Não há pretensão alguma em demonstrar uma continuação de genealogia, pois para isso existem especialistas históricos neste campo tão vasto. O interesse maior é demonstrar mais um ensaio nesta crônica, buscando o entendimento do grande legado e trunfo da coroa portuguesa que era distribuir grande quantidade de terras e que foi usado como barganha de poder, criando um modelo perpetuado, e, como tudo isso se processou ao longo do tempo.
O grau de Rico-Homem[1] era ofertado a quem recebia qualquer titulo proveniente das graças da nobreza, representando o estrato social da monarquia, idéia de autoridade proveniente de determinado por cargo público, recebendo remuneração da coroa, por vezes independente de fidalguia, embora pudesse fazer parte de nobre de linhagem. No plano governativo pertencia-lhes lugar de destaque na Cúria ordinária, mais tarde conselho Real. Do ponto de vista administrativo, tinham a seu cargo as “terras”, designação dada às circunscrições em que então se dividia o reino para efeitos de administração. O principal encargo que lhe adivinha da função de total administrador pelas regalias de oferta das terras, consistia na obrigação de se apresentar ao rei, em campanha, com determinado número de lanças, homens prontos para defesa. Nos seus próprios domínios, o rico-homem exercia jurisdição completa e gozava de total imunidade perante o fisco. Tinha o direito ao título de Dom (dominus) e gozava de inúmeros privilégios comuns, de um modo geral, a toda a nobreza.
Os qualificados com 72 brasões das 72 famílias principais da alta nobreza de Portugal do século16, foram pintados no teto da Sala dos Brasões do Paço Real de Sintra por ordem de Dom Manuel 1º, 14º Rei de Portugal, denominado o Venturoso, à época do achamento das terras da América, reinando de 1495 a 1521, que escolheu esses seletos brasões quando mandou reorganizar e qualificar a nobreza portuguesa tendo como objetivo escolher as famílias mais ilustres do Reino[2], em honra, história e bens.
Neste Palácio Nacional constituído pela Sala de Sintra ficam localizados os 72 brasões das famílias principais da alta nobreza de Portugal. No centro do teto da sala há a representação das armas de Dom Manuel, circundadas por seis brasões representando os príncipes e outros dois brasões representando as princesas. Logo abaixo da realeza estão os setenta e dois brasões da mais notável nobreza da época, dispostos em ordem de importância.
A Realeza era formada pelas Armas do Rei Dom Manuel; Infantes: Dom Yoam; Dom Luis; Dom Fernando; Dom Afonso; Dom Enrique; Dom Duarte e seguida das Princesas: Dona Isabel E Dona Beatriz, ladeado pela nobreza que se dispôs em volta da realeza: Aboim; Abreu; Aguiar; Albergaria; Albuquerque; Almada; Almeida; Andrade; Arca; Ataíde; Azevedo; Barreto; Bethancourt; Borges; Brito; Cabral; Castro; Castro da Penha Verde; Carvalho; Castelo-Branco; Cerveira; Coelho; Corte-Real; Costa; Coutinho; Cunha; Eça; Faria; Febos Monis; Ferreira; Gama; Góios; Góis; Gouveia; Henriques; Lemos; Lima; Lobato; Lobo; Malafaia; Mascarenhas; Manuel; Meira; Melo; Mendonça; Meneses; Miranda; Mota; Moura; Nogueira; Noronha; Pacheco; Pereira; Pessanha(ç); Pestana; Pimentel; Pinto; Queiróz; Ribeiro; Sá; Sampaio; Sequeira; Serpa; Silva; SotoMaior; Sousa; Tavares; Távora; Teixeira; Valente; Vasconcelos; Vieira.
Desta linhagem foram formadas as fileiras de capitães hereditários e governadores do Brasil de 1549 a 1808, finalizando com um governo representado pelo próprio rei Dom João VI com a vinda para o Brasil, que governou todo o reino até 1821, ano de seu regresso para Portugal, cercado por uma gama de condes, duques, barões que usufruíram do poder.
O antropólogo Thales Olympio Góes de Azevedo estima que houvesse em Portugal no tempo da colonização do Brasil aproximadamente um milhão e duzentas mil pessoas, do que foi reduto de populações de visigodos, sendo que destes mais ou menos 20% eram judeus ou convertidos ao cristianismo com a denominação de cristão novos, vindos das terras de Castela quando de sua expulsão em 1492, coincidentemente ano do Achamento do Novo Mundo por Castela.
Esta elite ligada à coroa, no século 16 era relativamente pequena com o rei circundado por uma seleta casta de infantes com alguns duques condes e barões, e uma fidalguia que estava próxima ao Paço formada por cavaleiros das diversas ordens, que formaram o escudo protetor do rei na cruzada empreitada no enfrentamento com os árabes na Península. Alguns poucos letrados, coisa rara de então, outros poucos bacharéis que serviam ao judiciário e uma máquina administrativa de ligados ao reino por afinidades diversas e formavam o funcionalismo. Nisto tudo estavam empresas comerciais dominadas por poucos que controlavam o mercado interno e um comércio exterior. Pode-se pensar que em 1530 quando da primeira expedição exploradora enviada ao Brasil com caráter militar pelo capitão Martim Afonso de Sousa, a metrópole dispunha de aproximadamente dez mil indivíduos que compunha a classe dominante. Havia nisto uma linhagem secundária que era composta de cavaleiros que não pertenciam à genealogia, mas que por algum motivo fidedigno eram assistidos pela coroa, mas que não possuía posses nem terras, uma característica antiga romana para garantias da cidadania e que formava a estirpe do “morgadio”, que iram dominar as colônias americanas de dominação de um grupo das fimbrias secundárias da coroa portuguesa. A família dos Sousas vindo por genealogia de Afonso III com Dona Inês de Valadares originando os de parte dos Chichorro em cruzamento de armas antigas do reino com as dos Sousa de Martim Afonso de Sousa, neto de Dom Pedro de Sousa, (1490-1564) Senhor do Prado e Alcoentre, por sua vez com relações de laços aos Sousa do Prado. Forma-se deste modo as “alcadarias mores”, que já no primeiro governo de Tomé de Sousa será concedida aos de Antonio Oliveira Carvalhal, que unida por laços familiares dos comendadores de Portugal da família Seixo, passara cargo aos Moniz Barreto. Na outra capitania criada de Pernambuco, vê-se em Olinda os Lucenas apossarem-se de sua administração, que caberá depois assumirem o poder os Acciolis de Moura. Já os de Cristóvão Lins ou Cristhovan Lintz[3], alemão que vivia em Portugal, casado com Adriana de Hollanda, filha do holandês Amault de Hollanda e da portuguesa Brites Mendes de Vasconcellos Hollanda e assumiram as terras que ganharam da Coroa, freguesia criada em1575 e antes denominada Nossa Senhora da Apresentação, compreendendo o Cabo de Santo Agostinho até o vale do rio Manguaba. Fixaram-se exatamente as margens desse rio, onde fundou a povoação de Porto Calvo e os três primeiros engenhos: Escurial, Maranhão e Buenos Aires. O segundo colonizador foi o português Antonio de Barros Pimentel, casado com Maria de Hollanda Barros Pimentel, irmã da mulher de Cristovão Lins, sendo um dos primeiros lugares habitado por colonos portugueses, trazidos a Pernambuco pelos donatários da antiga capitania para posse das terras litorâneas que ligavam Alagoas a Pernambuco e era chamada de Santo Antônio dos Quatro Rios. Próximo a estes as terras estavam as que pertenciam ao português Diogo Soares, enquanto as de São Miguel dos Campos pertenciam a Antônio de Moura Castro e as de Penedo, eram de Dom Felipe de Moura. Os novos proprietários fizeram a derrubada das matas [4] para plantar cana de açúcar [5] e instalando os “engenhos bangüês”[6] que sustentaram a economia do nordeste durante quatro séculos, até serem substituídos pelas usinas. O donatário da Capitania de Pernambuco Duarte Coelho Pereira ao receber a doação das terras, partiu para o Brasil com a família e parentes construindo seu próprio engenho, fortificando-o sendo o embrião da cidade de Olinda e em 1553 introduziu as mudas de cana de açúcar crioula [7], vindas da Ilha da Madeira, que durante três séculos, foi a variedade dominante cultivada em Pernambuco. Em 1557 faleceu o donatário da Capitania de Pernambuco sucedendo-lhe seu filho Duarte Coelho de Albuquerque, que por estar estudando em Lisboa deixou o governo de sua feitoria entregue à sua mãe D. Brites de Albuquerque, irmã de Jerônimo de Albuquerque, e de Isabel de Albuquerque casada com Dom Felipe de Moura.
