segunda-feira, 27 de março de 2023

O circo, a Trupe e o Dia 27 de Março

 (História original publicada em 16/06/2009 no antigo Site São Paulo Minha Cidade)

 


Talvez eu não seja a pessoa indicada para falar sobre a magia do circo, mas tudo sucede a nossa volta como uma peça de um grande espetáculo da vida.

Há tempos, estava na região do Itaim Bibi e Vila Olímpia, próximo às avenidas Presidente Juscelino Kubitschek e Chedid Jafet, continuação da Rua Funchal, havia à frente uma lona colorida de amarelo e azul, era o "Cirque du Soleil", de Québec, apoiado pelo governo do Canadá com subsídio de 20 milhões de dólares anuais, montado no terreno "baldio" atrás onde estava o esqueleto do prédio da Eletropaulo, adquirido por R$ 175 milhões por uma administradora no ano de 2002.

Do lado oposto outra lona tentava manter seu apogeu, o Picadeiro Circo Escola, era o contraste das diferenças.

Surgiu-me um lampejo infantil, recordando daquilo que vi de mais colorido e fascinante, "O Circo". Não eram os mais afamados da época, mas era "O Circo", e isto bastava para a imaginação de criança.

Percorri um pouco da história e recordei de uma foto tirada do Circo Garcia, sem a pompa do passado, nascido em Campinas, ganhando o mundo a partir de 1928, quando Antolin Garcia, por uma intuição de artista, seguiu a trupe do circo de Benjamim de Oliveira, assim se apresenta na história. O Circo Garcia excursionou por vários países, sendo considerado entre os maiores do mundo, representando o país com o nome de "Circo Brasil". Sua última apresentação foi em dezembro de 2002, com preços módicos, em Santo Amaro, mais precisamente na estrada do M'Boi Mirim, onde atualmente situa-se o Terminal de Ônibus Guarapiranga, mas não havia público. No apogeu chegou a levantar cinco lonas simultâneas para receber o respeitável público, com um plantel de mais de duzentos artistas do maior "escrete" de artistas circenses.

Na véspera da apresentação circense, alguns artistas andavam pelas ruas, acompanhados da música e da poesia, além de um grupo de artistas em piruetas e cabriolas com um palhaço à frente, com um cone nas mãos anunciava o espetáculo da arte e do riso descontraído.

"Respeitável Público, O Espetáculo Vai Começar".

A apresentação, feita por um senhor muito bem talhado de fraque com uma cartola na mão, completava a vestimenta com uma gravata borboleta, e na mão esquerda uma bengala, reverenciando a plateia, dava início a uma frenética apresentação, onde os olhos infantis não podiam piscar para não perder nada do espetáculo.

O picadeiro ficava repleto de artistas em movimento, circo é movimento das estripulias dos palhaços, bem coloridos, a alegria das crianças, seguido de homens em pernas de pau, os maiores homens jamais vistos; malabaristas, lançando mais objetos no ar do que a física imagina ser possível as mãos segurarem; pirotecnias de chamas flamejantes; atiradores de facas em um corpo inerte "amedrontado"; equilibristas pendentes no ar a jogar o corpo no espaço livre como se não houvesse gravidade. De repente um palhaço maroto retira a rede e começa a rufar os tambores, uma moça com vestimenta brilhante, a mais elegante e bela artista do plantel está prestes a ser lançada por homens treinados na arte. Sai o corpo em piruetas fascinantes de um lado a outro, completando o "Maior Espetáculo da Terra", como anunciado anteriormente.

Muitos de nós não tínhamos como pagar os ingressos das bilheterias, não que fossem elevados, mas as condições eram poucas, ficávamos a rodear a lona, já com o espetáculo iniciado, até alguém se distrair, ou que nos infiltrasse por baixo da lona, entrando de mansinho por baixo das tábuas dos assentos e finalmente o espetáculo estava a nossa frente, maravilhosamente lindo! Globo da morte, acrobatas, pratos a girar, risos com aplausos misturados, uma "algazzarra moura" bem-comportada.

Recordei-me de nomes consagrados, e permita-me citar alguns que fizeram da arte as suas vidas, e sem dúvida é uma galeria das mais respeitáveis: Piolim, Carequinha, Arrelia, Chicharrón, Torresmo aproximavam da ingenuidade dos anjos dos olhos mais brilhantes possíveis, os das crianças!

