História
publicada em 07/08/2009
link:
Anterior
à civilização européia, todas as regiões possuíam nomes indígenas e muitas
assim permaneceram por "preguiça" do agrimensor Real, que tinha
incumbência de denominações oficiais. Assim permaneceu o campo de Ibirapuera ou
Virapuera, do tupi ibi-ra-quera, denominação para "árvore velha". Da
aldeia dos índios guaianases, à beira do rio Jeribatiba (Jerivá: palmeira que
produz cocos e tiba: abundância), na localidade de Ebirapoêra (outra
interpretação encontrada como "mata grande") foi fundada Santo Amaro,
na aldeia de Caá-ubi, irmão do cacique Tibiriçá, que cedeu também sua aldeia
para ali fundar o Colégio que deu origem a São Paulo. Havia semelhança no
modelo de ocupação destas duas localidades protegidas contra ataques repentinos
e com a proximidade das águas de sustentações das aldeias.
Havia também o Caminho do Peabiru, que em tupi-guarani tinha o significado: "Caminho Amassado Sem Ervas" (Pe=caminho, abiru=gramado amassado), que ligava o Pacífico ao Atlântico atravessando a Serra do Mar até Cusco no Peru, nos Andes Incas, "Terra D'El Dourado", cobiça de ibéricos, que possuíam o "Auto de Posse" das Terras. Para os descendentes guaranis, era o caminho de busca da Terra Sem Mal, caminho que levava ao céu. Pode ter sido, porém, um caminho de comércio para o povo inca, abrangendo mais de 3000 quilômetros.
O atual bairro de Santo Amaro recebeu muitos nomes ao longo do tempo, além dos dois acima, era ainda identificado também por Jeribatiba, Santo Amaro de Virapuera, e finalmente com o nome atual de Santo Amaro. O caminho da aldeia dos índios guaianases à beira do rio Jeribatiba, na aldeia do cacique Caá-ubi foi fundada a cidade de Santo Amaro, ligando-se à Trilha do Ouro e Prata Inca, do litoral pela Serra do Mar ou como era conhecido pelos portugueses, na parte mais baixa, como Serra do Facão.
O primeiro registro de terras na região data de 12 de agosto de 1560: duas léguas de terras na margem esquerda do rio (atual Rio Pinheiros) então chamado de Jeribatiba, doadas aos padres jesuítas. Data-se desta época a denominação Santo Amaro, homenagem dos jesuítas que trouxeram de Portugal uma imagem do Santo, embora se confira segunda hipótese errônea da doação da imagem por parte do casal João Paes e Suzana Rodrigues (vide estudo detalhado em: O “Santo” da Igreja de Santo Amaro, a “Banda do Além” e a genealogia dos Aguilar, Rodrigues, Paes e Borba Gato http://carlosfatorelli27013.blogspot.com/2018/06/o-santo-da-igreja-de-santo-amaro-banda.html) para a Capela Nossa Senhora da Assunção de Ibirapuera, ambos vindos com o capitão maior da esquadra em expedição de exploração de 1532, que se dirigiu em direção ao Rio da Prata, de onde a embocadura escoava riquezas da América espanhola, Martim Afonso de Souza, para lavrar terras recebidas em sesmaria, primeiros latifúndios da terra, cujo documento original encontra-se hoje no Arquivo Nacional, em aldeamento dos naturais e caminho dos guaranis.
Havia também o Caminho do Peabiru, que em tupi-guarani tinha o significado: "Caminho Amassado Sem Ervas" (Pe=caminho, abiru=gramado amassado), que ligava o Pacífico ao Atlântico atravessando a Serra do Mar até Cusco no Peru, nos Andes Incas, "Terra D'El Dourado", cobiça de ibéricos, que possuíam o "Auto de Posse" das Terras. Para os descendentes guaranis, era o caminho de busca da Terra Sem Mal, caminho que levava ao céu. Pode ter sido, porém, um caminho de comércio para o povo inca, abrangendo mais de 3000 quilômetros.