Jerônimo de Albuquerque, cujo irmão era Matias de Albuquerque, conde de Alegrete, assumiu o cargo de Governador-Geral dos Estados do Brasil para combater os holandeses e que também assumiu as terras de sua irmã Brites de Albuquerque, falecida em 1575. Outro fatídico acontecimento de família sucedeu com o representante direto da família, Duarte Coelho de Albuquerque que tombou na fatídica batalha de Alcacerquibir, onde também faleceu o rei Dom Sebastião, sendo então sucedido pelo irmão Jorge de Albuquerque ao tempo da dominação espanhola.
Alguns representantes italianos tiveram presença no Brasil como o caso de Filippo di Giovanni Cavalcanti [8], de 1560 até próximo a 1614. Primeiro vamos ver o que dele conta Scipione Ammirato, na sua Istoria della Famiglia de’ Cavalcanti:
Filippo di Giovanni Cavalcanti, irmão de Guido e de Schiatta, foi grandíssimo homem, que por volta do ano de 1550 partiu de Florença e andou no reino de Portugal, em Lisboa, e de lá passou ao reino do Brasil, distante de Portugal três mil milhas pelo mar, e chegou à cidade de Pernambuco, à Vila de Olinda no dito reino, no qual se fazem grandíssimas quantidades de açúcar, e se tornou rico. Aparentou-se (casou-se) com a senhora D. Catarina, filha do senhor Jerônimo de Albuquerque, nobilíssimo senhor, de família nobre do reino de Portugal e Brasil, da qual recebeu alguns engenhos de refinar açúcar, e com seu engenho e modo tornou-se riquíssimo, e naquele país, grandíssimo homem, que adquiriu (boas) graças com aquele povo, e governou com seu engenho, porque tinha grande cabeça, todo aquele estado com grandíssima satisfação geral daqueles povos, que o estimavam. Jerônimo teve como filhos, João, Lourenço e Filipe, que viveram naquele reino honradamente, e não tiveram sucessão todos porque naquele reino tinha que o filho “maior”, o primogênito, era o verdadeiro herdeiro, e lhes toma todos os bens do pai como morgado, e é obrigado a apoiar os outros irmãos. Isto demonstra todo o poder adquirido por esta família que se estabeleceu primeiramente em Pernambuco e depois passando controle em 1580, para Simão Rodrigues Cardoso; em 1592, a Pedro Homem de Castro; em 1593, a Dom Felipe de Moura. Foi uma das mais prósperas tendo no fim do século 16 [9] seu maior apogeu. Em 1596, Manoel Mascarenhas, homem no poder sucessório, por investidura do donatário da respectiva capitania, representou a direção da mesma.
Desta maneira vão se alastrando uma infinidade de nomes pelo litoral e sertão nordestino sem fim que assumem certas posições de poder como em Alagoas têm-se os Peixoto, origem a Floriano, o primeiro presidente da república do Brasil, aparentado com os Acciolis de Vasconcelos e era ascendida pela fidalguia de Portugal como os Pena, com outro presidente Epitácio Pessoa, sobrinho do Barão de Lucena, Henrique Pereira (de Lucena) político e magistrado de Pernambuco no século 19. Muitas outras ramificações de um tronco originário de herdeiros de Bandeira de Melo e os proprietários de engenho, os Azevedos de Pernambuco.
Os Meneses tendo raízes nas estruturas visigóticas aparecem em Portugal no século 13 com alianças com os Albuzares de Maia. A burguesia de Álvaro Pais, João das Regras que levou ao poder a dinastia do mestre Aviz, são instituído cargos militares que no século do Achamento do Brasil tornam-se cargos honoríficos da corte de Portugal, privativos da nobreza aparecem os Nun’Álvares, condestável e mordomo-mor, Álvaro Pereira, Marechal da Hoste, Gil Vasques da Cunha, alferes mor, João Fernandes Pacheco, guarda-mor, Rui Mendes de Vasconcelos, meirinho mor, Afonso Furtado, capitão do mar. Além destes após a Península Ibérica reconquistar seu poder junto aos árabes ter-se-á os Melos transformados em marqueses.
Provinha dos Jerônimo Moniz Barreto, casado com Mécia Lobo de Mendonça, filha Mécia Lobo e de Francisco Bicudo, espingardeiro de Tomé de Sousa. Nesta linhagem temos Duarte Moniz Barreto, alcaide-mor na Bahia, casado com Helena de Mello, filha de Antonio de Oliveira Carvalhal, primeiro alcaide-mor de Vila Velha, Espírito Santo, em 1549, e como mãe Luiza de Mello e Vasconcellos.