Arrelia vinha de família de artistas de origem da trupe francesa, seu pai, Ferdinado Seyssel, foi o palhaço Pingapulha. Deste modo, da estirpe dos Seyssel, o filho Waldemar tornou-se o comediante Arrelia, que contribuiu para a fantasia e construção do imaginário infantil. Começou a trabalhar como palhaço em 1922, no bairro do Cambuci, em São Paulo, empurrado para o picadeiro pelos irmãos que o pintaram e o vestiram de palhaço. Assustado, o jovem caiu de mau jeito no picadeiro, fez trejeitos e muitas caretas. Machucado, levantou-se mancando, enquanto o público ria e aplaudia freneticamente, pensando que estava fazendo graça. O sucesso apareceu de imediato, nascendo, então, neste dia o palhaço Arrelia.

Seguiu-lhe os passos seu sobrinho Walter, fiel escudeiro Pimentinha, um pierrô estilizado com um cone na cabeça, suspensório clássico segurando as calças, formava a dupla televisiva da Record, programa de televisão para crianças, em 1953, tendo a direção de Paulo Machado de Carvalho, o Marechal da Vitória, chefe da delegação brasileira das campanhas vencidas pelo Brasil das Copas do Mundo de 1958, na Suécia, e de 1962, no Chile.

Piolin, nome do artista Abelardo Pinto, nascido em 27 de março de 1897 em Ribeirão Preto, foi assim batizado por ser magro e ter as pernas compridas, como um barbante (em espanhol). Aprendeu acrobacia, ciclismo, contorcionismo, tocava violino e bandolim. Herdou o circo do pai e com a família manteve o Circo Piolin no Largo do Paissandu, em São Paulo, por mais de trinta anos. Em sua homenagem foi instituído o Dia Nacional do Circo, 27 de março data instituída, em 1972, no município de São Paulo, atualmente comemorada em todo território nacional. O ano de 1972 apresentava duas conotações de homenagem, uma ao Circo, outra à comemoração dos cinquenta anos da Semana de Arte Moderna, pois Piolin conquistou o reconhecimento dos intelectuais da Semana da Arte Moderna em 1922, como exemplo de artista genuinamente brasileiro e popular, rompendo os padrões de então, por ser eclético. No palco hipnotizava o público, sustentando sozinho a cena para que houvesse tempo de outros artistas se prepararem para os próximos números; atuando despojadamente de improviso, mudando repentinamente a ação, cantando e dançando, enfim, completo nas ações cênicas, além de saber contracenar com o público; tão em voga atualmente, interagindo a plateia em peças do teatro.

Coincidentemente, em 27 de março, Dia Nacional do Circo, comemora-se também o Dia Internacional do Teatro, uma simbiose perfeita. Piolin idealizou a primeira escola circense, em 1977, próximo ao estádio do Pacaembu, após ter mudado do Largo Paissandu, centro de São Paulo.

A magia do picadeiro foi representada por famílias inteiras, que fizeram dos mais afamados circos itinerantes pelas estradas afora trajeto de seu trabalho, para chegar de uma para outra cidade, com transporte em carros, trailers, caminhões, fincando a bandeira em terreno baldio, estaqueando estais a puxar a lona que formava a estrutura do circo.

Deste modo levantavam muitas lonas pelo país como as do Circo Nerino, de Nerino Avanzi e família; fundado em Curitiba em 1913, que vindo para São Paulo montou sua primeira lona no Vale do Anhangabaú e apresentou o palhaço Picolino, e a trapezista francesa Armandine Ribolá; sendo chamado de o Mais Querido do Brasil.

Os Irmãos Queirolo de Giácomo Queirolo e Petrona Salas, de origem platina, fixaram-se no Paraná em 1910, que teve no elenco Jose Carlos Queirolo, o palhaço Chicharrón, pai de Brasil José Carlos Queirolo, o palhaço Torresmo. Sua baixa estatura era compensada pelo seu grande talento, onde o ditado de que tamanho não era documento mostrava-se dentro de uma casaca de rendas coloridas completada por um laço, sapatos enormes e um guarda-chuva sempre a rodopiar no ar acompanhado de seu sorriso espontâneo. No dia 12 de outubro de 1950, Dia das Crianças, Torresmo estreou na TV Tupi.

O circo dos Irmãos Queirolo baixou suas lonas de vez em 1979, pois eram outros tempos.

O Circo-Teatro Arethuzza estabeleceu-se na região da Mooca por volta de 1940. Foi resultado de fusões e sociedades entre artistas circenses no Brasil, dos Circos Glória do Brasil, Luso Brasileiro, Colombo e, finalmente, Circo-Teatro Arethuzza, das famílias Faria, Oliveira, Santoro e de Antonio Neves, sendo sua filha Arethuzza a primeira "aramista" do Brasil.

