Quando as mentiras se encontram: Haussmanização de São Paulo
Ávidos corretores de imóveis pretendem juntamente com as autoridades interessadas na “haussmanização”[1] do centro da capital paulista implementar o modelo ideal das grandes capitais mundiais, mas sem um critério coerente expulsam a miséria ao redor para lugares periféricos com intervenções desastrosas. Dizer que não há integração de ações de interesse do estado em usar sua máquina de força é no mínimo entender que todo cidadão não possua discernimento analítico.
Por outro lado vemos uma miséria ambulante onde o maior interesse governamental está pautado em controlar todo o espaço da Estação da Luz para ser a “menina dos olhos” do governo municipal, onde já foram demolidas várias antigas residências para fomentar o interesse dos grandes investidores imobiliários, nas ruas Mauá, Avenida Duque de Caxias, Rio Branco, Alameda Cleveland, esta acessa o Moinho “implodido” em São Paulo, e onde se localiza a estação Júlio Prestes, reduto da miséria provocada pela desigualdade, em frente à Sala São Paulo, na Rua Helvetia.
A prefeitura paulistana é cercada de uma militarização sem igual na história da cidade, onde quase todas as suas subprefeituras são regidas por reformados dos quartéis, parece não haver capacidade civil para esses cargos e estes administradores não possuem habilidade suficiente em administração publica, foram capacitados para interferirem em ações militares, e não possuem aproximação com a população que infelizmente é regida por forças de poder de intimidação.
Foi um fiasco, o prédio ficou em pé! Ocorreram para as explicações e a prefeitura com todas as explicações paliativas de praxe expos que foi um sucesso e estava dentro do previsto do custo de 2 milhões de reais. Após o silêncio para articular os diálogos para que fossem uníssonos as entrevistas dos governantes e seus imediatos, esqueceu-se de “convidar” o responsável pela implosão mal sucedida e eis que ele comenta em rede nacional que o prédio realmente foi programado para cair, dizendo: “Com certeza eu esperava que ele fosse todo ao chão”. Esta opinião contradisse aquela do digníssimo representante municipal que disse anteriormente que “a implosão parcial era esperada, já que a demolição total poderia lançar estilhaços na linha”.
Afinal, a nossa engenharia é ineficaz a ponto de não saber proteger arredores?
Mesmo que houvesse fragmentos, o poder municipal, quando ocorreu o incêndio, parou a circulação dos trens por dias, fizesse o mesmo no instante da implosão e para recolher algo que por ventura chegasse à linha ferroviária.
vide: http://carlosfatorelli27013.blogspot.com/2011_03_01_archive.html
Ávidos corretores de imóveis pretendem juntamente com as autoridades interessadas na “haussmanização”[1] do centro da capital paulista implementar o modelo ideal das grandes capitais mundiais, mas sem um critério coerente expulsam a miséria ao redor para lugares periféricos com intervenções desastrosas. Dizer que não há integração de ações de interesse do estado em usar sua máquina de força é no mínimo entender que todo cidadão não possua discernimento analítico.
NOSSA CASA, NOSSA VIDA: PAÍS DESIGUAL
As raposas têm tocas e os pássaros do céu têm ninhos....
As raposas têm tocas e os pássaros do céu têm ninhos....
Evidente que a miséria campeia nas grandes capitais brasileiras e São Paulo não é exceção, aliás, pode-se ate dizer que é uma das maiores densidades demográficas de miseráveis do Brasil. A mídia propaga que o centro possui imóveis que podem atrair empresas para a região, logo se deduz que o único interesse é formar na capital um grande centro empresarial. Ainda comentam, em matéria jornalística, para que o setor imobiliário e todos que vivam deste segmento fiquem atentos as novas tendências de mercado, e que o setor oferece oportunidades da proposta de renovação do centro da cidade de São Paulo.
MORADIAS NA RUA HELVÉTIA: CONTROLE MILITAR DA CRACOLÂNDIAPor outro lado vemos uma miséria ambulante onde o maior interesse governamental está pautado em controlar todo o espaço da Estação da Luz para ser a “menina dos olhos” do governo municipal, onde já foram demolidas várias antigas residências para fomentar o interesse dos grandes investidores imobiliários, nas ruas Mauá, Avenida Duque de Caxias, Rio Branco, Alameda Cleveland, esta acessa o Moinho “implodido” em São Paulo, e onde se localiza a estação Júlio Prestes, reduto da miséria provocada pela desigualdade, em frente à Sala São Paulo, na Rua Helvetia.
Praça Princesa Isabel, Monumento Duque de Caxias: Um militar no lugar da Princesa!!!
Não se pactua com a violência praticada por conta de quem pouco ou nada tem a perder, mas os critérios adotados são unicamente o da persuasão da força. Um grande aparato militar foi preparado com um contingente de policia militar, cavalaria, policia municipal para debandar todos os arredores onde a miséria é visível, sendo uma pedra no sapato de toda hierarquia administrativa da capital paulista.