O atual bairro de Santo Amaro recebeu muitos nomes ao longo do tempo, além dos dois acima, era ainda identificado também por Jeribatiba, Santo Amaro de Virapuera, e finalmente com o nome atual de Santo Amaro. O caminho da aldeia dos índios guaianases à beira do rio Jeribatiba, na aldeia do cacique Caá-ubi foi fundada a cidade de Santo Amaro, ligando-se à Trilha do Ouro e Prata Inca, do litoral pela Serra do Mar ou como era conhecido pelos portugueses, na parte mais baixa, como Serra do Facão.
O primeiro registro de terras na região data de 12 de agosto de 1560: duas léguas de terras na margem esquerda do rio (atual Rio Pinheiros) então chamado de Jeribatiba, doadas aos padres jesuítas. Data-se desta época a denominação Santo Amaro, homenagem dos jesuítas que trouxeram de Portugal uma imagem do Santo, embora se confira segunda hipótese errônea da doação da imagem por parte do casal João Paes e Suzana Rodrigues (vide estudo detalhado em: O “Santo” da Igreja de Santo Amaro, a “Banda do Além” e a genealogia dos Aguilar, Rodrigues, Paes e Borba Gato http://carlosfatorelli27013.blogspot.com/2018/06/o-santo-da-igreja-de-santo-amaro-banda.html) para a Capela Nossa Senhora da Assunção de Ibirapuera, ambos vindos com o capitão maior da esquadra em expedição de exploração de 1532, que se dirigiu em direção ao Rio da Prata, de onde a embocadura escoava riquezas da América espanhola, Martim Afonso de Souza, para lavrar terras recebidas em sesmaria, primeiros latifúndios da terra, cujo documento original encontra-se hoje no Arquivo Nacional, em aldeamento dos naturais e caminho dos guaranis.
O padre José de Anchieta não presidiu uma missa oficialmente na aldeia que ficou conhecida como Santo Amaro (santo cristão, do século 6º, também denominado Mauro, antes de sua ordenação! É considerado protetor dos agricultores, carroceiros e carregadores) sendo 15 de janeiro o dia e mês em que se faz comemoração deste abade beneditino. Ele se tornou sacerdote a partir de 1566 quando foi ordenado, podendo assim fazer os santos ofícios a partir dessa data!
Em 14 de janeiro de 1686 a capela de Ibirapuera foi elevada à categoria de Freguesia de Santo Amaro pelo segundo (embora o primeiro D. Frei Manoel Pereira, dominicano, confirmado por Bula de 22 de novembro de 1676, nunca assumiu) Bispo do Rio de Janeiro, Dom José de Barros Alarcão, secular que assumiu a mitra em de 19 de agosto de 1680 (embora conste a posse em 1681) até 06 de abril de 1700.
Em de 06 de setembro de 1746 foi criada a Diocese de São Paulo, representado com a criação do bispado paulista. O primeiro bispo foi Dom Bernardo Rodrigues Nogueira, que veio de Portugal em 1695 para tomar posse da diocese. Para que ele subisse a Serra do Mar, foi melhorado o Caminho do Cubatão, que os proprietários das sesmarias antigas chamavam Caminho do Padre José, dizem que o nome foi por mando tê-la aberto, ou consertado, o Venerável Padre José de Anchieta. Era entrada nos "sertões" atravessando o Geribatiba (Rio Pinheiros), indo para as terras de Butantan, de Afonso Sardinha, avizinhadas com as terras de Carapicuíba, saindo em direção a Piratininga.
Assim o bispo Dom Bernardo Rodrigues Nogueira fez primeiro contato com São Paulo entrando por Santo Amaro, em direção a cidade de São Paulo, representando a Igreja até novembro de 1748.