A história rica do circo nos contempla também com o Circo dos Irmãos Temperani, sendo o patriarca Leopoldo Temperani, casado com a artista do trapézio, Paulina Magri. Inovando com o canhão humano, onde seu filho Guilherme foi o primeiro homem-bala das Américas.

Em 18 de setembro de 1950 é inaugurada a primeira estação de televisão do Brasil, a TV Tupi de São Paulo, em 1951 é instalada a TV Tupi carioca. Foi criado o programa "Circo do Carequinha", que ficou no ar por dezesseis anos, apresentado pelo famoso palhaço brasileiro que marcou gerações: George Savalla Gomes, ou melhor, Carequinha. Tinha refrão característico dos palhaços em apresentação: "Hoje Tem Marmelada? Tem Sim Senhor! E O Palhaço O Que É? É Ladrão De Mulher." Gravou também vários discos com seu parceiro Fred Vilar.

Tivemos nipônicos participando dessas raízes, registrando as famílias de japoneses Takissawa Mage, patriarca da família Mange, que chegou ao Brasil, no início do século, casando-se com Aída Beltrami, oriunda de família italiana do picadeiro, formando a união de dois ramos da mais nobre estirpe circense. O clã dos Olimecha aportou no Brasil, em 1888, anterior a grande leva imigratória de 1908. Seu fundador foi Haytaka Torakiste, nascido em Osaka, com o nome de Frank Olimecha, participou da arte da pantomima circense.

Em 1982, pela iniciativa do artista circense Luís Olimecha, instituiu-se a Escola Nacional do Circo com apoio da Fundação Nacional de Artes, FUNARTE, do Ministério da Cultura, que possui currículo de escola técnica da arte circense, exemplo que poderia ser seguido por São Paulo, que possuía o Picadeiro Circo Escola na Cidade Jardim, nº 1105, que apresentava em cartaz:

"Picadeiro Circo Escola - Aulas para Todas as Idades: Acrobacias, Malabares, Equilíbrio e Muito Mais". Poderia ser o início para concretizar o projeto com currículo educacional.

Fica a homenagem dos encantos da poesia e da magia do circo de nossa infância, do "Dia Nacional do Circo", 27 de março, e do dia 10 de dezembro, "Dia do Palhaço", ou da alegria, mesmo quando não é possível sorrir.

"O circo não tem futuro, mas nós, ligados a ele, temos que batalhar para essa instituição não perecer" - Piolin, pouco antes de partir "da vida"... das crianças.

O exposto foi recolhido em várias literaturas acadêmicas e depoimentos expostos na mídia de profissionais circenses, a quem tenho grande apreço e admiração. Há falhas, sendo necessário recolher com mais afinco a cultura deste grande universo que é o Circo.

 

quarta-feira, 15 de março de 2023

Padre Décio Fogagnolli Junior, a Paróquia São Luiz Gonzaga e a Comunidade Nossa Senhora da Penha / Bairro Jardim São Luiz/ SP

Padre Décio Fogagnolli Junior, nasceu em 10 de outubro de 1960, sendo filho do senhor Décio Fogagnolli e Janice Salinas Fogagnolli, onde formou seu sentimento humanista transmitido também para Mônica Fogagnolli, sua irmã caçula.

O bairro do Ipiranga, em São Paulo, foi o local de uma infância, simples como de muitos imigrantes, onde as fugas freqüentes eram para brincar próximo a Paróquia Nossa Senhora Aparecida, onde havia valetas feitas no desenvolvimento da cidade, verdadeiras armadilhas, onde o garoto Décio era sempre resgatado por seu pai, pois a profundidade não deixava possibilidades de sair por si, onde o local tinha mais profundidade que seu tamanho.

Cursou a Escola Estadual “Visconde de Itaúna”, e o Curso Técnico em Contabilidade do “Colégio Modelo”, formando-se na área contábil.

Trabalhou em empresas da economia privada no setor de importação na montadora sueca de caminhões SCANIA, e na ESMALTARTE como comprador de matérias primas e além destas, trabalhou no setor de créditos ABN AMRO BANK, aplicando seus conhecimentos na área contábil.

De repente uma “luz instantânea vinda dos céus” deu-lhe um despertar e apoiado por padres da Nossa Senhora do Sion, em particular o grande incentivador padre Antônio Brito, fê-lo passar pelo Seminário Propedêutico São Pedro e São Paulo, no Morumbi.

Formou-se em filosofia na UNIFAI do Ipiranga. O caminho estava sendo trilhado com muita firmeza, completando a Faculdade de Teologia Nossa Senhora Aparecida no Ipiranga. Estudou no Seminário Diocesano Nossa Senhora Aparecida em Taboão da Serra, na Diocese de Campo Limpo, em São Paulo.

