quarta-feira, 6 de maio de 2020

OS “FRICHES” de Santo Amaro/SP: Áreas contaminadas cobiçadas por empreiteiras imobiliárias

Friche: Terra abandonada. Local de desindustrialização.
A desindustrialização produz o que os autores franceses denominam friches industriais.
As friches (brownfields) industriais, nas cidades se tornam importantes locais para as aspirações econômicas da reestruturação urbana, mesmo porque possuem grandes espaços.
Define-se “friches” como sendo terrenos ou edifícios antes utilizados para fins econômicos, que depois de serem usados para alguma função são definitivamente abandonados por seu utilizador, e degradados necessitando um rearranjo para uso futuro.
As friches industriais desvalorizam e deterioram o bairro da região.
Elas favorecem o uso clandestino tornando-se espaços degradados na estrutura urbana, onde os administradores municipais buscam dar utilidade de reutilização.
Em muitos locais onde a atividade industrial produziu resíduos de grande intensidade as possibilidades de reutilização destes friches pode-se tornar inviáveis.
Temos dois grandes terrenos que foram indústrias de produção farmacêutica que estão em processo de reutilização em Santo Amaro, a da antiga Squibb na Avenida João Dias e a Laborterápica (Bristol-Myers Squibb), na Rua Carlos Gomes, que trocou parte do solo e agora está construindo apartamentos no local.
Prédios, galpões, terrenos, portos, armazéns, antigos postos de gasolina, em torno dos ditos “parques industriais” sofreram degradação intensa de solo, que demoram anos para serem reintegrados para o uso público.
Os “friches” são analisados pelo seu custo de reutilização, tamanho do terreno, localização que são cobiçados pela demanda fundiária nos centros urbanos.
(Autores ingleses e americanos denominam estes espaços onde a indústria recua de wasterlands ou brownfields)



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