quinta-feira, 14 de fevereiro de 2019

A Primeira Ferrovia de Santo Amaro Paulistana em 1886

A “Vila Rica” de Santo Amaro, São Paulo

Santo Amaro era uma vila pequena distante da capital e foi escolhida para implantação da “primeira ferrovia urbana” de curta distância.
Georg Albrecht Hermann Kuhlmann, nasceu em Bremenhaven, Alemanha a 31 de julho de 1845, vindo para o Brasil em 1862. Formou-se engenheiro pela Escola Politécnica do Rio de Janeiro, trabalhou para o Império em planejamento urbano. Em 1879 veio para São Paulo, convidado pelo conselheiro Antonio Prado para idealizar outro conceito de cidade no posto de gerente da Companhia Viação Paulista.


O engenheiro Alberto Kuhlmann, naturalizado brasileiro, construiu a Ferrovia de Santo Amaro, inaugurada em 14 de março de 1886, com 19,1 quilômetros, presumivelmente indo de Largo 13 de Maio, embora contestem que os mesmos paravam (para cargas) na Praça Santa Cruz, em Santo Amaro até a Liberdade usando locomotivas a vapor da empresa alemã Krauss ou os Kastenloks com o nome de Companhia Carris de Ferro de São Paulo a Santo Amaro, usada para suprir a capital com produtos agrícolas, lenha.

Alberto Kuhlmann assumiu o compromisso, em 1883, depositando 5.000 réis na assinatura de garantias do contrato, com recursos próprios, e investidores santamarenses assumiram o investimento na ordem de 300.000 réis, pois a ferrovia traria dividendos para a região.

Em 1891, com a República, foi eleito deputado estadual para formar a Constituinte de São Paulo, em 1891. Faleceu na Alemanha, em 1905, representando o governo brasileiro para fortalecer o intercâmbio e fazer propaganda do café paulista.

A Cia. Carris de Ferro de São Paulo a Santo Amaro duraria até o ano de 1900, quando em liquidação seu ativo e passivo foi arrematado em leilão pela The São Paulo Tramway Light and Power, que continuou explorando-a até 1913, quando os substituiu pelo bonde.
IN MEMORIAM: A tradicional família Kuhlmann foi sempre muito bem representada em Santo Amaro, com muito apreço, pela educadora Adozinda Caracciolo de Azevedo Kuhlmann, sobrinha neta do Engº Alberto Kuhlmann e fez também sua GRANDE história.


Projeto: “A Fotografia como Concepção Histórica”
Segue abaixo imagens com créditos e/ou em pesquisa.














Sem comentários:

Enviar um comentário