Os
Federados são Todos Brasileiros até na Última Trincheira
Os Sampaio aparecem na genealogia portuguesa provenientes de Vasco Pires de Sampaio, filho de Pedro Álvares Osório, da Casa de Vila- Lobos, Conde de Trastamara, primeiro Marques de Astorga, na Galiza. O toponímico Sampaio era uma localidade dentro do concelho de Portugal, de Vila Flor, de onde originou a raiz genealógica dos Sampaio.
Delmiro Filgueira(s) Sampaio
(Voluntário da Revolução Constitucionalista de 1932)
Foi uma revolução de muitos nomes de várias partes do Brasil e de sobrenomes estrangeiros, unidos em único ideal. Ficou Voluntário Delmiro Filgueiras Sampaio conhecido em Santo Amaro com o apelido de “Pernambuco” e nos registros oficiais o seu nome consta como Filgueiras, no plural.
Referências:
Cruzes Paulistas: Os que Tombaram, em 1932, pela
Glória de Servir São Paulo.São Paulo: Empreza Graphica da “Revista dos
Tribunaes”, 1936.
Os Sampaio aparecem na genealogia portuguesa provenientes de Vasco Pires de Sampaio, filho de Pedro Álvares Osório, da Casa de Vila- Lobos, Conde de Trastamara, primeiro Marques de Astorga, na Galiza. O toponímico Sampaio era uma localidade dentro do concelho de Portugal, de Vila Flor, de onde originou a raiz genealógica dos Sampaio.
O nome Sampaio foi uma construção
tirada do latim Sanctus Pelagius (Santo Pelágio) que deu origem ao termo “Sampeaio”
e por consequência deste a Sampaio.( No dia 26 de Junho, celebra-se a festa de
São Pelágio ou São Paio, em Portugal).
A origem dos Sampaio de
Barbalha (nome que deu origem a um município no Ceará) foi através do português
José Quezado Filgueira Lima, pai dos capitães mores José Pereira Filgueira e
Romão Pereira Filgueira, unidos posteriormente com os da família Sampaio.
No Brasil no século 19,
houve um deslocamento migratório devido a grande seca que assolava a região do
Cariri, Ceará, em busca de novas terras de cultura e pastagens. Entre esta onda
migratória estava Miguel Torquato de Bulhões, que se instalou às margens do
Riacho Traíras, dando assim inicio ao município de Serrinha, alterado
posteriormente para Serrita. Neste ainda insipiente povoado instalou-se em 1896,
Romão Pereira Filgueira Sampaio, vindos de Jardim, Ceará e seu cônjuge, Idalina
Gonçalves Lima e filhos, ela era natural
de Serra Talhada, Pernambuco.
O Coronel Romão Pereira
Filgueira Sampaio, assumiu o município de Salgueiro, assentando da cadeira como
primeiro prefeito desta localidade.
Parece que os registros
historiográficos de sua primeira esposa perderam-se no tempo, mas parece
existir referências de seu filho que atendia pelo cognome de Padre Quezado, e que se casou bem jovem e que
consta ter tido um único filho, Alzir, que se tornou sacerdote e estava a
serviço na Paróquia de Lavras da Mangabeira, da Diocese de Crato, Ceará.
Consta uma lista grande
de herdeiros, em ordem alfabética, entre eles Delmiro Figueira Sampaio.
Alfredo Figueira Sampaio,Antonio Figueira Sampaio,
Aparício Figueira
Sampaio, Benevido(ou
Benevides) Figueira Sampaio, Caraciole
Figueira Sampaio, Delmiro
Figueira Sampaio, Enedina
Figueira Sampaio, Esmerindo
Figueira Sampaio,Felinto
Figueira Sampaio,Francisca
Theodora Figueira Sampaio, Francisco
Figueira Sampaio (Chico Romão), Galdino Figueira Sampaio, Gracilina Figueira Sampaio, Gumercino Figueira
Sampaio, Joaquim Figueira Sampaio,José Figueira Sampaio, Laura Figueira Sampaio, Maria Idalina Figueira
Sampaio,Maria José Figueira
Sampaio, Maria Luzia
Figueira Sampaio, Martiniana
Figueira Sampaio, Merandulina
Figueira Sampaio, Minervina
Figueira Sampaio, Romão
Figueira Sampaio Fº, Theodomiro
Figueira Sampaio,
Delmiro Filgueira(s) Sampaio
(Voluntário da Revolução Constitucionalista de 1932)
LOCAL: LARGO 13 DE MAIO, SANTO AMARO, SÃO PAULO, 1957
No combate travado pela Companhia Isolada do Batalhão Santo Amaro, em Lajeado, distante sete quilômetros
de Xiririca[1], frente
litoral sul, Delmiro Sampaio morreu a 2 de outubro de 1932, alcançado em cheio
por uma rajada de metralhadora, única baixa registrada da Companhia Isolada.
Ele se afastara dos companheiros na direção do adversário aponto de desarticular-se. Pressentido, foi visado e morto. À época contava com aproximadamente 22 anos.
Sepultado no próprio local de sua morte, seus despojos foram posteriormente trazidos para Santo Amaro e em 1957 foi transladado ao Mausoléu aos Revolucionários de 1932, no Ibirapuera, São Paulo.
Ele se afastara dos companheiros na direção do adversário aponto de desarticular-se. Pressentido, foi visado e morto. À época contava com aproximadamente 22 anos.