Os Acciaioli, que no Brasil passou a Accioli ou Accioly, eram oriundos da cidade italiana de Brescia, forjadores e comerciantes do aço bergamasco. Há de se dizer que Zenobio Acciaioli(falecido em 1598) fora casado com Maria de Vasconcellos, tri neta de João Gonsalves Zarco[10], que descobriu a Ilha da Madeira.
Os Meneses tendo raízes nas estruturas visigóticas aparecem em Portugal no século 13 com alianças com os Albuzares de Maia. A burguesia de Álvaro Pais, João das Regras que levou ao poder a dinastia do mestre Aviz, são instituído cargos militares que no século do Achamento do Brasil tornam-se cargos honoríficos da corte de Portugal, privativos da nobreza aparecem os Nun’Álvares, condestável e mordomo-mor, Álvaro Pereira, Marechal da Hoste, Gil Vasques da Cunha, alferes mor, João Fernandes Pacheco, guarda-mor, Rui Mendes de Vasconcelos, meirinho mor, Afonso Furtado, capitão do mar. Além destes após a Península Ibérica reconquistar seu poder junto aos árabes ter-se-á os Melos transformados em marqueses.
Provinha dos Jerônimo Moniz Barreto, casado com Mécia Lobo de Mendonça, filha Mécia Lobo e de Francisco Bicudo, espingardeiro de Tomé de Sousa. Nesta linhagem temos Duarte Moniz Barreto, alcaide-mor na Bahia, casado com Helena de Mello, filha de Antonio de Oliveira Carvalhal, primeiro alcaide-mor de Vila Velha, Espírito Santo, em 1549, e como mãe Luiza de Mello e Vasconcellos.
Os Acciaioli, que no Brasil passou a Accioli ou Accioly, eram oriundos da cidade italiana de Brescia, forjadores e comerciantes do aço bergamasco. Há de se dizer que Zenobio Acciaioli(falecido em 1598) fora casado com Maria de Vasconcellos, tri neta de João Gonsalves Zarco[10], que descobriu a Ilha da Madeira.
Aqui cabe uma referência a ancestralidade de Salvador Gonsalves Zarco[11]:
Em 1492, o português Salvador Gonsalves Zarco, sobre o nome de Cristóbal Colón, primo e cunhado de D. João II de Portugal, foi de acordo com este, mas por conta dos Reis Católicos, em busca das Índias do Ocidente. ...
“Com as árvores de costado de nobreza de Portugal, editado em Nápoles, de autoria do prior Dom Tivisco de Nasao Zarco y Colona. Preste atenção à ligação dos dois apelidos, - Zarco e Colona. ...O livro impresso em Lisboa e não em Nápoles, deve ter saído à luz, aí por 1692, isto é, MDCXCII....Não é possível acompanhar o autor da revelação através de todas as suas pesquisas e conclusões. Mas o fato é que a leitura do frontispício, anagramas perfeito do texto hebraico primitivo, dá isto:
Salvador Gonsalves Zarco pelo prior D. Tivisco de Nasao Zarco y Colona- em Nápoles - por Novelo de Bonis- MDCXCII. Este ímpio, tendo sido colocado em Governador na ilha de Chios, maltratou e defraudou o seu Príncipe; e saiu vestido como jornaleiro do arrabalde e fingindo-se mudo; e correu mundo, mas, envergonhado e arrependido, emendou-se e voltou para o seu país natal, e tomou o nome de Cristóbal Colón.
Salvador Gonsalves Zarco ou Cristóbal Colón participou da tradução em português do Livro de Marco Polo e colaborou no Esmeraldo de Situ Orbis de Duarte Pacheco Pereira.
Quem era esse misterioso Colombo ou Zarco, “o maior dos navegadores portugueses de todos os tempos, último rebento de Henrique?” Era nada mais, nada menos do que um infante bastardo de Portugal, da ínclita geração de Aviz. ...
Quem era esse misterioso Colombo ou Zarco, “o maior dos navegadores portugueses de todos os tempos, último rebento de Henrique?” Era nada mais, nada menos do que um infante bastardo de Portugal, da ínclita geração de Aviz. ...
Cristóbal Colón- Salvador Gonsalves Zarco- era fruto de amores clandestinos, ardentes e sinceros do infante D. Fernando, filho de D. João I, com uma das netas de João Gonsalves Zarco-“ou de seu irmão, fidalgo cavaleiro da casa do infante D. Henrique, o qual desde muito seguia a carreira marítima, exercendo o comando das caravelas que guardavam a Costa do Algarves. Colón-Salvador nasceu em Gênova, para onde fora mandada sua mãe, em 1456....
Só muito mais tarde conseguiu (d. Fernando) esquecer seu primeiro amor e, então, casou-se com sua prima, a infanta D. Beatriz, filha do infante D.João. Largamente proveu sempre à criação e educação de seu filho natural Salvador Gonsalves Zarco “a quem foi ministrada uma instrução verdadeiramente principesca”. ...
D. Fernando faleceu em 1470. Cessou a remessa de fundos para o filho distante. O tecelão de Gênova recambiou o rapaz para a Ilha da Madeira.
Os Zarco parece estar presente na história da América, de Colombo e com a Ilha da Madeira, onde aparece João Gonsalves Zarco. (ou Gonçalves, também grafado com ç)
Os Drummond possui um curioso trajeto dinástico oriundo de família húngara dos Árpád, descedência direta de Átila. Mais provável uma proximidade com os celtas escoceses, onde o nome gaélico druim refere-se as “costas” surgindo druyman como alguém de “montes ondulados ou altas”. Os primeiros a usar o nome através de uma heráldica foram os Mauritz. Remontando um clã longo chegamos a sir John Drummond que lutou na França em 1418, com Joana d’Arc contra os ingleses e por fim passou a Espanha e depois para Portugal sendo sesmeiro na Ilha da Madeira entre 1460 a 1470. Disto surgiu nova estrutura resultando no Rio de Janeiro através dos Fonseca Drummond, Mendonça Drummond, entre eles uma linhagem entre Menezes e Vasconcelos, estes de origem basca, vascones, como eram conhecidos pelos romanos, formada de conde e marqueses de Castelo Melhor, e Pimentel.
Os Zarco parece estar presente na história da América, de Colombo e com a Ilha da Madeira, onde aparece João Gonsalves Zarco. (ou Gonçalves, também grafado com ç)
Os Drummond possui um curioso trajeto dinástico oriundo de família húngara dos Árpád, descedência direta de Átila. Mais provável uma proximidade com os celtas escoceses, onde o nome gaélico druim refere-se as “costas” surgindo druyman como alguém de “montes ondulados ou altas”. Os primeiros a usar o nome através de uma heráldica foram os Mauritz. Remontando um clã longo chegamos a sir John Drummond que lutou na França em 1418, com Joana d’Arc contra os ingleses e por fim passou a Espanha e depois para Portugal sendo sesmeiro na Ilha da Madeira entre 1460 a 1470. Disto surgiu nova estrutura resultando no Rio de Janeiro através dos Fonseca Drummond, Mendonça Drummond, entre eles uma linhagem entre Menezes e Vasconcelos, estes de origem basca, vascones, como eram conhecidos pelos romanos, formada de conde e marqueses de Castelo Melhor, e Pimentel.
