Recebe
o afeto que se encerra...
Debruçar-se sobre uma ideia simbólica e fomentá-la para que seja feito de modo coeso uma opinião onde haja consenso de participação ativa de todo conjunto da coisa comum, fazendo ligação entre o suposto
com aquilo que se pretende como causa e efeito de uma aspiração.
Criar é coisa inerente
ao homem, e anteriormente a escrita, o mesmo saiu de sua condição primitiva e
se tornou “sapiens” idealizando primeiramente símbolos rupestres de inspiração em cavernas
onde foram suas primeiras moradias e nelas criados os primeiros símbolos humanos,
por dizer assim como sua primeira expressão de comunicação. Depois todos esses
simbolismos foram impressos em formas simplificadas que deram a origem em caracteres formando a escrita que representavam aquilo que a memória registrava e passava as
outras gerações.
O homem então começou a
registrar tudo quanto se passava no espaço e tempo e disto nasceu o que as
linhas entrelaçadas se encontram nascendo, deste modo, a história humana, um
registro sem fim, mas com finalidade de transmitir conhecimento.
Os símbolos, deste
modo, permaneceram no inconsciente humano, e disto saíram muitos símbolos que
seguiram tantas gerações e saíram modelos de agregar todo um conceito
comum entre as partes que se apresentavam pelas semelhanças. Nasceram, assim, todas as
estruturas grupais que motivaram os agrupamentos dos “inter pares” e que
resultaram as disputas territoriais, ora assimilando culturas, ora
distruindo-as e forçando novos modelos, subjugando o vencido, e obrigando-o a aceitar
a nova condição imposta, ora criando novas estruturas somando aquilo que se tornava
de domínio público e aceito como condição de sobrevivência grupal.
Surgiram deste contexto
as guerras de domínio, antes mesmo de existirem as fardas de diferenciação entre
os grupos rivais de disputas. Os cavaleiros guerreiros foram defendendo a fé que
levou à frente do campo de batalha seus estandartes liderados por um ideal, baluartes que demarcavam territórios de luta entre grupos antagônicos, mas de interesses subjetivos. Assim surgiram as
bandeiras de luta, um pendão a ser seguido por determinado contingente que se digladiavam
em grupos antagônicos, entre as partes com litígio, onde o combate iria
determinar as diferenças entre as partes, e o vencedor iria ser o modelo determinante
desde aquele momento.
Dos
estandartes de guerra às bandeiras das nações
Surgiram os reinos e
seu modelo de defesa dos castelos através de suas muralhas, aparentemente intransponíveis, onde os povos eram
defendidos.
Existiam os “paganis”(pagãos), ou seja, aqueles que viviam fora das muralhas e estavam longe de todas as ações do reino e que produziam a subsistência do reino, inclusive fornecendo os soldados de guerra, para a defesa do reino. Vivendo fora das muralhas era os primeiros a fornecer material humano de guerra para o reino, a “infantaria” das primeiras escaramuças. Com o crescimento das áreas de ação do reino foram arregimentados outros indivíduos, que não mais cuidavam de produzir alimentos do reino, mas eram indivíduos do mercado, de outras atividades para manter o reino produtivo resultando disto o “popolo”(povo), uma mistura das estruturas bastardas de determinado castelo fortaleza e do qual recebia aparente proteção.
Existiam os “paganis”(pagãos), ou seja, aqueles que viviam fora das muralhas e estavam longe de todas as ações do reino e que produziam a subsistência do reino, inclusive fornecendo os soldados de guerra, para a defesa do reino. Vivendo fora das muralhas era os primeiros a fornecer material humano de guerra para o reino, a “infantaria” das primeiras escaramuças. Com o crescimento das áreas de ação do reino foram arregimentados outros indivíduos, que não mais cuidavam de produzir alimentos do reino, mas eram indivíduos do mercado, de outras atividades para manter o reino produtivo resultando disto o “popolo”(povo), uma mistura das estruturas bastardas de determinado castelo fortaleza e do qual recebia aparente proteção.
O reino produzia deste
modo seu “império” subjugando os povos menores ao seu redor, sendo reconhecido este
poderio por um edital e por “sua marca”, a bandeira!
A bandeira deste modo
passa a representar a condição soberana de um espaço físico que mais tarde dará
todas as condições para constituir as nações e dentro das mesmas fomentar as divisões
territoriais de estado, município, cidades, bairros.
Santo Amaro ganhou “status
de Villa” desde o tempo do império, em 10 de julho de 1832, obtendo a hegemonia administrativa
até o ano de 1935, quando perdeu esta condição de autonomia no governo de
Getúlio Dornelles Vargas, que aqui “neste momento” não se discute o motivo
desta ingerência, tendo-se como interventor federal, Armando de Salles Oliveira.
REPRESENTAÇÃO SIMBÓLICA DE UMA BANDEIRA PARA SANTO AMARO
(Crédito da representação: Alexandre Fatorelli)
O que temos que notar é que o então “município” de Santo Amaro possuindo a representação do brasão idealizado
pelo historiador Afonso
d'Escragnolle Taunay, que foi membro da Academia Brasileira de
Letras, e idealizador de muitos brasões, (em 1926 foi Diretor do Museu Paulista, popularmente denominado Museu do Ipiranga) com desenhos feitos por José Wasth Rodrigues,
que tem seu marco em Santo Amaro, nos azulejos representado na obra na Praça
Santa Cruz, não obstante, Santo Amaro, nunca teve representação feita em uma bandeira.
Na atualidade Santo
Amaro, sendo um bairro paulistano, e possuindo um grande cabedal histórico a ser
explorado, pensa em concretizar algumas representações que demarquem seu vasto território
de 640 quilômetros quadrados “deflagrando sua Bandeira” aos ventos da região
sul de São Paulo, que pode estar com seu fundo amarelo, representando o povo “botina
amarela” apoiada pela Cruz de Cristo, aportado da caravelas que singraram os
mares do sul, ou até outra representação que se apoie numa mesma representação
deste mesmo ideal de cruzeiro.
Uma demanda a ser inquirida
no pano de fundo da Bandeira de Santo Amaro:
Que cruz que deve-se usar :
A Cruz de Malta (ou
Cruz de São João)?
A Cruz Pátea(ou Templária) ?
A Cruz da Ordem de Cristo?
A Cruz de Santo Amaro?
Estejam a vontade para
opinar e usar a liberdade pela crítica da crônica desta “bandeira” democrática, inclusive em respeito a cor da mesma!!!
Vide:
"Símbolos Paulistas: estudo histórico-heráldico", de Hilton Federici:
Secretaria da Cultura, Ciência e Tecnologia, Conselho Estadual de Artes e
Ciências Humanas, 1980, São Paulo.
Guerra, Juvencio;
Guerra, Jurandyr. Almanaque Commemorativo do 1º Centenário de Santo Amaro. São
Paulo, 1932
Referências
do blog:
POVO E SUA IDENTIDADE
Muito bom e oportuno esse artigo, antes tarde do que nunca, que nosso bairro tenha seu símbolo maior que é uma bandeira.
ResponderEliminarA cruz Azul, com fundo amarelo, com o brasão ao centro, ficou perfeita e deve ser o aprovado.
Parabéns ao Alexandre Fatorelli, neosantamarense, de grande visão em webdesiners e projetos em geral.
É a nova safra de santamarense que vem para fazer, realizar