Empreendedorismo Industrial no Brasil
[2] Francisco Antônio Paulo Matarazzo era filho de Angelo Andrea Matarazzo e de Maria Virginia Ceraldi foi responsável pela implantação das indústrias: Metalgráfica do Norte S.A (Recife); Metralgráfica Brasileira S.A (Rio de Janeiro); Liquigás do Brasil S.A; Liquifarm do Brasil S.A; Agro-Pecuária; Liquifarm Agropecuária do Suiá-Missú S.A; Laminação Nacional de Metais de São Paulo, da qual foi um dos fundadores; Transportes Metalma S.A; Mecânica Nacional S.A (produção de ferramentas e máquinas destinadas ao diversos estabelecimentos das empresas); Metalgráfica do Sul S.A (Porto Alegre); FUNDAÇÃO BIENAL DE SÃO PAULO, Curriculum Vitae de Ciccillo,São Paulo: Fundação Bienal de São Paulo, 1976.
A Fábrica Nacional de Cartuchos e Munições surgiu em 1926, através de dois irmãos empreendedores, Costabile e Giannicola Matarazzo, no Brás, na Rua João Teodoro, que resolveram fabricar a própria munição de caça, resultando a implantação da Companhia Brasileira de Cartuchos[1], em Utinga, Santo André, que depois se tornou partilha de família, quando o conde Matarazzo passou as atribuições para seu principal sócio, seu irmão Angelo Andrea Matarazzo, conhecido como senador Andrea, referência ao cargo do Reino da Itália e seu genro Giulio Pignatari, casado com Lídia Matarazzo.
O filho de Andrea, Francisco Matarazzo Sobrinho[2], conhecido com Ciccillo, e Giulio Pignatari associaram-se formando a Companhia Pignatari & Matarazzo, no ramo de metalurgia, embalagens metálicas e laminação de metais. Em 1935, a empresa foi desmembrada e Ciccillo tornou-se o único proprietário da Metalúrgica Matarazzo, METALMA e Giulio Pignatari expandia os negócios da Laminação Nacional de Metais S.A. fixando seu escritório central no Edifício Matarazzo, na Rua Falcão Filho, 56, 7º andar, São Paulo.
O grupo Pignatari a partir de 1941 formava várias empresas juntamente com Laminação Nacional de Metais S.A. somava-se a Companhia Brasileira de Zinco, as Indústrias Brasileiras de Máquinas, a Alumínio do Brasil, a Companhia Brasileira do Cobre, CBC[3], e em 1942 o filho Francisco Pignatari, conhecido como Baby, dava início a Companhia Aeronáutica Paulista, CAP e mais tarde, em 1969, criou a Caraíba Metais, fortalecendo um vasto império protagonizado pelos Matarazzo.
Referências:
Martins, José de Souza. Conde Matarazzo, O Empresário e a Empresa. São Paulo: HUCITEC, 2ª edição.
Couto, Ronaldo Costa. Matarazzo: A Travessia. São Paulo: Editora Planeta, 2004
[1] Na Revolução Constitucionalista de 1932, a FNCM fornecia 30000 cartuchos calibre 7mm por dia. Em 1936 o controle acionário passa a ser da Remington Arms, empresa americana e a Imperial Chemical Industries, ICI, empresa inglesa, sendo mudada a razão social para Companhia Brasileira de Cartuchos, com instalações em Utinga, Santo André, São Paulo. Após 1979 a empresa passou a outros acionistas que formavam o Grupo ARBI adquiriram a empresa juntamente com a Indústria de Material Bélico do Brasil, IMBEL, empresa de controle brasileiro.
[3] Companhia Brasileira do Cobre (CBC), empresa que explorava o cobre das minas do Camaquã, em Caçapava do Sul (RS)
Muito obrigada, Carlos. Trocas de informações são bem valioso. Muito sucesso na sua empreitada!
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