidiu construir uma sede para centralizar as operações de suas empresas no País, entre as quais a S.A. Moinho Santista e Tintas Coral.




 O projeto do novo empreendimento foi confiado a João Henrique Rocha e idealizado pela Lubeca S.A. e construído no bairro Jardim São Luiz, no morro do Elizeu, em São Paulo, na Avenida Maria Coelho Aguiar, 215

O Centro Empresarial de São Paulo é um complexo de escritórios de empresas de médio e grande porte que foi planejado e administrado pela LUBECA S.A. EMPREENDIMENTOS E ADMINISTRAÇÃO em uma área de 23 hectares (230 mil metros quadrados. A LUBECA era associada à S.A. Moinho Santista, sendo o projeto iniciado em 1974.


O Centro Empresarial de São Paulo teve sua primeira etapa concluída em 1977 totalizou com seis blocos de oito andares de escritórios perfazendo uma área de 350 mil metros quadrados, sendo que os blocos possuem altura máxima de 55 metros circundados com 175 metros quadrados de paisagismo.



 A primeira empresa a se instalar no empreendimento foi a multinacional francesa Rhodia, em 1977.

 O Centro Empresarial de São Paulo está localizado a 17 quilômetros do centro da cidade de São Paulo, entre as avenidas Guido Caloi e Maria Coelho Aguiar.


 Foi inaugurado em 1977 de quase 500 mil metros quadrados de construção, onde circulam 20 mil pessoas diariamente. O projeto ficou a cargo da Construtora Alfredo Mathias, em 1973, com a assinatura da parte civil do engenheiro João Henrique da Rocha e o paisagismo sobre responsabilidade de Victor Del Mazo.

O conjunto composto em seis espigões foi construído para comportar empresas de renome internacional, lojas, agências bancárias, lanchonetes e restaurantes, centro de convenções, farmácias e correio. O restaurante Belvedere possuía visão panorâmica e ocupava a parte de trás do Morro do Eliseu, como era conhecida toda esta área, oposto a atual Avenida Maria Coelho Aguiar que também já se denominou como Avenida São Luiz. A responsável para a construção do Centro Empresarial de São Paulo, LUBECA, era um braço do Grupo Santista e foi constituída para construir o Centro Empresarial que à época estava orçado em 230 milhões de reais.

 

A Moinho Santista estava associada a Bunge Y Born o maior grupo empresarial de Argentina, fundada em 1884 por Ernesto Bunge y Jorge Born, com ramificações em várias partes do mundo no ramo de alimentos, ingressando no Brasil no setor algodoeiro. A S.A. Moinhos Santista, a Sociedade Algodoeira do Nordeste Brasileiro (SANBRA) e a Moinho Fluminense S.A. estavam na composição acionária da empresa LUBECA.

 

A LUBECA também possuía o interesse em um grande projeto urbanístico denominado Panambi, na antiga Estrada do Morumbi, onde hoje está sendo construído o complexo viário da ponte Itapaiúna, numa área total de 484 mil metros quadrados de vegetação natural. Á época a LUBECA planejava instalar no local 35 edifícios de alto padrão, residencial, 12 comerciais e 2 parques, área de lazer, um hotel 5 estrelas do grupo HYATT e um centro gastronômico.



 Por razões de cunho empresarial a LUBECA passou a ser denominada Panamby Empreendimentos e Participações Ltda.

A Panamby participa com 29,3% do condomínio do Centro Empresarial, que é integrado por fundos de pensão, a maioria estatais, e empresas que mantêm sede no local.


Orestes Quércia, governador de São Paulo de 1987 A 1991, adquiriu em 2002 a Panamby Administração e Participações Ltda., que controla o Centro Empresarial de São Paulo.

A Sol Invest Administrações e Participações, holding imobiliária do ex-governador, comprou do grupo argentino Bunge, a administradora do Centro Empresarial, na marginal de Pinheiros, zona sul de São Paulo, sua participação, tornando-se acionista do Centro Empresarial, (conhecido pela sigla CENESP).

 

Ref.

http://mzcast.mz-ir.com/webcast/bcfund/html/2018-11-08/cenesp_finalizado.mp4

https://pt.wikipedia.org/wiki/Centro_Empresarial_de_S%C3%A3o_Paulo

 

https://centroempresarial.com.br/nossa-historia/

https://carlosfatorelli27013.blogspot.com/2016/01/o-morro-do-elizeu-e-o-centro.html

sexta-feira, 29 de novembro de 2024

Jacaré, O “Sargento” do Exército da Salvação, motorneiro dos bondes de Santo Amaro/SP

Miguel Pereira dos Santos era “motorneiro” dos bondes da antiga Light and Power, que deteve o sistema de transporte de veículos elétricos em São Paulo. Jacaré trabalhou nos bondes de Santo Amaro ao centro da Cidade de São Paulo, na empresa canadense até sua aposentadoria da década de 1950.

Seu apelido que ganhou notoriedade e recebeu esse nome de um filme americano que havia um personagem com esse apelido.

Sua farda azul marinho era sua marca registrada completada com seu grande bigode.


O Sargento Jacaré participava da Igreja Batista e em 1953 entrou para o Exército da Salvação[1] e a partir de 1959, tornou-se o seu mais importante relações públicas na cidade de São Paulo, com seu jeito peculiar suas incursões noturnas por bares, restaurantes e boates entrando no recinto com sua maneira simples e de alegria, angariando a simpatia de todos.

O Exército de Salvação foi registrado no Brasil em 1922 motivada em ajudar pessoas, por amor a Deus, “abriu fogo” nas regiões do Rio de Janeiro, estendido nos anos seguintes no sudeste, sul, nordeste e norte do país. A missão era seu lema: “Salvo para Servir”.