No dia 10 de julho de 1832, por decreto da Regência, Santo Amaro tornou-se independente com instituição própria instalando os trabalhos em 07 de abril de 1833 com a elevação para Vila de Santo Amaro (para ser elevada à condição de Vila deveria providenciar Cadeia, que em 1837 foi aprovada pela Câmara Municipal com imposto de quinhentos réis ao ano para a construção da mesma, além de instituir Forca, Pelourinho, e Igreja), empossando Francisco Antônio das Chagas, pai de Paulo Francisco Emílio de Sales, o poeta Paulo Eiró, também conhecido como professor Chico Doce, através de um eleitorado paroquial, sendo deste modo empossado o primeiro presidente da Comarca de Santo Amaro junto com mais sete vereadores. A primeira sessão da Câmara de Santo Amaro ocorreu no dia 6 de maio de 1833.
Em lei provincial de 1835, instituíram-se cargos de prefeito e subprefeitos, sendo nomeado o primeiro prefeito de Santo Amaro o capitão Manuel José Moraes, em 04 de março de 1835. Era tio-avô de Prudente de Morais, primeiro presidente civil do Brasil República.
O cartório do bairro de Santo Amaro possui os primeiros livros datados de 1832, arquivado o registro da transcrição da Lei Áurea, assinada no Rio de Janeiro, e a transcrição realizada em São Paulo, arquivada no 29º Registro Civil da Capital, no bairro Santo Amaro.
Em 14 de novembro de 1886, Dom Pedro 2º, Imperador do Brasil, e a Imperatriz Tereza Cristina estiveram na cidade de São Paulo e na cidade de Santo Amaro, para conhecerem a "Companhia de Carris de Ferro de São Paulo a Santo Amaro", idealizada pelo engenheiro alemão, naturalizado, Georg Albrecht Hermann Kuhlmann, inaugurada em 14 de março de 1886 para o transporte de cargas, em uma época em que Santo Amaro supria a Capital de São Paulo com aproximadamente 25 toneladas de produtos agrícolas por ano, seguindo o plano de estrutura de abastecimento da cidade de São Paulo. Dom Pedro 2º e a Imperatriz tomaram o comboio ricamente adornado para a ocasião, ostentando o brasão Imperial. Custou tão digna presença, aproximados 1:158$000 de réis, causando um rombo aos cofres públicos, quantia que fora emprestada por ilustres financistas santamarenses.
Deste modo Santo Amaro foi administrada, por um século, como Cidade, com autonomia de decisão até 22 de fevereiro de 1935, quando houve nomeação por parte da pasta da Justiça do governo Getúlio Vargas, nomeando em 16 de agosto de 1933, interventor federal, um governador biônico, Armando de Salles Oliveira, genro de Júlio de Mesquita, dono do jornal O Estado de São Paulo, anexando Santo Amaro à Cidade de São Paulo, transformando assim parte de uma história de Independência Administrativa.
Dizem as "más e boas línguas" que, além de retaliação, a inauguração do Aeroporto de Congonhas, em 1934, foi uma das razões pelas quais o decreto estadual número 6983, de 22 de fevereiro de 1935, determinou a extinção do município de Santo Amaro, incorporando-o ao município de São Paulo.
Previu-se geração de renda com a construção do novo Campo de Aviação (Congonhas) entregue definitivamente à cidade de São Paulo em abril de 1936, substituindo o Campo de Marte, que havia sido alvo de ataque aéreo em 1932, pois seus pilotos haviam sido convocados para integrar o Movimento Constitucionalista, juntamente com outros aviadores militares que haviam aderido à causa, além de Santo Amaro possuir o represamento da Guarapiranga para moderna hidroelétrica Usina de Cubatão, também conhecida como Usina da Serra ou Henry Borden, inaugurada em 10 de outubro de 1926, com construção Subterrânea, considerada marco de engenharia, devido ao túnel de adução ter sido escavado em rocha, protegido naturalmente contra bombardeios de aviação na Serra do Mar, que a Revolução de 32 não conseguiu destruir e parar o parque industrial.
Havia necessidade e interesse político em antecipar a anexação de Santo Amaro, mas, isto são conjeturas carentes de provas!...
Afinal, quando comemoramos nossa "Cidade de Santo Amaro"?
Sem comentários:
Enviar um comentário