Como seminarista trabalhou na Paróquia São José do Ipiranga com o padre Antônio Brito. Serviu também no Jardim da Saúde na Paróquia Santa Cristina com padre Berti, depois foi enviado para outra missão, mais longe, no município de Embu-Guaçu, com padre Lucindo, e mais tarde na Paróquia Bom Jesus de Piraporinha, na zona sul, onde se tornou diácono em 22 de novembro de 1996. Na Diocese Campo Limpo foi ordenado sacerdote em 28 de dezembro de 1997, pelo bispo Emilio Pignolli.

Nas paróquias nas quais passou demonstrava verdadeira competência na área contábil, experiência advinda das empresas privadas onde o controle financeiro mantinha a boa administração! 

Foi vigário da Paróquia Santa Edwiges, no Jardim Santo Antônio, em São Paulo, entre os anos de 1997 a 2000, passando a vigário da Paróquia São Luiz Gonzaga, no bairro Jardim São Luiz, em São Paulo, no período de 2000 a 2011, tendo como pároco o padre Edmundo da Mata.

Exerceu a função de Capelão Diocesano e Diretor de Pastoral dos Enfermos da Diocese de Campo Limpo onde participava nos hospitais em visitas aos enfermos e celebrações de conforto espiritual a muitos.

Em 08 de junho de 2008 conseguiu-se espaço comunitário para formar a Comunidade Nossa Senhora da Penha, à rua Caetano Dias Pereira, nº 28, que era antiga Sede da Sociedade Amigos do Bairro Jardim São Luiz, para celebrações que ocorriam todos os domingos, onde participavam todos aqueles pioneiros do bairro. Deste modo nasceu a Comunidade Nossa Senhora da Penha, assim denominada em homenagem a antiga Capelinha que existia onde hoje fica o mercado Assaí, e que foi demolida em maio de 1973.

Em 07 de setembro de 2008, foi oficializada a Comunidade Nossa Senhora da Penha, reportada à Paróquia São Luiz Gonzaga, com a presença do bispo Diocesano de Campo Limpo, Dom Emilio Pignolli, em uma de suas últimas aparições como bispo diocesano, onde serviu pela graça de Deus por longos 19 anos dando lugar ao bispo Dom Luiz Antonio Guedes, que assumiu as funções episcopais em 27 de setembro deste ano.

Ainda nessa mesma Diocese serviu na Paroquia São Francisco de Assis, no Jardim Alvorada, Taboão da Serra, em São Paulo.

Sua missão estava sendo encaminhada na busca de novos desafios e em 2012 transferiu-se para a Diocese de Itapetininga, tendo à frente desta diocese, o Bispo Gorgônio Alves da Encarnação Neto.

Ao padre Décio Fogagnolli, a comunidade do Jardim São Luiz/SP expressa a mais alta estima e gratidão, ficando registrado sua reflexão desta entrevista à época: 

Você é bom pregador, o que faz você ser tão realista?

“A verdade. É ela que me faz realista. Percebi pregando, que as pessoas se satisfazem quando explicamos a palavra de Deus, sem máscara ou contos fantásticos. A verdade é a melhor evangelização. Jesus é o Cristo, o Salvador, mas também foi homem como nós. Mostrar a divindade de Jesus, mas também mostrar que ele sentiu fome, sede, dor e necessidades, faz com que as pessoas se identifiquem melhor com ele.”

“A verdade vos libertará”!

 

*Parte do exposto concedido em entrevista em 10 de outubro de 2008
























 

sábado, 11 de março de 2023

NEPOTISMO e NEPO-BABIES: Farinha do mesmo saco e angu da mesma panela

O “NEPOTISMO e agora os NEPO-BABIES” é um angu da mesma panela, dos “babies” que tem pais exercendo um poder tanto na política quanto no meio artístico.

Nepotismo se originou a partir do latim “nepos”, que significa literalmente “neto ou descendente".

Nepotismo é o favorecimento de parentes ou amigos próximos em detrimento de pessoas mais qualificadas, sendo a prática de favorecer parentes ou amigos próximos em questões de emprego, política ou negócios.

O Nepotismo ocorre quando um agente público usa de sua posição de poder para nomear, contratar ou favorecer um ou mais parentes.

O nepotismo nas câmaras municipais, estaduais ou federais brasileiras é disfarçadamente bem aplicado, ou seja:

Um político “X” tem direito a assessores em seus gabinetes e para proteger o sistema “contrata” o parente de seu parceiro político “Y” e este “contrata” para seu gabinete os parente de “X”, e tudo ocorre sem ninguém ser inquerido deste uso do “nepotismo lícito”!