Há referências em Portugal através de Lorenzo D’Ória em fins do século 15, filho de Pietro D’Ória e de Brígida Spinola, tendo um irmão Lazzaro Volpe D’Ória. No Brasil temos referencia a Carlo D’Oria, casado com Lucrezia Affaitati, filha do banqueiro de Milão, radicado em Portugal Gianfranco Affaitati, cujos netos Giraldes, foram donatários da capitania de Ilhéus no século 16.
Andrea D’Oria, de Genova (1466-1560) foi aclamado “Patrice liberator” um condottiero Virtual Senhor em 1528 que controlava uma milícia, sobre a qual possuia comando ilimitado, e estabelecia contratos com qualquer Estado do que era o retalho das repúblicas italianas, interessado em seus serviços. Deste modo serviu a Francisco I da França, na batalha de Pavia e depois apoiou Carlos V, Regente de Espanha, inimigo de Francisco I, seu antigo aliado em guerra entre ambos. Depois de serem expulsos de Milão, Parma e Piacenza os franceses foram derrotados em Bicocca, em 27 de Abril de 1522, e mantiveram-se unicamente na cidadela de Milão. Em Maio tiveram de evacuar Genova, a sua principal base naval.
Aleramo D’Ória, ou também aceita a referência da grafia Doria, banqueiro genovês, teve de D. João III a disposição de 80 mil reis de juros perpétuos sobre a alfândega de Lisboa. Está dito que Aleramo Doria, genovês, financiou a câmbio a exploração das Índias e da África incluindo o Brasil.
Na Ilha da Madeira em1480, aparece Lodisio D’Oria, possuidor de engenho de açúcar, e que pode estar ligado ao financiamento da esquadra de Colombo em 1492 com o montante de 500 mil maravedis. No Brasil aparecem referências de Giacomo Doria, ou Jacome Doruje, em São Vicente já em 1540, São Paulo, podendo ter sido incorporado à armada de Estácio de Sá deslocando-se para o Rio De Janeiro, em 1565, e Clemência Doria que chegou com Duarte da Costa, em 1553, na Bahia, casando com Sebastião Ferreira, procurador da Câmara que naufragou junto a dom Pero Fernandes Sardinha, vindo a senhora Clemência, esposa de Sebastião, realizado novas núpcias com Fernão Vaz da Costa, em 1561, havendo ele exercido a função de contador geral pela Coroa portuguesa.
Os Dorias da região do nordeste parecem provenientes dos Belchior da Fonseca que origina os da família Fonseca Dórias. Outros são destacados por parte dos Vaz da Costa e Clemência Doria, senhores de engenho em Itaparica, destacando-se Antonio de Sá Doria, onde o irmão Francisco Vaz da Costa adquiriu a Ilha Dos Frades, em Salvador, em 1643, devotando a Capela a Nossa Senhora de Loreto. Dos Doria parece vir parte da varonia dos Rabelos, dos Vaz da Costa, da Bahia, senhores do engenho Barbado, em São Sebastião de Passé, no século 18, região anteriormente ocupada pela tribo Aruaque dos Passes, na Bahia.
Cristóvão da Costa Doria foi batizado na Sé de Salvador em 17 de julho de 1560, e era o segundo filho de Clemenza Doria e de Fernão Vaz da Costa. Casou-se com Maria de Meneses, filha de Jerônimo Moniz Barreto de Meneses e de sua primeira mulher, Mécia Lobo de Mendonça. Aparece Outro Cristovão, mas com sobrenome Doria que seria natural de Faro, do Algarves e participou das incursões de Fernão de Loronha, ou Noronha, quando das explorações do pau Brasil pela costa brasileira.
Uma serie de Costas há na genealogia portuguesa, fazendo parte de armeiros de Portugal, que sem dúvida prestaram serviços a coroa. Com destaque no Brasil cita-se Fernão, ou Fernam Vaz da Costa, irmão de Maria da Costa, casada com Tomé de Sousa, Governador do Brasil de 1549 a 1553, sendo integrado como comandante de uma das naus da frota que fazia parte da esquadra de seu cunhado. Desposou em 1557 Clemenza D’Oria, de origem genovesa, aportuguesada para Clemência, filha de Aleramo D’Oria, banqueiro genovês a serviço de D. João III, e neta de Francesco D’Oria e de Gironima Centurione, originando os Costa Dória, os Vaz da Costa e os Sá Dória. Era primo de Duarte da Costa, segundo governador do Brasil.
Andrea D’Oria, de Genova (1466-1560) foi aclamado “Patrice liberator” um condottiero Virtual Senhor em 1528 que controlava uma milícia, sobre a qual possuia comando ilimitado, e estabelecia contratos com qualquer Estado do que era o retalho das repúblicas italianas, interessado em seus serviços. Deste modo serviu a Francisco I da França, na batalha de Pavia e depois apoiou Carlos V, Regente de Espanha, inimigo de Francisco I, seu antigo aliado em guerra entre ambos. Depois de serem expulsos de Milão, Parma e Piacenza os franceses foram derrotados em Bicocca, em 27 de Abril de 1522, e mantiveram-se unicamente na cidadela de Milão. Em Maio tiveram de evacuar Genova, a sua principal base naval.
Aleramo D’Ória, ou também aceita a referência da grafia Doria, banqueiro genovês, teve de D. João III a disposição de 80 mil reis de juros perpétuos sobre a alfândega de Lisboa. Está dito que Aleramo Doria, genovês, financiou a câmbio a exploração das Índias e da África incluindo o Brasil.
Na Ilha da Madeira em1480, aparece Lodisio D’Oria, possuidor de engenho de açúcar, e que pode estar ligado ao financiamento da esquadra de Colombo em 1492 com o montante de 500 mil maravedis. No Brasil aparecem referências de Giacomo Doria, ou Jacome Doruje, em São Vicente já em 1540, São Paulo, podendo ter sido incorporado à armada de Estácio de Sá deslocando-se para o Rio De Janeiro, em 1565, e Clemência Doria que chegou com Duarte da Costa, em 1553, na Bahia, casando com Sebastião Ferreira, procurador da Câmara que naufragou junto a dom Pero Fernandes Sardinha, vindo a senhora Clemência, esposa de Sebastião, realizado novas núpcias com Fernão Vaz da Costa, em 1561, havendo ele exercido a função de contador geral pela Coroa portuguesa.
