A
História feita pelo povo
Há momentos que definem
a s grandes transformações históricas, que norteiam todo o conceito que deve
ser seguido por determinado povo, que deram as bases de uma Nação e conhecida
como macro história.
De outro lado não há
como existir essa mudança de um modelo que deve ser seguido por todos se este
povo não participar com a parcela de seu trabalho para que seja vitoriosa a
causa. Essa parcela pequena que “faz as coisas acontecerem” denomina-se micro
história, mas que poucas vezes aparece como parte integrante de um processo
vitorioso. Não existirá macro história se não existir a micro história, ou
seja, o trabalho de cada indivíduo para que se concretize o fato!
Dona
Corrinha
Em 16 de maio de 1925
vinha ao mundo Maria do Carmo, que por todos do Bairro Jardim São Luiz, São
Paulo, foi sempre conhecida com “Corrinha”.
Dona Corrinha era
natural de Água Branca, em Serra Talhada (Vila Bela), Pernambuco, e por algum
tempo trabalhou nas terras da Fazenda Gavião, de propriedade de José Pereira
Diniz, nas plantações de algodão. Trabalhou ainda no Engenho de Fausto Pereira
da Silva, que mantinha também pecuária bovina perto da localidade de Cedro.
Havia Os festejos concorridos em Água Branca que tinha como padroeiro Santo
Antonio.
No bairro do Jardim São
Luiz, na década de 1940, Dona Corrinha já casada partiria para “tentar a sorte”
em São Paulo com seu esposo Manoel Cícero. Saiam da terra natal do Município de
Serra Talhada[1], e
vinham para o Jardim São Luiz onde na entrada do lugar era venerada Nossa
Senhora da Penha, padroeira da Cidade de São Paulo sendo o São Luiz Gonzaga padroeiro
local e também da juventude.
O Jardim São Luiz
possuía uma pequena capela e em 30 de outubro de 1960, na Festa de Cristo Rei,
ganhava a condição de Paróquia sendo iniciada a construção da nova paróquia. O
Jardim São Luiz em 1964 receberia o sacerdote recém ordenado, Edmundo da Mata.
O casal fixou
residência na antiga Rua 2, atual Rua Satulnino de Oliveira, Nº 235, bairro incipiente do Jardim São Luiz, onde chegavam muitos moradores para trabalharem nas fábricas que se instalavam
em Santo Amaro.
Dona Corrinha era eximia cozinheira e ainda lavava roupa para ajudar o marido Manuel, que perfurou muitos poços pela região na lida do dia a dia e assim a família foi crescendo. Em 1976 perdeu seu companheiro e ficou com a responsabilidade da casa.
Dona Corrinha era eximia cozinheira e ainda lavava roupa para ajudar o marido Manuel, que perfurou muitos poços pela região na lida do dia a dia e assim a família foi crescendo. Em 1976 perdeu seu companheiro e ficou com a responsabilidade da casa.
Não se abateu pelo
destino e assim criou sua família de onze filhos: José, Joaquim, Antonio
Carlos, Luiz do Carmo, Francisco, Cleonice, Maria de Lurdes, Bernadete,
Benedita, Damiana e Maria Aparecida que lhe proporcionou 28 netos, 50 bisnetos
e 2 tataranetos.
Dona Corrinha, muito
devota tornou-se zeladora da Igreja São Luiz Gonzaga e por muito tempo cuidou
dos afazeres e dos paramentos da paróquia. Sempre muito alegre nos festejos
estava sempre presente cozinhando, e um dos imperdíveis pratos era sua
irresistível feijoada.
Além disso, costumeiramente puxava o cordão do coro religioso nas cerimônias ou nas procissões do calendário religioso. Sua alegria era contagiante e todos que a cercavam sabiam de seu carisma de “mãezona”, recebendo todos com carinho. Seu passamento se deu dia 20 de junho de 2016.
Além disso, costumeiramente puxava o cordão do coro religioso nas cerimônias ou nas procissões do calendário religioso. Sua alegria era contagiante e todos que a cercavam sabiam de seu carisma de “mãezona”, recebendo todos com carinho. Seu passamento se deu dia 20 de junho de 2016.
São Luiz Gonzaga foi
festejado, hoje, 21 de junho de 2016, e dona Corrinha festejará no céu seu dia,
como sempre o fez na Paróquia do santo padroeiro que sempre zelou!
Sua
presença era marcante sempre será lembrada sorrindo, mesmo que as dores fossem grande, tanto quanto sua voz rouca de tenor, ecoando nos
quatro cantos da paróquia, quanto as grandes feijoadas preparadas onde ela era
a "master-chef", além de ter sua presença ao preparar o andor de
Nossa Senhora das Dores!
Quem por ventura saiba algo sobre esta crônica, favor citar em
comentário para completá-la!
Referência:
LORENA, Luiz. Serra Talhada-250 Anos de História.
150 Anos de Emancipação Política.
BAIRRO JARDIM SÃO
LUIZ, São Paulo/SP
Depoimentos da filha Bernadete, Maria do Socorro
Roschel e José Diniz.
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