quarta-feira, 15 de janeiro de 2014

Brasão de Santo Amaro/São Paulo

Introdução
Brasão de Armas de Santo Amaro

O Brasão de Armas de Santo Amaro (e outros tantos municípios) foi financiado por influência de Afonso d' Escragnolle Taunay com elaboração de José Wasth Rodrigues[1], sendo adotado em 1926, sendo composto do escudo ibérico, com a representação das matas e heráldica de Anchieta, com goles (a cor vermelha do brasão) representando a usina de ferro. Sobre a parte superior do escudo, pousa a coroa mural, de ouro, composta de 5 torres, sendo 3 visíveis com 2 ameais.
Os símbolos do brasão antigo representavam Santo Amaro como uma aldeia  e não como uma cidade e como um local colonizado pelos jesuítas representados pelas armas da família Anchieta.

A frase em latim "ANTIQUISSIMUM GENUS PAULISTA MEUM" ("PERTENÇO A MAIS VELHA SOCIEDADE PAULISTA") em vermelho sobre o listel foi cunhada também pelo historiador Afonso d’Escragnolle Taunay.

REPRESENTAÇÃO DO BRASÃO DE SANTO AMARO

O homem à direita, de quem observa o escudo, é um oficial da milícia portuguesa.

O da esquerda é um bandeirante, caracterizado pelo gibão de armas, de couro estofado e arcabuz representando aqueles que se aventuraram pelo interior e foram colonizando o país, responsáveis pela expansão do território brasileiro, sendo por vezes naturais do próprio local, apoiando-se ao escudo, em posição de descanso, da perspectiva do espectador.

Primeiro quartel: em campo amarelo representa um campo abundante de mata verdejante na localidade da “Villa” de Santo Amaro.

Segundo quartel: em campo de ouro, quatro cabeças de índios guaianases, afrontados e acantonados ladeando o brasão do venerável José de Anchieta, como símbolos da fundação do povoado de Santo Amaro no século 16. (Aldeia em 1560)

No campo inferior, metade do escudo, de goles (cor vermelha do brasão), há a representação de uma usina de ferro, símbolo que representa o primeiro empreendimento siderúrgico das Américas, construído em 1607.

COROA MURAL: REPRESENTAÇÃO DAS FORTALEZAS DO IMPÉRIO

Sobre a parte superior do escudo, pousa a coroa mural, (a peça acima do escudo) de ouro, composta de 5 torres, sendo 3 frontais visíveis e 2 ameais (guarnecimento das torres principais). Ao invés das cinco aparentes (três frontais e duas recuadas) que atualmente possui, deveria ter cinco frontais, como toda cidade. Do modo como está, indica que Santo Amaro é um povoado com menos de 5000 habitantes e não emancipado.
A coroa-mural reservada às cidades deve possuir cinco torres, e não apenas três, como se utiliza no brasão de Santo Amaro e deveria ser prateada, e não dourada, cor que se reserva somente ao brasão das capitais.
Na peça coroa-mural somente é utilizado o preto, símbolo de portas "fechadas". Nenhuma outra cor é correta, valendo tal orientação para qualquer outro município brasileiro. Não se utiliza da cor vermelha (goles) nas portas das torres, em detrimento do correto, que seria a cor preta (sable). Não se utiliza de forma alguma cor vermelha, sendo uma simples "licença artística", adotada, sugerindo portas abertas, sinal de espírito acolhedor do cidadão do município. Nem mesmo essa orientação é correta, pois a representação de portas abertas em heráldica é a cor branca, e não a vermelha.

Referências:
FEDERICI, Hilton. "Símbolos Paulistas: estudo histórico-heráldico". São Paulo: Secretaria da Cultura, Ciência e Tecnologia, Conselho Estadual de Artes e Ciências Humanas, 1980.
Ribeiro, Clovis, Brazões e Bandeiras do Brasil, São Paulo Editora, São Paulo, 1933, pp. 195-204.


VIDE:



O PRETEXTO DA FUNDAÇÃO DE SÃO PAULO E AS RIQUEZAS DA AMÉRICA

http://carlosfatorelli27013.blogspot.com.br/2009/08/o-pretexto-da-fundacao-de-sao-paulo-e.html






[1] O escudo ibérico foi elaborado por Afonso d’Escragnolle Taunay, historiador,  que em 1926 foi  diretor do Museu Paulista, comumente conhecido como Museu do Ipiranga, em São Paulo. O desenho e a pintura do brasão  coube a José Wasth Rodrigues, também em 1926.

1 comentário:

  1. Muito bom e oportuno esse artigo, antes tarde do que nunca, que nosso bairro tenha seu símbolo maior que é uma bandeira.
    A cruz Azul, com fundo amarelo, com o brasão ao centro, ficou perfeita e deve ser o aprovado.
    Parabéns ao Alexandre Fatorelli, neosantamarense, de grande visão em webdesiners e projetos em geral.
    É a nova safra de santamarense que vem para fazer, realizar

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