Sepultado no próprio local de sua morte, seus despojos foram posteriormente trazidos para Santo Amaro e em 1957 foi transladado ao Mausoléu aos Revolucionários de 1932, no Ibirapuera, São Paulo.
DOCUMENTO DE TRANSLADO PARA O MONUMENTO AO SOLDADO CONSTITUCIONALISTA DOS DESPOJOS DE DELMIRO FILGUEIRA(S) SAMPAIO, E OUTROS COMBATENTES, OCORRIDO EM 1957
Foi uma revolução de muitos nomes de várias partes do Brasil e de sobrenomes estrangeiros, unidos em único ideal. Ficou Voluntário Delmiro Filgueiras Sampaio conhecido em Santo Amaro com o apelido de “Pernambuco” e nos registros oficiais o seu nome consta como Filgueiras, no plural.
ORAÇÃO
ANTE A ÚLTIMA TRINCHEIRA
(Poesia
de Guilherme de Almeida)
Agora é
o silêncio...
É o
silêncio que faz a última chamada...
É o
silêncio que responde:
—
"Presente!"
Depois
será a grande asa tutelar de São Paulo,
asa que
é dia, e noite, e sangue, e estrela, e mapa
descendo
petrificada sobre um sono que é vigília.
E aqui
ficareis Heróis-Mártires, plantados,
firmes
para sempre neste santificado torrão de
chão
paulista.
Para
receber-vos feriu-se ele da máxima
de
entre as únicas feridas na terra,
que
nunca se cicatrizam,
porque
delas uma imensa coisa emerge
e se
impõe que as eterniza.
Só para
o alicerce, a lavra, a sepultura e a trincheira
se tem
o direito de ferir a terra.
E mais
legítima que a ferida do alicerce,
que se
eterniza na casa
a dar
teto para o amor, a família, a honra, a paz.
Mais
legítima que a ferida da lavra,
que se
eterniza na árvore
a dar
lenho para o leito, a mesa, o cabo da enxada,
a
coronha do fuzil.
Mais
legítima que a ferida da sepultura,
que se
eterniza no mármore
a dar
imagem para a saudade, o consolo, a benção,
a
inspiração.
Mais
legítima que essas feridas
é a
ferida da trincheira,
que se
eterniza na Pátria
a dar a
pura razão de ser da casa, da árvore
e do
mármore.
Este
cavado trapo de terra,
corpo
místico de São Paulo,
em que
ora existis consubstanciados,
mais
que corte de alicerce, sulco de lavra,
cova de
sepultura,
é
rasgão de trincheira.
E esta
perene que povoais é a nossa última trincheira.
Esta é
a trincheira que não se rendeu:
a que
deu à terra o seu suor,
a que
deu à terra a sua lágrima,
a que
deu à terra o seu sangue!
Esta é
a trincheira que não se rendeu:
a que é
nossa bandeira gravada no chão,
pelo
branco do nosso Ideal,
pelo
negro do nosso Luto,
pelo
vermelho do nosso Coração.
Esta é
a trincheira que não se rendeu:
a que
atenta nos vigia,
a que
invicta nos defende,
a que
eterna nos glorifica!
Esta é
a trincheira que não se rendeu:
a que
não transigiu,
a que
não esqueceu,
a que
não perdoou!
Esta é
a trincheira que não se rendeu:
aqui a
vossa presença, que é relíquia,
transfigura
e consagra num altar
para o
vôo até Deus da nossa fé!
E pois,
ante este altar,
alma de
joelho à vós rogamos:
—
Soldados santos de 32,
sem
armas em vossos ombros,
velai
por nós!;
sem
balas na cartucheira,
velai
por nós!;
sem pão
em vosso bornal,
velai
por nós!;
sem
água em vosso cantil,
velai
por nós!;
sem
galões de ouro no braço,
velai
por nós!;
sem
medalhas sobre o cáqui,
velai
por nós!;
sem
mancha no pensamento,
velai
por nós!;
sem
medo no coração,
velai
por nós!;
sem
sangue já pelas veias,
velai
por nós!;
sem
lágrimas ainda nos olhos,
velai
por nós!;
sem
sopro mais entre os lábios,
velai
por nós!;
sem
nada a não ser vós mesmos,
velai
por nós!;
sem
nada senão São Paulo,
velai
por nós!
Aceita-se a crítica da crônica, pois faltam dados mais detalhados de
uma biografia mais completa sobre o soldado Voluntário Delmiro Filgueira Sampaio.
Referências:
Quartin,
Yone.O Mackenzie na Revolução de 32. São Paulo: Edicon, 1ª Edição, 1995
Amaral,
Pedro Ferraz do. A Guerra Cívica-1932.São Paulo: Ed. Escolas Profissionais
Salesianas, 1982
[1] (Freguesia criada em 19 de
janeiro de 1763, subordinada a Iguape, tornou-se vila pela Lei nº 28 de 10 de
março de 1842 e elevada a cidade pela Lei nº 10, em 24 de maio de 1895. Pela
Lei estadual nº 233, de 24 de dezembro de 1948, quando houve alteração
toponímica e passou a denominar-se Eldorado)
Consta que o soldado Delmiro Filgueira Sampaio tinha um filho, sabe me dizer se a noticia procede? Eu nem sabia da existência desse irmão de meu avô Benevides Filgueira Sampaio, a familia está montando no Museu de Serrita, a árvore genealógica dos Filgueira Sampaio, e eles não sabem nada de Delmiro, a não ser que morreu na revolução de 32.
ResponderEliminar