Agora surgiu o termo Nepo-Babies, que se refere aos filhos ou familiares de artistas que acabaram tendo um acesso privilegiado no meio artístico: os Nepo-Babies (ou Nepo-Baby), são os filhos “encaixados” no meio artístico protegidos pela fama de seu pai ou mãe, ou de ambos!

Pode também ser aplicado o termo Nepo-Babies para políticos que “encaixam” seus filhos, os seus babies, ou parente próximos na política, com grande influência de seus mentores, no caso seus pais sanguíneos ou adotados politicamente.

O termo “Nepo-Babies” é utilizado em referência aos filhos que se beneficiaram das conexões familiares para conseguir oportunidades tanto no entretenimento quanto em outros campos, acentuadamente na política ordinária do Brasil, sendo que não possuem a qualificação necessária para exercer quaisquer funções, tanto artísticas quanto política, mas são protegidos pelo sistema beneficiário destes cargos!

Ambos termos são "farinha do mesmo saco"!!!

O Futebol de Várzea e a Indústria em São Paulo

 História original publicada em 06/02/2008 em São Paulo Minha Cidade

 

O futebol de várzea paulistana tornou-se área de concentração de convívio de participação coletiva dentro de um espaço de pouco valor, por ser de várzea com muitos alagados provenientes em tempos das cheias nas margens do principal rio de São Paulo, o Tietê, alimentado por afluentes que tiveram grande importância para a cidade de São Paulo, como os rios Pinheiros e Tamanduateí, usados num primeiro instante como transporte. Em suas margens foram criados os clubes de regatas como o Tietê, Espéria, Ipiranga e tantos outros que tinham o rio como a meta principal das disputas ou como simples navegação de lazer.

Em suas margens muitas pessoas exerciam outras atividades, como a pesca, além da extração de areia, transportada por carroções fechados, atrelados com “pareias” de animais para a construção da cidade.

Nestas mesmas margens de várzea destes rios, nasceu o futebol de várzea em alusão as áreas dos rios, sendo por muito tempo o celeiro de grandes jogadores dos times da capital e muitos representantes de clubes oficiais de futebol iam aos fins de semana observar as disputas animadas e selecionar os que se sobressaíssem nas “pelejas”. Havia o preconceito de quem, nos idos de 40, tivesse relações com o esporte bretão, sendo taxados de vadios, preguiçosos ou vagabundos.

Do outro lado dessa estrutura estava a indústria paulista em franca ascensão, embora esta tardia industrialização não fosse uma “revolução”, pois as máquinas vinham de países interessados em determinadas atividades fabris e o mundo carecia de alta produção industrial e necessitava de mão de obra.

A mão de obra foi formada por antigos chacareiros e plantadores de café vindos da roça empurrados pela queda de produção no interior e deslocavam-se em direção à Capital.

Este proletariado incipiente precisava ser formado para exercer atividades de torneiro mecânico, fresador, retificador, ajustador mecânico, mecânico de manutenção, operador de tear, formados pelo Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial, SENAI, escolas preparatórias de uma mão de obra urgente para produção. As indústrias mantinham os grêmios esportivos apoiando a atividade nos campos de futebol, apoiados pelo Estado que necessitava de aumento de produção para seu crescimento e gerando os impostos de produtos industrializados e os de circulação de mercadorias, que geravam meios de sustentar o crescimento da cidade, com o operariado incentivado em adquirir terrenos na periferia de São Paulo num raio mínimo de 20 km.

Cresciam os campeonatos de várzea, verdadeiras disputas de casa cheia ao redor do alambrado de madeira frágil onde os ídolos do futebol de várzea proporcionavam verdadeiras disputas esportivas, muitas vezes copiadas, jogadas pelo profissionalismo no moderno Pacaembu construído na década de 40.

O custo para a participação desta atividade esportiva era baixo, pois o prazer estava em discutir lances da peleja num boteco ao lado do campo, jogando conversa fora para esquecer o trabalho árduo das fábricas e oficinas durante a semana, verdadeiro tônico para recomeçar as atividades produtivas da modernidade que tinha que chegar ao Brasil a todo o custo, com muito trabalho, salário-mínimo, e pouca instrução.

