OS MAPAS DE HADJI MUHAMMAD ou PIRI REIS
O almirante turco, Piri Reis (1470-1554) foi considerado traidor e condenado a morte pelo sultão Solimão II, em 1550, por ter promovido o cerco de Gibraltar em troca de soma em dinheiro. Possuía um conhecimento invejável em mapas bem traçados com detalhes bem definidos por ele em cartas do globo terrestre, conseguidas no Egito, onde parece ter vivido.
O cientista espacial francês Maurice Chatelain cita que as linhas litorâneas no mapa de Piri Reis obedecem a uma carta que "representava uma projeção plana da superfície esférica da Terra tal como poderia ser vista hoje por um astronauta situado a uma grande altura sobre o Egito”, o que tem permitido ao referido cientista supor que o mapa de Piri Reis é uma cópia de um mapa antiqüíssimo realizado desde a vertical da moderna cidade das pirâmides de Gisé, Egito.
Não há evidências de que há mapas originais, pois nenhum deles foi encontrado e assim é muito mais provável que os mapas originais em si já contivessem os erros do mapa de Piri Reis, mas mesmo assim são notáveis referências apuradas somente muito tempo depois, após o início da corrida marítima do século XVI, quando viveu Piri Reis. Adolf Deissmann, em 1929, descobriu um pergaminho de pele de camelo ressecada e pintada com um mapa surpreendente, enrolado em uma prateleira do famoso Palácio Topkapi, em Istambul a obra "Kitab-i Bahrieh", o “Livro da Marinha”. Ao ver a assinatura reconheceu o autor, Hadji Muhammad, ou seja, Piri Reis. No ano de 1.513, o almirante e cartógrafo turco chamado Piri Reis desenhou vários mapas, dentre esses, um mapa do Atlântico Sul englobando a costa oeste da África e da América do Sul e o norte da Antártida. O mapa na verdade é um fragmento de um mapa-mundi, pois as outras partes foram perdidas, foi pintado em nove cores e mostra parte do oceano Atlântico com suas terras. Em uma série de notas manuscritas, o almirante Piri Reis diz que não é responsável pelo mapeamento e pela cartografia original dos mapas e que foram confeccionados a partir vinte mapas, desenhos e esboços, alguns de origem desconhecidas que estavam no inventário do palácio. Segundo estudiosos, ele foi baseado em oito mapas egípcios de Ptolomeu, um mapa árabe da Índia e sudeste asiático e quatro mapas portugueses, e de um suposto mapa capturado por seu tio, usado por Colombo. Há citações curiosas feitas nestes mapas sobre o mar Atlântico:
"Este mar é chamado de Mar Ocidental, mas os marinheiros o chamam de Mare d'Espagna. Que significa Mar da Espanha. Até agora este mar era conhecido por este nome, mas Colombo que navegou por este mar e fez várias ilhas conhecidas juntamente com os portugueses que navegaram pela região de Hind concordaram em dar a este mar um novo nome. Eles deram o nome de "Ovo Sano" [Oceano] quer dizer ovo são. Até então se pensava que o mar não tinha fim ou limite e que o seu fim estava localizado na escuridão.”
Piri Reis tinha conhecimento de várias línguas além do árabe, entre elas espanhola, portuguesa, italiana, grega, muito o auxiliou na confecção das cartas. Consta ter tido um mapa que pertenceu a Cristovão Colombo, carta que conseguida através de um membro de sua equipe, que fora capturado por Kemal Reis, tio de Piri Reis, foi este o motivo de ter sido de ter sido considerado traidor?
Levando-se em conta a história dos acontecimentos fica a pergunta: de onde vieram estes instrumentos antes da empreitada de Colombo? Piri Reis precisaria de uma grande equipe perfeitamente coordenada para elaborar o levantamento cartográfico e serviços geográficos que ele possuía?
A história vive de muitas incógnitas, e os mapas de Piri Reis fazem parte deste Universo!
Bibliografia:
Lisboa, Luiz C.e Andrade, Roberto P. de. Grandes Enigmas da Humanidade, Editora Vozes.
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