O NOME BRASIL:Mitos e Considerações da Antiguidade
Plutarco, nascido na Grécia na metade do primeiro século da era cristã, escreveu em seu trabalho “De Facie In Orbe Lunae”: No Meio Do Mar do Ocidente acha-se Ogígia, a ilha de Vênus, a ilha de Calipso, a Ninfa do Mar, Mas muito além, para o ocidente, surgem às três ilhas de Cronos, (Saturno), que dista de Ogígia 5000 estádios, aproximadamente 8500 quilômetros, e estas costas foram habitadas por treze gregos, descendentes dos companheiros de Hercules que lá ficaram.
Outras fábulas de Plutarco diz-nos que Cronos(Saturno) fora mantido prisioneiro de Zeus(Júpiter) em uma ilha além de Ogígia. Um lugar que por trinta dias o sol põe-se por pouca mais de uma hora. A noite é iluminada debilmente pelo crepúsculo ocidental por meses. Podia-se referir como uma descrição de um lugar ainda desconhecido, como a América, Antilhas ou até Terras Polares.
Sêneca, contemporâneo de Plutarco, que viveu no início da era cristã, fala de terras entre as costas orientais da Ásia e ocidentais da Europa (nec sit terris ultima thule), expressão para compor uma idéia maior para definir um lugar distante das bordas do mundo conhecido, mas algo bem grandioso que se abririam aos olhos humanos.
Estrabão que viveu entre duas eras a antiga e inicio da cristã, escreveu “Geographia” a primeira obra do gênero, acreditava que “um dia será descoberto um enorme continente”.
O professor Marcel F. Homet cita ter encontrado objeto cerâmico em Manaus com a inscrição árabe sakade-bahar ou “Rio Mar”, referência ao Amazonas.
Ladislau Neto, arqueólogo, comenta inscrições supostas na Pedra da Gávea, no Rio de Janeiro, citações supostamente de origem fenícia: “somos filhos da terra de Canaã. Sobre nós pesam a desventura e maldição. Em vão invocamos nossos deuses: eles nos abandonaram e logo morreremos desesperados. Hoje é o décimo aniversário do dia em que chegamos a estas margens. O calor é atroz, a água é podre, o ar cheio de repugnantes insetos. Nossos corpos estão recobertos de chagas. Ó deus ajudai-nos! Tiro, Sidon, Baal”.
Em 1963 o arqueólogo e professor Bernardo A. Silva traduziu as inscrições: Tyro Phoenicia, Badezir primogênito de Jethbaal. Em 856 desta era, Badezir assumiu o lugar de seu pai no trono real de Tiro, litoral onde hoje se situa o Líbano. Outro arqueólogo, Bernardo da Silva Ramos comenta que encontrou mais de 2800 grafitos dessa natureza, numa mistura egípcia e fenícia.
O professor Frot cita caracteres cuneiformes e o doutor Colman encontrou nas grutas de Teyucare, no Paraná, escritos dos filhos do Egito e no Monte Ibitirusu perto de Villarica, no Paraguai existência de inscrições com referência as runas saxônicas e escandinavas, as mesmas encontradas na Sibéria, Manchúria, Índia E África.
O cientista Ludovico Schwennhagen estudou as ruínas das Sete Cidades, no Piauí, município de Piracuruca, que se acredita ter sido centro religioso fenício onde se agrupou sete grupos tupis, numa grande confederação. Referências ao fato estão na obra do citado cientistas “Antigas História do Brasil”, possuindo dados etnográficos, lingüísticos e arqueológicos.
Os fenícios já haviam fundado no século XI antes de nossa era, colônias no Atlântico, nas Ilhas de Cabo Verde, em frente ao Senegal, pois possuíam navios sólidos de deslocamento de grandes massas brutas.O Marselhes Piteas, em IV a.C. já transpunha as colunas de Hercules , entre a África e Europa no Estreito de Gibraltar, seguindo para fora do Mediterrâneo, em área que poderia estar localizado ao norte da Groelândia, ou Islândia com a Noruega, Ilhas Shetland, Hebridas, Órcadas ou Faröer.
Estrabão referindo as viagens de Pítias diz-nos que em Tule “não haveria verdadeira noite no solstício de verão, e poucos dias existiriam no solstício de inverno”.
Tule é uma incógnita, mas Tácito faz uma referência ao local: “Da ponta setentrional da Britânia poder-se-ia ver Tule a distância de qualquer maneira, o mar seria lá em cima, muito duro e difícil de navegar”.
Ptolomeu no Atlas do Século II antes desta era mostra que Thyle Insular concorda com Tácito no prolongamento da Britânia em direção ao noroeste. Os Mapas da Idade Média por algum interesse obscuro aboliram estas referências do passado, uma omissão para ter um dia uma exclusividade de descobrimentos de terras distantes, ou um segredo a ser mantido por interesses de poucos governantes?
Pode ser que tenha nisto tudo algum mito, fantasias que instigam o pensamento humano em buscar novos descobrimentos, talvez o medo de destruir a história e reconstruir uma nova, assustem a realidade construída, mas é fascinante imaginar que exista algo nos escombros, e como diz Ivan Lissner “todos os acontecimentos históricos são imortais”!
Referência:
Kolosimo, Peter Land. Terra Sem Tempo, Sugar Editore e Antes dos Tempos Conhecidos. Edições Melhoramentos. São Paulo, p. 247-251.
Sem comentários:
Enviar um comentário