O “Clube do Mé”, de 1948, foi exemplo típico, da vontade popular de criar nestas áreas de várzeas, verdadeiras agremiações de festivais de finais de semana, com vários campos usados pelo futebol de várzea, ladeados por uma estrutura invejável de agremiações respeitadas como clubes, sustentadas por sócios que pagavam regularmente suas mensalidades simbólicas como membro de determinado time com nomes pomposos como Marítimo, Canto do Rio, Grêmio Itororó, Flor do Itaim, Marechal, Cruz Vermelha, Vila Olímpia, e tantos que fizeram parte da várzea paulistana de norte ao sul de leste a oeste e hoje perdem estes espaços de confraternização comunitária do esporte amador.

Estes mesmos operários que construíram a moderna de São Paulo foram aos poucos deslocados para outras áreas devido à pujança desta Grande Capital. Deste modo o futebol de várzea não morreu, mudou de lugar pelos interesses do futebol amador assegurando seu próprio ritmo a participação popular, refletindo sua cultura constituindo estes valores de participação esportiva da periferia.

A “identidade nacional”, o futebol, é o único modelo de ascensão de craques dos campos de “peladas”, malnutridos, mal instruídos, mas bons de bola. Não foram construídos nos laboratórios dos clubes modernos, mas desceram dos morros para ser lapidados e vender alegria, embora muitas vezes estes pouquíssimos atletas sejam verdadeiros produtos de grande valor financeiro, mercadorias, que serão copiadas e vendidas na metrópole de São Paulo e tantas outras capitais de expansionismo do futebol moderno.

O “Clube do Mé” tornou-se Parque do Povo, na Cidade Jardim, Marginal Pinheiros, e deve receber um monumento: “Os Trabalhadores”. Conjunto idealizado pelo escultor Galileo Emendabili (1898-1974) que ornamentou São Paulo também com o “Obelisco de 32”, integrado ao Ibirapuera, ou com o grandioso monumento em homenagem a Ramos de Azevedo, na Cidade Universitária, próximo ao Instituto de Pesquisas Tecnológicas e “As Musas”, no Museu da Casa Brasileira. “Os Trabalhadores” foi obra pedida por Ciccillo Matarazzo, industrial e grande incentivador das artes, que presidia a comissão organizadora do IV Centenário (1954), para ser erguido no Ibirapuera por ocasião de sua inauguração, e que após meio século poderá integrar e representar aqueles heróis anônimos que construíram São Paulo: “Os Trabalhadores”.

sexta-feira, 3 de março de 2023

ÍNDICE: Homens e Mulheres que Construíram o Bairro Jardim São Luiz e Santo Amaro em São Paulo

Começamos num determinado momento querer entender como se dava o desenvolvimento do Jardim São Luiz, um pequeno bairro de operários, de muitas localidades: mineiros,  portugueses, baianos, sendo os primeiros nordestinos a se fixarem em São Paulo, italianos, espanhóis e que tinham com referencia de “cidade” mais próxima Santo Amaro, talvez chamada de cidade porque por longa data tinha grandeza de vila, e independente administrativamente da cidade de São Paulo, de 1832 a 1935, passando desta data em diante a ser um bairro da Metrópole.

As relações pessoais existentes dessa localidade formaram uma rede de contatos que faz todo o sistema de intercambio formar essa cadeia de troca de experiências e relações comerciais de identidade e pertencimento entre o objeto e o sujeito com relação as demandas do dia a dia. O objeto são esses senhores e senhoras que nos forneceram parte de sua história. Todos os contatos eram entre o feirante, o peixeiro, o pároco da vila, o engenheiro, o comerciante, o artista, o professor, o empresário, que construiu sua indústria na localidade empregando o funcionário, o prefeito,  o poeta, o folclorista, a cozinheira com seus pratos de várias regiões, o militar, o sitiante, o granjeiro, o loteador das terras, o sociólogo, o farmacêutico, enfim uma gama de variadas profissões que estão dentro de cada indivíduo que construiu e constrói toda estrutura para o desenvolvimento da região.

São as pessoas que fazem o lugar são elas os grandes responsáveis do desenvolvimento de quaisquer nichos populacionais, onde o que antes era um local rural afastado da cidade, agora faz parte da própria cidade.

A relação abaixo de pessoas, ou foram entrevistadas ou os parentes destes desbravadores nos passaram uma gama de informações a respeito de cada um que fez parte desse desenvolvimento local. Hoje esses bairros estão sendo transformados para outro tipo de história, de novos personagens que não possuem vínculo algum com a localidade, e já encontram o lugar com uma infraestrutura de possa manter a condição de vida da atualidade. Por esse motivo que não queremos que “matem” nossa história e comecem a construir outra que não possuem as raízes do passado que formou as bases do desenvolvimento do hodierno!

Detalhe: esses depoimentos “não caíram do céu” e por vezes levou-se tempo e insistência para conseguirmos esses fragmentos, e se não conseguimos mais, foi por dificuldade de que nos fornecessem informações, e até sendo questionados desse nosso interesse histórico.