ESTAÇÃO JULIO PRESTES
A prefeitura paulistana é cercada de uma militarização sem igual na história da cidade, onde quase todas as suas subprefeituras são regidas por reformados dos quartéis, parece não haver capacidade civil para esses cargos e estes administradores não possuem habilidade suficiente em administração publica, foram capacitados para interferirem em ações militares, e não possuem aproximação com a população que infelizmente é regida por forças de poder de intimidação.
FACHADA DA SALA SÃO PAULO: CONCERTOS SEM CONSERTOS
O plano urbanístico de interesse unicamente dos grandes investidores não contempla a miséria que campeia por São Paulo, as redes de encaminhamento para recuperação humana são insuficientes, além disso, o que fazer com aqueles recuperados em fomentar condições mínimas de trabalho e renda para dar dignidade e respeito para que estes antigos moradores de rua conseguir viver por si. Disseminam-se e propagam-se soluções paliativas, tudo é um faz de conta, coisa crônica na saúde, na educação, na questão de moradia e trabalho, enfim em todo o campo social.
ANTES DO INCÊNDIO
Houve um incêndio na Favela do Moinho, que é bem próxima a Estação da Luz, seguindo pela Avenida Rio Branco. Foi um incêndio suspeito, pois até o momento não há laudo ou referência como foi iniciado, onde antigamente havia todo o glamour industrial da empresas do grupo Matarazzo, e que foi ocupada por uma favela entre as linhas ferroviárias. Este incêndio ocorreu com sucedâneos acontecimentos inclusive com a intervenção do que costumeiramente chamam de “Cracolândia”, ambos os fatos foram com diferença de dias. A mídia voltou-se para este foco entrevistando os maiores envolvidos no sistema de enobrecimento da cidade de São Paulo. Não se negue que o governo quer acabar com este foco, não querem favelas no centro, e muito menos nas proximidades da Estação da Nova Luz, isso é categórico, não precisa ser um especialista em assuntos de administração pública, mas nossos governantes municipais também não o são, eles trabalham por tentativas de erros e probabilidades.
VISTA DO VIADUTO ENG.ORLANDO MURGEL: ENCONTRO DAS AVENIDAS RIO BRANCO E RUDGE
Propagou-se em todas as manchetes que o Prédio da antiga empresa Moinhos Matarazzo, necessitava ser “implodido”, pois corria risco de desabamento a qualquer momento. Pararam-se os trens que circulavam no local e providenciaram-se os holofotes para a demolição por efeito cascata, abalando a estrutura com dinamite.
Foi um fiasco, o prédio ficou em pé! Ocorreram para as explicações e a prefeitura com todas as explicações paliativas de praxe expos que foi um sucesso e estava dentro do previsto do custo de 2 milhões de reais. Após o silêncio para articular os diálogos para que fossem uníssonos as entrevistas dos governantes e seus imediatos, esqueceu-se de “convidar” o responsável pela implosão mal sucedida e eis que ele comenta em rede nacional que o prédio realmente foi programado para cair, dizendo: “Com certeza eu esperava que ele fosse todo ao chão”. Esta opinião contradisse aquela do digníssimo representante municipal que disse anteriormente que “a implosão parcial era esperada, já que a demolição total poderia lançar estilhaços na linha”.
Afinal, a nossa engenharia é ineficaz a ponto de não saber proteger arredores?
Mesmo que houvesse fragmentos, o poder municipal, quando ocorreu o incêndio, parou a circulação dos trens por dias, fizesse o mesmo no instante da implosão e para recolher algo que por ventura chegasse à linha ferroviária.
LINHA DA FERROVIA
Tudo isto leva a uma reflexão: o Estado é incapaz, fala muito, age pouco, não consegue administrar os problemas da cidade e somente está interessado em demandas de lucros financeiros da corretagem da Nova Luz, que não podemos ver uma luz no final deste túnel!!!
OBRAS DO GOVERNO DO ESTADO: FINAL DA ALAMEDA CLEVELAND COM RIBEIRO DA SILVA: INICIADA ANTES DO INCÊNDIO-AO FUNDO PARTE DA "IMPLOSÃO"vide: http://carlosfatorelli27013.blogspot.com/2011_03_01_archive.html
[1] O barão Haussmann foi prefeito de Paris entre 1853-1870. Ele empreendeu uma profunda e polêmica reforma urbana que inspirou intervenções em várias outras cidades do mundo. O objetivo principal era modernizar Paris que em pleno século XIX mantinha muito de sua estrutura medieval, cujo centro era composto de muitos quarteirões insalubres. Seu projeto consistia em redesenhar o traçado urbano compondo uma “nova cidade” mais racional, organizada e harmônica. Para realizar esta tarefa foram necessárias várias demolições. Isso fez com que muitos estudiosos criticassem duramente essa haussmanização. As críticas não eram contrárias à reforma em si, mas sim na maneira como ela foi realizada.
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