Os Dorias da região do nordeste parecem provenientes dos Belchior da Fonseca que origina os da família Fonseca Dórias. Outros são destacados por parte dos Vaz da Costa e Clemência Doria, senhores de engenho em Itaparica, destacando-se Antonio de Sá Doria, onde o irmão Francisco Vaz da Costa adquiriu a Ilha Dos Frades, em Salvador, em 1643, devotando a Capela a Nossa Senhora de Loreto. Dos Doria parece vir parte da varonia dos Rabelos, dos Vaz da Costa, da Bahia, senhores do engenho Barbado, em São Sebastião de Passé, no século 18, região anteriormente ocupada pela tribo Aruaque dos Passes, na Bahia.
Cristóvão da Costa Doria foi batizado na Sé de Salvador em 17 de julho de 1560, e era o segundo filho de Clemenza Doria e de Fernão Vaz da Costa. Casou-se com Maria de Meneses, filha de Jerônimo Moniz Barreto de Meneses e de sua primeira mulher, Mécia Lobo de Mendonça. Aparece Outro Cristovão, mas com sobrenome Doria que seria natural de Faro, do Algarves e participou das incursões de Fernão de Loronha, ou Noronha, quando das explorações do pau Brasil pela costa brasileira.
Uma serie de Costas há na genealogia portuguesa, fazendo parte de armeiros de Portugal, que sem dúvida prestaram serviços a coroa. Com destaque no Brasil cita-se Fernão, ou Fernam Vaz da Costa, irmão de Maria da Costa, casada com Tomé de Sousa, Governador do Brasil de 1549 a 1553, sendo integrado como comandante de uma das naus da frota que fazia parte da esquadra de seu cunhado. Desposou em 1557 Clemenza D’Oria, de origem genovesa, aportuguesada para Clemência, filha de Aleramo D’Oria, banqueiro genovês a serviço de D. João III, e neta de Francesco D’Oria e de Gironima Centurione, originando os Costa Dória, os Vaz da Costa e os Sá Dória. Era primo de Duarte da Costa, segundo governador do Brasil.
Martim Afonso de Sousa foi o quinto com o nome iniciado por Chichorro, filho de Mourana Gil, de origem árabe, filha de castelões de Faro. Foi Senhor do Prado e serviu a Casa de Bragança como seu alcaide mor, nomeado em 28 de setembro de 1532 como comandante que veio ao Brasil em reconhecimento interessado na Foz do Rio da Prata, de onde saia as riquezas de Espanha. Casou-se com Ana Pimentel, dama da rainha dona Catarina e filha de Arias Maldonado e Joana Pimentel, tornando-se donatário da capitania de São Vicente. Seu irmão, Pero Lopes de Sousa, fora casado com Isabel de Gamboa, filha de Tomé Lopes de Andrade, feitor do rei dom João III em Flandres, Países Baixos, com dona Mécia de Gambos. Também havia recebido mercês com a capitania em de Santana possuía 40 léguas. Começava, a grosso modo, na divisa litorânea dos atuais Estados de São Paulo e Paraná estendido até Laguna em Santa Catarina. A Capitania Santo Amaro [12] também lhe pertencia e ia da foz do rio Juqueriquerê, em Caraguatatuba até Bertioga, de norte a sul da costa paulista, mas sem recursos naturais de importância e sem ligações com o Planalto, não se desenvolvia. As únicas ações visando a ocupar o território são a construção dos Fortes de São João e São Filipe, destinados a proteção do Porto de Santos, uma beneficiadora de óleo de baleia no extremo norte da ilha, na desembocadura do canal de Bertioga.
Pero Lopes de Sousa era também proprietário de outra capitania, a de Itamaracá que iam desde a foz do rio Santa Cruz, atualmente o Rio Igarassu, em Pernambuco, até próximo ao Rio Paraíba que se chamava São Domingos. A administração da capitania coube a Francisco Braga, que rivalizava com Duarte Coelho e levou a capitania à falência. Em seu lugar, João Gonçalves desenvolveu engenhos e fundou a Vila Conceição.
Assim entre feitorias, sesmarias e capitanias o Brasil foi sendo retalhado e entregue àqueles que de algum modo fazia prestação de serviços a coroa portuguesa, esta mesmo nem ao certo sabia o quanto existia de posses a serem desmembradas.
Pero Lopes de Sousa era também proprietário de outra capitania, a de Itamaracá que iam desde a foz do rio Santa Cruz, atualmente o Rio Igarassu, em Pernambuco, até próximo ao Rio Paraíba que se chamava São Domingos. A administração da capitania coube a Francisco Braga, que rivalizava com Duarte Coelho e levou a capitania à falência. Em seu lugar, João Gonçalves desenvolveu engenhos e fundou a Vila Conceição.
Assim entre feitorias, sesmarias e capitanias o Brasil foi sendo retalhado e entregue àqueles que de algum modo fazia prestação de serviços a coroa portuguesa, esta mesmo nem ao certo sabia o quanto existia de posses a serem desmembradas.
Segue as Capitanias Hereditárias e seus respectivos donatários: São Vicente (Martim Afonso de Sousa), Santana, Santo Amaro e Itamaracá (Pêro Lopes de Sousa); Paraíba do Sul (Pêro Gois da Silveira), Espírito Santo (Vasco Fernandes Coutinho), Porto Seguro (Pêro de Campos Tourinho), Ilhéus (Jorge Figueiredo Correia), Bahia (Francisco Pereira Coutinho). Pernambuco (Duarte Coelho), Ceará (António Cardoso de Barros), Baía da Traição até o Amazonas (João de Barros, Aires da,Cunha e Fernando Álvares de Andrade).
O sistema das Capitanias Hereditárias deixou marcas profundas na divisão de terra do Brasil onde a distribuição gerou os latifúndios da atualidade com grandes proprietários que possuem propriedades rurais imensas[13].
Desenhado por Luiz Teixeira, em 1574. Hoje na Biblioteca da Ajuda, em Portugal. Note o erro proposital, para Oeste, da linha de Tordesilhas.
