sexta-feira, 6 de março de 2020

A Sesmaria do Pacaembu e o "Asylo Sampaio Vianna" (Fundação da Universidade de São Paulo)

A Sesmaria do Pacaembu/SP

A Sesmaria do Pacaembu foi concedida por Martim Afonso de Sousa em 1561 aos jesuítas no atual município de São Paulo. A extensa propriedade era delimitada pelo caminho dos Pinheiros (atual Rua da Consolação), Emboaçaba (atual Avenida Doutor Arnaldo) e pelo córrego Água Branca.
Os religiosos dedicavam-se na sesmaria à catequização dos índios até que, em 1759, o Marquês de Pombal expulsou os jesuítas do Reino de Portugal e de suas colônias e confiscou suas terras. No ano de 1767, as propriedades dos jesuítas foram a hasta pública, sendo essa sesmaria comprada em 1779 por Gabriel Antunes Fonseca, Clemente José Gomes Camponese e Manoel Simões.



Os antigos terrenos da sesmaria foram divididos em chácaras, muitas delas compradas pela elite paulistana. Essas pequenas propriedades rurais tornaram-se os atuais bairros de Higienópolis (outrora, Pacaembu de Cima), Pacaembu (antigo Pacaembu do Meio) e Perdizes (antigo Pacaembu de Baixo).

O nome Pacaembu proveio de um riacho que sofria inundações frequentemente (paã-nga-he-nb-bu), nome que, na língua indígena, significa "atoleiro" ou "terras alagadas”.



O "BAIRRO" Pacaembu teve início através de loteamento da companhia urbanizadora City



Asilo e Educandário Sampaio Viana

A área que hoje abriga uma unidade complementar da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo têm início na aquisição do terreno que a compreende por Joaquim de Floriano Wanderley, em 1877. O lote, arrematado pelos jesuítas que receberam a Sesmaria do Pacaembu permaneceu na posse de Wanderley até 1895. No ano seguinte, por razões financeiras, o terreno foi transmitido à Santa Casa de Misericórdia de São Paulo, que se instala na antiga "Chácara Wanderley" com a instituição proposta de abrigar e cuidar de menores abandonados da famosa Roda dos expostos.
Mães em desespero que queriam ou tinham de abandonar seus bebês os deixavam anonimamente no hospital. De lá, seguiam para o prédio do Pacaembu.

Em 1935, a casa transformou-se no "Asylo Sampaio Vianna", abrigando crianças de outras procedências. Nos anos 60, passou para o Estado e até 1975 funcionou como orfanato. A partir daí, e até meados dos anos 90, abrigou crianças órfãs ou abandonadas que estavam sob a guarda da Febem (Fundação do Bem-Estar do Menor).




Vide " caça a raposa" na região do Pacaembu:

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