Era redigido, pela entidade, o Jornal “Brado De Guerra”, e Jacaré com alguns exemplares ia fazendo sua apresentação com citações bíblicas em formatos pequenos indo de mesa em mesa participando das brincadeiras dos que estavam no recinto e transmitia o seu carisma, recebendo os donativos espontâneos que pingavam aqui e acolá!

Sua presença se acentuava no mês de dezembro de cada ano, próximo ao Natal, quando entoava a canção marcante de sua presença ao cantarolar: Glória, Glória, A-le-lu-ia, repetidas vezes! 

Em 1986 houve seu passamento terreno ocorrido na Santa Casa de Misericórdia aos 76 anos, e muitos sentiram sua falta costumeira de boêmios que se tornaram seus amigos!!! 

Sua passagem terrena fez parte do noticiário paulistano: 

Miguel Pereira dos Santos, conhecido como “Jacaré”, sargento do Exército da Salvação, personagem da noite de São Paulo, que durante trinta anos percorreu bares e restaurantes da cidade para recolher donativos. O sargento Jacaré morreu dia 1° de setembro de 1986, aos 76 anos, de complicações hepáticas, em São Paulo.

(Fonte: Veja, 10 de setembro, 1986 – Edição 940 – Datas – Pág; 97)

 

 

Referências:

O ESTADO DE S. PAULO - 07 de setembro de 1986 - pag. 44 fl 2

https://blog.exercitodoacoes.org.br/2022/12/exercito-de-salvacao-comemora-100-anos-no-brasil/



[1] Exército de Salvação

https://www.exercitodesalvacao.org.br/nossa-historia

No ano de 1865 o Exército de Salvação surge na Inglaterra com William e Catherine Booth, em meio à Revolução Industrial, numa sociedade que passava por uma das maiores revoluções da sua história. Logo no início, sua luta era para que os pobres também pudessem frequentar as igrejas e assistir aos cultos como os outros de classes sociais mais favorecidas.

sexta-feira, 15 de novembro de 2024

O Time de Futebol de Salão Maninhos: Jubileu de Ouro em 15 de Novembro de 2024

 Os Maninhos Futebol de Salão formou-se bem antes de todo mundo ser chamado de “manos” na atualidade!

Surgiu na quadra de futebol de salão dia 15 de novembro de 1974, no dia dos festejos da Proclamação da República do Brasil, porque o Padre Edmundo da Mata construiu uma quadra do lado da paróquia São Luiz Gonzaga e liberava em feriados e fins de semana para os jovens praticarem esportes.
O padre Edmundo promoveu um campeonato da Igreja São Luiz Gonzaga, com 8 times da redondeza e o Maninhos ganhou sua fama tornando-se CAMPEÃO!
Nascia deste modo o Maninhos Futebol de Salão que teve sua primeira formação constituída dos seguintes jovens do bairro do Jardim São Luiz:
Amauri, Ivo, Toninho, Esquerdinha, Luís Alberto, Chiquinho da Rua 2.
Outras escalações se seguiram, não sabemos se há uma ordem de chegada deste ou daquele, mas todos fizeram a grandeza do Maninhos:
Pinduca, Artur da Liga, Jaldo, Robertinho da 7, Toninho BullDog e outros componentes se não recordados aqui, [e apenas uma falha de memória do tempo.
O time fortalecia-se e outros integrantes apareciam para edificar o nome do Maninhos Futebol de Salão:
Os Irmãos Tolentino, Zelo, Bel da família Fraga, Edson Japonês da Rua 25, Jorge Pinheiro, Marquinhos, Zé Carlos, goleiro que defendia a Casa Esperança, chegou depois para “fechar o gol dos Maninhos”!
Depois vieram outros meninos formados dessa “várzea esportiva” da zona sul:
Tigueis, Juquinha da 25, Valter Tomatão, Robertinho, Formigão, Eurípides.
As meninas foram no mesmo caminho esportivo e formaram um time de vôlei vencedor com Cleusa, Sandra, Laura e sua irmã Lana, Celia irmã do Boia, as irmãs da família Coutinho da Rua 28.
O time agora era a esquadra que tinha que ser batida em campeonatos assim o Maninhos foi convidado para participar de copas esportivas na região, como a Copa Kaiser, Bola Preta de Santo Amaro, Copa Mimura, e com convites até fora de São Paulo, em Taboão da Serra e Itapecerica.
Consta dessas disputas o Campeonato do Center Ball onde o Maninhos Futebol de Salão, sagrando-se campeão do torneio na década de 1990 onde o artilheiro foi o atacante da agremiação o jovem Luís Antonio!
A primeira festa aconteceu na casa da família Lisboa Santos, onde estavam os irmãos Jaldo, Valdo e a caçula Gicélia Costa, que residiam anteriormente na Rua Capitão Fidélis, em Santo Amaro, antes de residirem definitivamente no Jardim São Luiz.
Não havia uma sede para os encontros semanais e isso era feito no escadão que começava na Rua 2, hoje Rua Satulnino de Oliveira, na casa da Lena e Esquerdinha, onde havia sempre a alegria de rodas de samba.
Depois se formou o time de campo dos sêniores onde estava à frente da estrutura nosso amigo Adilson Tolentino que tinha como padrão o bom relacionamento com outros times da região da zona sul!
...e deste modo o Maninhos, hoje 15 de novembro de 2024, se consagra atingindo seu jubileu de ouro:
50 ANOS DE TRADIÇÃO E AMIZADE!
*Se houver algo a acrescentar, seria bom para ampliar essa crônica do Time Maninhos!!!
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