Atos de posse eram lavrados pelo escrivão de alguma comarca com presença representativa da igreja como ato de verdade e fé de posse. Vemos então documento abaixo lavrado aos Bueno do Prado, tendo como matriarca Leonor Bueno da Silva, nascida em Minas Gerais, talvez ainda terras paulistas no final do século XVII. Casou-se com o Capitão-Mor Domingos Rodrigues do Prado com quem teve como filho o governador-comandante Bartolomeu Bueno do Prado, Capitão-Mor Ajudante das Minas do Jacuí, o primeiro a receber o sobrenome Bueno do Prado. Como havia combatido vários quilombos ganhou como prêmio o sertão do Campo Grande, conforme o termo de posse descrito a seguir:
"Ano do Nascimento de Nosso Senhor Jesus Cristo de mil setecentos e cinquenta e nove anos, em primeiro de novembro do dito ano, no Quilombo do Careca, aonde eu Escrivão adiante nomeado vim com o Reverendo Padre João Corrêa de Melo, Capelão da Expedição dos Quilombos e Vigário da vara das conquistas e sertão do Campo Grande, e Rio Grande abaixo, e desde o de Aguapé até a Barra do Sapucaí, e sendo aí diante das testemunhas adiante assinadas, tomou o Reverendo Vigário da vara posse judicial e atual por comissão e ordem do Exmo. e Revdo. Sr. Bispo de Mariana de todas aquelas conquistas e terras vertentes a elas; e suas adjacentes por pertencerem ao mesmo Bispado, e logo nos mais dias fez o dito Reverendo Vigário atos paroquiais em virtude das ordens do dito Senhor Bispo, que para tudo trazia, dizendo missas e administrando os sacramentos da Igreja, cuja posse tomou o Reverendo Vigário da vara, mansa e pacificamente, sem contradição de pessoa alguma; e para tudo constar, mandou fazer este auto de posse, em que assinou, sendo a tudo presentes o Comandante da dita Expedição Bartolomeu Bueno do Prado, e o Capitão Francisco Luís de Oliveira, Marçal Lemos de Oliveira, que todos assinaram com o dito Reverendo Vigário da vara, e eu Manuel Carneiro basto que o escrevi e assinei. (aa) Manuel Carneiro Basto, o Padre João Corrêa de Mello, o Comandante Bartolomeu Bueno do Prado, Marçal Lemos de Oliveira."
Há de se ater em poucos casais dos primórdios de constituição de uma originalidade que se aproximou muitas vezes do mito de tão pouco quanto se sabe desta raiz familiar no Brasil, mesmo que advenha de certa forma de raízes de Portugal, não se sabe bem ao certo a constituição das mesmas. São Paulo se apega sobremaneira na sua formação de constituição em alguns personagens que se tornaram relevantes em sua história, a saber:
João Ramalho deve ter chegado ao Brasil em 1508 ou 1509, tem-se pouca documentação contemporânea sobre este homem que tem sua importância no reconhecimento das terras paulistas. A fonte documental mais importante é o testamento de Ramalho, que só conhecemos em cópia posterior ao século XVIII. João Ramalho, e sua descendência Bartira, filha do cacique Tibiriçá, que acolheu os primeiros que investiram do litoral para o interior do Brasil. talvez índia batizada recebendo o nome cristão de Isabel é assim significativa responsável pela formação da população do centro e do sul do país.
Diogo Álvares Caramuru e Catarina do Brasil. Ele chegou ao Brasil entre 1509 e 1511, proveniente de Caramulo; serra existente ao norte de Portugal de onde surgiu o termo de Caramuru ou Caramulo referência ao local de sua proveniência. Casou-se com uma índia da região do Recôncavo, Catarina, nome cristão, sendo batizada na França, para onde havia sido levada. A descendência de ambos não seja tão vasta quanto a de João Ramalho e Bartira, mas vai do nordeste ao Rio Grande do Sul.
Jerônimo de Albuquerque e Maria do Arcoverde é o casal melhor documentado e deram descendência a um grupo grande de pessoas no nordeste, e inclusive a família virou quase sinônimo de oligarquia em Pernambuco, os Cavalcanti de Albuquerque.
Podemos ainda citar diversos casais fundadores, com descendência mais restrita, mas menos ampla como os descendentes de Braz Teves e Leonor Leme, que viveram em fins do século XVI, e responsável pelos Lemes brasileiros, fração significativa da população do centro sul do Brasil. Outro casal, Gaspar de Barros de Magalhães e Catarina de Almeida chegaram ao Brasil em começos de 1555 a pequena nobreza, ligada diretamente à corte de Aviz, representada por fidalguia de nobreza modesta. Sua descendência expande-se pela Bahia e o centro sul brasileiro.
MAPA 1709Há de se ater em poucos casais dos primórdios de constituição de uma originalidade que se aproximou muitas vezes do mito de tão pouco quanto se sabe desta raiz familiar no Brasil, mesmo que advenha de certa forma de raízes de Portugal, não se sabe bem ao certo a constituição das mesmas. São Paulo se apega sobremaneira na sua formação de constituição em alguns personagens que se tornaram relevantes em sua história, a saber:
João Ramalho deve ter chegado ao Brasil em 1508 ou 1509, tem-se pouca documentação contemporânea sobre este homem que tem sua importância no reconhecimento das terras paulistas. A fonte documental mais importante é o testamento de Ramalho, que só conhecemos em cópia posterior ao século XVIII. João Ramalho, e sua descendência Bartira, filha do cacique Tibiriçá, que acolheu os primeiros que investiram do litoral para o interior do Brasil. talvez índia batizada recebendo o nome cristão de Isabel é assim significativa responsável pela formação da população do centro e do sul do país.
Diogo Álvares Caramuru e Catarina do Brasil. Ele chegou ao Brasil entre 1509 e 1511, proveniente de Caramulo; serra existente ao norte de Portugal de onde surgiu o termo de Caramuru ou Caramulo referência ao local de sua proveniência. Casou-se com uma índia da região do Recôncavo, Catarina, nome cristão, sendo batizada na França, para onde havia sido levada. A descendência de ambos não seja tão vasta quanto a de João Ramalho e Bartira, mas vai do nordeste ao Rio Grande do Sul.
Jerônimo de Albuquerque e Maria do Arcoverde é o casal melhor documentado e deram descendência a um grupo grande de pessoas no nordeste, e inclusive a família virou quase sinônimo de oligarquia em Pernambuco, os Cavalcanti de Albuquerque.
Podemos ainda citar diversos casais fundadores, com descendência mais restrita, mas menos ampla como os descendentes de Braz Teves e Leonor Leme, que viveram em fins do século XVI, e responsável pelos Lemes brasileiros, fração significativa da população do centro sul do Brasil. Outro casal, Gaspar de Barros de Magalhães e Catarina de Almeida chegaram ao Brasil em começos de 1555 a pequena nobreza, ligada diretamente à corte de Aviz, representada por fidalguia de nobreza modesta. Sua descendência expande-se pela Bahia e o centro sul brasileiro.