A essas pessoas que foram os grandes responsáveis pelo desenvolvimento dessa vasta região e que um dia nos “abriram as portas” para dar-nos seus depoimentos, por vezes cheios de emoção pela recordação do que passaram,  nossa gratidão eterna, em nome da historiografia local!

001-Tenente Coronel Carlos da Silva Araújo e a Vila de Santo Amaro, São Paulo

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002-Benta Bernardina de Moraes e a Santa Casa de Misericórdia de Santo Amaro/SP

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003-Karl Czernik, o Campeão de Ciclismo de Santo Amaro/SP

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004-Professor Afonso Adinolfi e os postes de iluminação do Teatro Municipal de São Paulo

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005-Antônio da Mata Júnior, a Rua da Paróquia São Luiz Gonzaga: Jardim São Luiz, São Paulo

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006-Santo Amaro Foi Seu Legado! Alexandre Moreira Neto? Presente!

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007-O peixeiro Amaro “Macuco”: Jardim São Luiz / São Paulo

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008-Padre Edmundo da Mata e o Bairro Jardim São Luiz - São Paulo

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009-Yoshimara Minamoto, o Bairro Jardim Brasília e o time de várzea: Distrito São Luiz

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010-UMA CRIANÇA EM UM CAMPO DE CONCENTRAÇÃO: Josef Schleifstein

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011-Os feirantes mais antigos do Bairro Jardim São Luiz, quiçá de São Paulo, na ativa!

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012-A Saga Grassmann (Graßmann): Pioneirismo em Santo Amaro / São Paulo

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013-João Brito de Araújo e a Pirâmides Brasília S.A. Indústria e Comércio no Jardim São Luiz/SP

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014-As terras de Herculano de Freitas na Vila de Santo Amaro, a Fazenda Caravellas e a Capela Santa EDWIGES na Riviera da Represa de Guarapiranga/SP

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015-JOSÉ WASTH RODRIGUES E O SEMINÁRIO MENOR METROPOLITANO DE SÃO PAULO EM PIRAPORA DO BOM JESUS[1]

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016-Maria do Carmo Felismino (Dona Corrinha) e o Bairro Jardim São Luiz/São Paulo

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017-Antonio Manuel Alves de Lima: A Elite Cafeeira de São Paulo e o Jardim São Luiz/SP

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018-Alberto Kuhlmann: Concessão de Terras para lavoura em 1891 em São Paulo

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018a-A Primeira Ferrovia de Santo Amaro Paulistana em 1886

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019-Algacyr da Rocha Ferreira: Santo Amaro, Sua Arte Viva e os Vitrais Conrado Sorgenicht

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020-Victor Manzini e o Jornal “A Tribuna” de Santo Amaro, São Paulo

http://carlosfatorelli27013.blogspot.com/2016/01/victor-manzini-e-o-jornal-tribuna-de.html

021-Bernardo Vicente Xavier e o Bairro Jardim São Luiz, São Paulo

http://carlosfatorelli27013.blogspot.com/2015/09/bernardo-vicente-xavier-e-o-bairro.html

022-Santo Amaro e o Coronel Júlio Marcondes Salgado na Revolução de 32

http://carlosfatorelli27013.blogspot.com/2015/08/santo-amaro-e-o-coronel-julio-marcondes.html

023-O Escultor Marino Del Favero e a Imagem de Nossa Senhora da Penha no Bairro Jardim São Luiz/SP

http://carlosfatorelli27013.blogspot.com/2015/07/o-escultor-marino-del-favero-e-imagem.html

024-Prestes Maia: O Prefeito de São Paulo e a Biblioteca Municipal de Santo Amaro

http://carlosfatorelli27013.blogspot.com/2015/04/prestes-maia-o-prefeito-de-sao-paulo-e.html

025-João Dias, em Santo Amaro e o Bairro Jardim São Luiz /SP

http://carlosfatorelli27013.blogspot.com/2015/04/joao-dias-em-santo-amaro-e-o-bairro.html

026-Thiago Batista da Luz Mendes: Intendente de Santo Amaro, SP

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027-Joaquim Gil Pinheiro, da Freguesia de Alcaide para Embu das Artes, São Paulo

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028-FAMÍLIA FATORELLI: de São Carlos para Taquaritinga/Catanduva e depois à cidade de São Paulo

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029-Antonio Bocchiglieri, “O Plantador de Vilas” na região de Santo Amaro

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030-Voluntário Delmiro Filgueira(s) Sampaio e a Revolução de 32 em São Paulo

http://carlosfatorelli27013.blogspot.com/2013/06/voluntario-delmiro-filgueiras-sampaio-e.html

