Áreas nobres, antes pobres: Gentrificação
e conurbação da cidade São Paulo
A recepção da na cidade de São
Paulo é realmente assustadora, como se os arranha céus quisessem informar que a
grandiosidade da cidade se resume aos prédios, esquecendo-se que dentro deles
existem pessoas e outrora existiram ali mesmo onde hoje há a “gentrificação”, um
enobrecimento em nome do lucro de áreas nobres que já foram locais de pessoas
que fizeram parte de uma história e que nos antecederam e deram a São Paulo pujança
e que foram as vilas operárias que lhe deram as estruturas para seu
expansionismo.
São Paulo exibe sua eloquência
midiática, mas que não está preparada para uma acolhedora estrutura
expansionista, cresce sempre capenga. São Paulo possui uma dinâmica de
destruição de seu passado como se dele tivesse vergonha e não deve jamais manter
vestígios que lembre seu passado de taipa, de pau a pique, batidas de sopapo,
de seus primeiros tijolos cozidos das olarias e hoje mostra oura faceta que são
suas construções de concreto armado, até já se transformando num misto com
estrutura metálica.
Tentar captar e registrar imagens
históricas da cidade congelada no tempo é algo impenetrável daquilo que foi o
seu passado histórico. Os flashes são lentos para a derrubada desordenada da
cidade de São Paulo no final do século passado e neste atual. A cidade tem pressa
de se ver moderna e destrói seu passado glorioso.
As áreas menos nobres suburbanas
e periféricas bem afastadas de São Paulo demanda um tempo para se firmar como
bairro prospero, e quando isto ocorre, depois de algum tempo, passam a serem áreas
de interesses econômicos, merecendo investimento de infraestrutura que jamais
tiveram como bairros de baixo poder aquisitivo, passando a altos impostos
prediais obrigando antigos proprietários a se desfazerem de suas antigas
moradias vendidas a preços módicos para os grandes conglomerados imobiliários.
São Paulo incha nesta “conurbação”
e se encontra todos os dias às margens de outro município, numa aglomeração de prédios
“empoleirados” nesta área metropolitana incontrolável em seu crescimento, um monstro
a dizer que “os bárbaros estão chegando” amparados pela autodestruição de
ávidos empreiteiros mancomunado com o poder instituído em nome do progresso!
Destruir para construir e reconstruir
constantemente faz parte de um modelo de lucro, e a cada século vêem-se facetas
deste “novo porvir” viciado e incontrolável da Cidade de São Paulo.
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