A análise da distribuição das terras em unidades de interesses produtivos, primordial condição que não se expandiu significativamente como esperavam os do Reino, possibilitou. Assim mesmo, o controle da concentração do poder sobre a região onde havia o mando da terra, mesmo quando a atividade econômica falhou por algum motivo, manteve-se a hierarquização econômica e social vigente na região da implantação da sesmaria. Houve a concessão de terras para determinados senhores de engenho e grandes lavradores de açúcar que diversificaram a atividade com a introdução da pecuária, e que se serviram de alguma maneira da aproximação como a coroa portuguesa, detentora de todos os bens que lhe cabiam como posse podendo regalar ao seu bel prazer, pelos súditos mais próximos em serviços prestados ao Reino. Atribuindo essa relação de aproximação com a nobreza as terras agraciadas em sesmaria deixavam ainda as estreitas relações com o soberano e tanto quanto possível poderia recorrer a qualquer momento aos terratenentes, que pela quantidade apreciável de terras estavam ligados em importâncias de constituir uma importante e imperativa elite que parece exigir também origem de nobreza de direitos a título nobiliárquico e a brandir seu brasão de armas. Constitui deste modo, significativa representação local da coroa portuguesa e pode dispor os ditames da governança. A elite terratenente, tinha por obrigação arregimentar súditos à captados entre um grupo que deve dar sustentação a maquina administrativa, obedecendo alguns encargos, demonstrando sua função para que foi instituída, ou seja, especificamente de efeito de colonização e valorização da terra. Os rendimentos desta estrutura serão num futuro aproveitado por um sistema mercantil já em andamento, e testado anteriormente na Ilha da Madeira, de onde advieram os conceitos básicos dos testes agrícolas com a cana de açúcar e o gado, bastava adaptar uma nobreza de segunda linhagem de uma nobiliárquica de beneficiários das concessões de terras, onde o aporte de homens e gastos deveriam correr a custeio do proprietário, elementos de determinada hierarquia que velava pelos interesses como donatários e reportando-se diretamente à Coroa e a construção, a baixo custo do império português do Atlântico.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
DORIA, Fernando González. Diccionario Heráldico y Nobiliario de Los Reinos de España. Editorial Bitacora, 1994.
DÓRIA, Francisco Antônio e outros. Os herdeiros do poder. Editora Revan Ltda. Rio de Janeiro, 1994.
BARATA, Carlos E.A. e BUENO, António H.Cunha.Dicionário das Famílias Brasileiras, 1ª Edição. Rio de Janeiro, 1999
Dé CARLI, Gileno. O Processo Histórico da Usina em Pernambuco. Rio de Janeiro: Pongetti, 1942. (E História de uma Fotografia, Recife: Cia. Editora de Pernambuco, 1985.)
CÂMARA, Luis Antonio. Concentração da Propriedade Agrária no Brasil. Boletim Geográfico, Rio de Janeiro, v. 7, n. 77, 1949.
VARNHAGEN, Francisco Adolfo de. História geral do Brasil. 10ª ed. Belo Horizonte/São Paulo, Itatiaia/Editora da Universidade de São Paulo, 1981.
CASTRO, P. R. de. Barões e Bóias-Frias: Repensando a Questão Agrária no Brasil. Rio de janeiro: APEC/Câmara de Estudos e Debates Econômicos e Sociais, 1982.
COSTA, R. A. Algumas Medidas de Concentração e Desigualdade e suas Aplicações. Estudos Econômicos, São Paulo, v. 9, n. 1, p. 49-77, jan./abril 1979.
ANDRADE, Manuel Correia de. História das Usinas de Açúcar de Pernambuco. Recife: Ed. Massangana, 1989. (República, v.1)
GONÇALVES & SILVA. O Assucar e o Algodão em Pernambuco. Recife: [s.n.], 1929.
MOURA, Severino. Senhores de Engenho e Usineiros, A Nobreza de Pernambuco. Recife: Fiam, CEHM, Sindaçúcar, 1998.
FACÓ, Rui. Cangaceiros E Fanáticos: Gênese e Lutas. Rio de Janeiro: Editora UFRJ, 2009.
ZUQUETE, Afonso Eduardo Martins (Direção). Nobreza de Portugal e do Brasil - 3 vols, Editorial Enciclopédia, 2ª Edição, Lisboa, 1989.
ZUQUETE, Afonso Eduardo Martins. Armorial Lusitano: Genealogia e Heráldica, Ed. Enciclopédia, 1961.
ANDRADE, Manuel Correia de. Modernização e Pobreza. A Expansão da Agroindústria Canavieira e o Seu Impacto Ecológico e Social. São Paulo: UNESP, 1994.
ANDRADE, Manuel Correia de. A Cana de Açúcar e a Mesorregião da Mata Pernambucana. Recife: Ed. Universitária, UFPE, 2001.
ANDRADE, Manuel Correia de. História das Usinas de Açúcar de Pernambuco. Recife: Ed. Massangana, 1989.
ANDRADE, Manuel Correia de. Modernização e Pobreza. A Expansão da Agroindústria Canavieira e o Seu Impacto Ecológico e Social. São Paulo: UNESP, 1994.
AZEVEDO, João Lúcio. Épocas de Portugal Econômico. Lisboa: Livraria Clássica Editora, 1947.
FREYRE, Gilberto. Nordeste: Aspectos da Influência da Cana de Açúcar na Vida e na Paisagem do Nordeste. Rio de Janeiro, José Olympio, 1937.
FURTADO, Celso. Formação Econômica do Brasil. Rio de Janeiro, Fundo de Cultura, 1959.
PRADO JÚNIOR, Caio. Formação do Brasil Contemporâneo. São Paulo, Martins,1942.
A Herança Genética de D. Afonso Henriques. Luiz de Mello Vaz de São Payo. Universidade Moderna, 1ª Edição. Porto, 2002
ABREU, João Capristano de: O Descobrimento do Brasil. Sociedade C. de Abreu, Rio de Janeiro, 1929.
GUEDES, Max Justo: O Descobrimento do Brasil. Coleção: Documenta Histórica, Lisboa, 1997.
TORGAL, Luís Reis. História e Ideologia. Coimbra: Livraria Minerva, 1989.
CARVALHO, Sérgio Luís de: Iniciação à Heráldica Portuguesa. Grupo de Trabalho do Ministério da Educação para as Comemorações dos Descobrimentos Portugueses, 1996.
CASTELLO BRANCO, Carlos Heitor: Gloriosa e Trágica Viagem de Cabral ao Brasil e à Índia. Editora do Escritor, São Paulo, 1974.
DIAS, Carlos Malheiro e outros: História da Colonização Portuguesa no Brasil - Edição Monumental Comemorativa do Primeiro Centenário da Independência do Brasil. Litografia Nacional, Porto, 1923.
MAGALHÃES, Romero Joaquim e MIRANDA, Susana Munchen. Os Primeiros 14 Documentos Relativos à Armada de Pedro Álvares Cabral, CNCDP, Instituto dos Arquivos Nacionais, Torre do Tombo, Lisboa, 1999.