031-Recordações das Romarias e o Símbolo Salvatina Salles Cruz

http://carlosfatorelli27013.blogspot.com/2013/04/recordacoes-das-romarias-e-o-simbolo.html

032-Jorge Amado e seu vínculo com a Cidade de São Paulo

http://carlosfatorelli27013.blogspot.com/2012/08/jorge-amado-e-seu-vinculo-com-cidade-de.html

033-O Poeta Paulo Eiró e a cidade de Tatuí, São Paulo.

http://carlosfatorelli27013.blogspot.com/2012/05/o-poeta-paulo-eiro-e-cidade-de-tatui.html

034-A IMIGRAÇÃO e MIGRAÇÃO JAPONESA COM SANTO AMARO NO CAMINHO (Família Mori)

http://carlosfatorelli27013.blogspot.com/2010/08/imigracao-e-migracao-japonesa-e-santo.html

035-Índice: Crônicas sobre Baby Pignatari

http://carlosfatorelli27013.blogspot.com/2016/02/indice-cronicas-sobre-baby-pignatari.html

036-Alberto Conte: O Homem e a Obra

http://carlosfatorelli27013.blogspot.com/2011/07/alberto-conte-o-homem-e-obra.html

037-Alexandre Eder & Cia - Frigorífico Santo Amaro

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038-CASA DE DONA VERIDIANA E O TOMBAMENTO DO CONDEPHAAT

http://carlosfatorelli27013.blogspot.com/2010/11/casa-de-dona-veridiana-e-o-tombamento.html

039-A Administração Pública de Isaías Branco de Araújo na Cidade de Santo Amaro

http://carlosfatorelli27013.blogspot.com/2010/08/administracao-publica-de-isaias-branco.html

040-O Jardim São João e “seu” João Manecão

http://carlosfatorelli27013.blogspot.com/2013/09/o-jardim-sao-joao-e-seu-joao-manecao.html

041-A história do padre Jaime, o Irlandês da Periferia de São Paulo

http://carlosfatorelli27013.blogspot.com/2023/02/a-historia-do-padre-jaime-o-irlandes-da.html

042-Maria Coelho Aguiar, Mãe de Amador Aguiar, do Banco Bradesco e nome de Avenida no Bairro Jardim São Luiz, em São Paulo!

http://carlosfatorelli27013.blogspot.com/2023/02/maria-coelho-aguiar-mae-de-amador.html

043-Dom Veremundo Tóth, Beneditino da Hungria: Presente para a Diocese Campo Limpo/SP

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044-WALDEMAR TEIXEIRA PINTO: MÉDICO E POLÍTICO EM SANTO AMARO/SP

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045-Padre Donizete Queiroz, do Jardim São Luiz/SP para a Congregação dos Padres Dehonianos/Santa Catarina

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046-Rosa do Jardim...São Luiz/SP: Marcante presença nas feiras livres do bairro

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047-Praça Adelino Ozores Neto Segundo, em Santo Amaro/SP: Inauguração em 02 de julho de 2022

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048-Alfonso Martín Escudero e a Chácara Alfomares em Santo Amaro, São Paulo

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049-Joaquim Pinto de Oliveira, ou o "Tebas Construtor do século 18"

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050-O FOLCLORE EM SANTO AMARO/SP e o PROFESSOR ALCEU MAYNARD ARAÚJO (22 DE AGOSTO: DIA DO FOLCLORE)

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051-“Zé da Farmácia” de Santo Amaro/SP: José de Oliveira Almeida Diniz

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052-MISSÃO DO JARDIM SÃO LUIZ/SP PARA O BRASIL E EXTERIOR: Irmã Martha Magdalena de Castro

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053-As Carreatas dos Taxistas para Pirapora do Bom Jesus com Carlinhos Turquinho de Santo Amaro/SP

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054-A Catedral de São Paulo, o artífice Daniele Amato Pascale e o Jardim São Luiz/SP

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055-Geraldo Maier, o Mecenas do Atletismo: Santo Amaro e Jardim São Luiz

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056-Geraldo Fraga de Oliveira, um expoente do Bairro Jardim São Luiz/SP

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057-Pioneirismo da “Panificadora São Luiz” no Bairro Jardim São Luiz/SP

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58-O Empório de Secos e Molhados e o Jogo de Bocha no Jardim São Luiz/SP

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59-Lourenço Miranda Borba e a vida social de Santo Amaro no século 20

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60-Túnel Jornalista Armando da Silva Prado Netto: Santo Amaro/SP

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