terça-feira, 28 de agosto de 2012

Com o homem começa a história e com a escrita começa a historiografia

Tudo são teorias!

Antes de toda a evolução tecnológica da produção de energia por fontes provindas da eletricidade, e outras fontes atuais energéticas o homem “caminhou”  aproveitando-se do que havia provindo da natureza que após o controle do fogo, sendo a madeira o combustível inicial, abundante à sua volta.

 A arqueologia cita através de pesquisas rigorosas que o homem conseguiu “reter o fogo” sua primeira grande conquista há prováveis 790 mil de anos, que contribuiu para as primeiras migrações humanas. Suas primeiras experiências foi captar o fogo provindo de raios que geravam o fogo por faíscas caídas em algo incandescente depois por atritos de pedras, rústicas pederneiras que fabricavam as primeiras faíscas “aprisionando” o fogo que davam garantias para proteção de predadores além garantir calor e luz.

Deste modo estava preparada a “revolução inicial” para que o homem conseguisse produzir por si mesmo o próprio alimento, passando de mero coletor e caçador a um estágio que desloca uma população que inicia os povoamentos por condição migratória da população.

Com o controle do fogo, tendo a pequena ferramenta de ataque idealizadas como “machado de pedra”, acrescida das charruas, um galho em forma de V, para sulcar a terra, para o plantio das sementes de frutos coletados deu ao homem condição para sua ascensão diante do reino animal.

Como foi o início do ato de cozer alimentos é mais um dos mistérios, entre tantos, que o homem busca decifrar, e por intuição pode-se prever que algum acidente pode ter proposto que a carne cozida era mais facilmente digerida.

Evidente que antes das fronteiras das ações o homem andava sem passaporte de um lado a outro buscando a melhor condição de viver, e sempre se apoderando do espaço em locais próximos aos rios, rico em fauna e flora com abundante “mercadoria” de sustentação.

Do homem habilis, feito para conseguir através de habilidades as condições de se manter por si, sofre mutação fazendo surgir o homem erectus, que busca através da locomoção ir atrás de suas necessidades culminando com o homem sapiens, começo do uso de suas faculdades mentais para priorizar a condição de uso do raciocínio, para manter-se entre sua frágil condição diante de forças naturais e de outros animais.

Evidente que o homem começou a buscar se fortalecer agrupando-se entre si, formando os primeiros convívios sociais. Os primeiros “interpares” possuíam os afazeres diários que consumia tempo, ora caçando, ora pescando, ora formando algum pomar artificial, mas apesar de suas atribuições mantinham um simbolismo através de reuniões que fortalecia o grupo que se reunia durante a noite, para em círculos se protegerem uns aos outros, ao redor do fogo, formando um círculo diante de uma fogueira, tornando-se assim o primeiro espaço de locução daquilo que estava na Terra e o infinito dos céus intocáveis, sendo o primeiro “religare” entre o que estava abaixo e acima do homem, uma comunicação de semelhanças.

A mesmo fogueira que iluminava a imaginação humana dava toda a estrutura para o homem conseguir prover suas necessidades alimentares e deste modo o homem, com duas forquilhas em paralelo pendurava suas caças para cozer. Parece existir algo diante das evidências pesquisadas e catalogadas por meios científicos: todos os povos estudados da antiguidade conseguiram produzir utensílios de barro argiloso cozido que deram origem aos potes e bilhas de transporte de água, sendo deste modo produzido as primeiras cerâmicas por artesãos antigos. Estudiosos buscam evidências do descarte deste material das primeiras conglomerados humanas, e onde se encontram ossos, sementes, pedras trabalhadas por lascas delas retiradas que dão evidências das primeiras ferramentas, além do primitivo artesanato de cerâmica. A ciência consegue datar com aproximação de datas, através da quantidade de carbono próprio das estruturas deste elemento químico, presente em todas estrutura moleculares, animais e vegetais recolhidas em camadas de restos alimentares, plantas e animais.

Por estudos de renomados acadêmicos consta a presença de fragmentos cerâmicos em camadas acumuladas provenientes por pelo menos 20 mil anos, de uma cerâmica rústica de estrutura de paredes grossas atingindo quase dois centímetros de espessura, moldadas manualmente com um cozimento brando e frágil. Parece que o homem se apropriou do cozimento de algum vegetal colhido e carnes anteriormente ao processo do controle da agricultura. Pode-se supor que anterior a quatro mil anos datada a partir da era cristã o homem estava buscando firmar-se em organizações em pontos chaves demarcando presença na Suméria, Mesopotâmia, Egito, no vale do Indo, na China, Grécia onde floresceu a filosofia de questionamentos jamais propostos. Começara, deste modo, uma nova etapa com acúmulo do conhecimento cientifico da metalurgia, pelo controle da fundição de metais que proporcionou fabricar utensílios vários, em concorrência aos de cerâmica, além de proporcionar a fabricação de armas que dariam poder de domínio aos seus idealizadores ao seu entorno com escaramuças bélicas, obrigando certos deslocamentos migratórios, culminando com a civilização contemporânea na busca de sua origem histórica.

A comunicação eficaz da atualidade parece nos distanciar do antigo homem histórico, tornando-nos, pela vigilância do poder através da força, marionetes manejadas por sistemas sofisticados de satélites e do poderio das máquinas inteligentes!(Vide Foucault, Vigiar e Punir)

  Será o início de Nova Era onde as máquinas controlarão o “habilis-erectus-sapiens-tecnos” em detrimento ao homem natural? Será o fim da escrita? Será isso o fim da história?(Vide Francis Fukuyama)

Isto é simples ficção, se há alguma semelhança é mera coincidência de fatos!!!

Bibliografia

Pinks, Jaime. Modos de Produção na Antiguidade. São Paulo: Global, 1994

Ducassé, Pierre. História das Técnicas. Lisboa: Publicações Europa América, 1949

Wrangham, Richard. Pegando fogo. Como Cozinhar Afetou Nossa Evolução. Matéria: The New York Times(Folha de São Paulo, 4 de maio de 2004)

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