TOSTES, Vera Lúcia Bottrel. Títulos e Brasões - Sinais da Nobreza. JC Editora: Rio de Janeiro, 1996.
LAMBERT, Jacques. Os Dois Brasis. Companhia Editora Nacional: São Paulo, 1973.
PRADO, J.F. de Almeida. A Conquista da Paraíba. Companhia Editora Nacional: São Paulo, 1964.
NOTAS:
[1] Rico derivaria da palavra germânica reik, que significava poder, à qual se haveria juntado o vocábulo homem: homem poderoso.
[2] A posse de domínios que integrariam os condados de Portucale e Coimbra surgiram em 950 sobre os domínios divididos pelos filhos de Mumadona Dias, condessa de Portugal no século X, ficando o condado Portucalense para Gonçalo Mendes. Era filha de Diogo Fernandes e da condessa Onega Lucides, tia do rei Ramiro II de Leão e neta de Vímara Peres. Famosa, rica e uma das mulheres mais poderosas no Noroeste da Península Ibérica. Foi casada com o conde Hermenegildo Gonçalves e governou o condado após a morte do esposo em 928, e determina a construção do Castelo de Guimarães para a sua proteção.
[3] A cana-de-açúcar chegou às Alagoas entre os anos de 1575 e 1585, na bagagem de uma expedição que recebeu o crédito de científica, mas teve um objetivo não tão nobre. Cristovão Lins. Nascido Liszt, alemão que trabalhava para a coroa portuguesa. Desceu ao sul da então capitania de Pernambuco com uma missão: limpar o terreno da presença dos agressivos índios potiguares e iniciar a colonização portuguesa.
[4] A plantation, iniciada em Pernambuco e na Bahia na primeira metade do século XVI, foi implantada para a produção da cana-de-açúcar, incentivando o desmatamento e A implantação os engenhos denominados bangüês que fabricavam o açúcar bruto, rapadura e aguardente.
[5]Os solos nas encostas são em geral lateríticos, chamados de "barro vermelho"; nos tabuleiros são silicosos; nas várzeas, aluviais, altamente argilosos, denominados localmente de "massapé", tipo de solo muito enaltecido por Gilberto Freyre (1937) como típico da região.
[6] Tipos de engenhos banguês: Engenho Real- movido por uma roda d'água, era o maior. Engenho Trapiche ou Almanjarras , movidas pela força de animais (bois, mulas ou cavalos). Engenho Central - fábrica de açúcar, utilizando maquinário moderno, movido a vapor, instalou-se a partir de 1870. Usava mão de obra livre.
[7] No início do século XIX, a cana crioula foi substituída pela cana caiana, quando os portugueses trouxeram essa variedade da Guiana Francesa e a introduziram no Brasil, e além destas há a javanesa, indiana, mestiças, bourbon, roxa, mole e rajada.
[8] Uma trova se tornou popular em Pernambuco: Quem nasceu em Pernambuco/ Conhece bem o ditado:/ Ou se é um Cavalcanti,/Ou se é um cavalgado.
[9] Segundo Oliveira Martins - O Brazil e as Colônias, p. 42 - 700 colonos em Olinda; 50 engenhos de açúcar com 1200 colonos e 5000 negros, produzindo 200 000 arrobas
[10] Os descendentes de João Gonçalves Zarco descobridor da ilha da Madeira, teve concessão nobiliárquica através de D. Afonso V, em1460, ampliando-lhe essa mercê da concessão de usar o sobrenome de Câmara de Lobos, em referência a Zarco e as muitas tocas de lobos que existiam na Ilha.
[11] De “Portugal Semente de Impérios” de Gustavo Barroso, Editora Getulio Costa:, 1943, p. 143-151, extraímos os fragmentos abaixo referindo-se Cristóvão Colombo:
(De acordo com Laurence Hallewell, Gustavo DODT Barroso, fundou em 1929 (Diretor do Museu Histórico Nacional e eleito para a Cadeira Nº 19 da Academia Brasileira de Letras)a Editora Civilização Brasileira com Getúlio Costa e Ribeiro Couto. Em 1932, esta editora foi adquirida por Octalles Marcondes Ferreira, sócio de Monteiro Lobato, e passou a ser a filial da Companhia Editora Nacional no Rio de Janeiro. Getúlio Costa retornaria a atividade editorial sozinho em 1939, com a Editora Getúlio Costa; in Laurence Hallewell. O Livro no Brasil. São Paulo: EDUSP, 2005. p. 355.)
[12] Correu longo processo de herança dos bens terrenos de Pero Lopes de Souza, donatário da Capitania de Santo Amaro, que, em verdade, era um enclave na Capitania de São Vicente, que pertencia a seu irmão Martim Afonso de Souza.
O resultado de muitas confusões, discutidas tanto nos tribunais da Colônia, como nos do Reino, no processo “Vimieiro-Monsanto”, que, ao final, deu ganho de causa aos parentes chegados à poderosa “Casa dos Cascais”.
Foi vencedor do litígio o Conde de Monsanto, então Marquês de Cascais, embora depois de o Rei ter concedido à Viscondessa Dona Mariana de Souza Guerra, mais tarde Condessa, que fora espoliada em seus bens, as cem léguas de terra, que ela solicitara, em contrapartida, e que em 07/02/1624, formaram a Vila de Itanhanhem (Itanhaém), cabeça da Capitania. Convém salientar que oficialmente esta senhora, era descendente em linha direta de Pero Lopes de Souza – Dona Mariana de Souza Guerra – herdeira por ordem de sucessão hereditária da família, que se tornou, em virtude de sua luta pela posse das terras, que por direito lhe pertenciam, uma pessoa importantíssima na seqüência dos fatos e atos, que passaremos a expor, porque relacionados à inteira região do Vale do Paraíba do Sul que temos o maior interesse em destacar. Por todos e tantos males que sofrera agora ela resolveu rapidamente cuidar de seus interesses, de modo mais eficiente. Tal procedimento, pelo menos no que diz respeito ao nosso Médio Vale do Rio Paraíba e só trouxe boas conseqüências. Com a forma geral de seu enorme território, como acima detalhamos, todo ele subordinado administrativamente à Vila de Itanhaém, imediatamente a Condessa Mariana de Souza Guerra mandou assentar os seus marcos de posse, datando a provisão de 20/01/1636, ratificada por outra de 30/06/1639.
[13] ONU pede mais que Bolsa Família contra desigualdade - Relatório admite avanços no Brasil, mas critica sistema tributário e distribuição de terras 'desiguais'-Jamil Chade , 26 de Fevereiro de 2010 O ESTADO DE SAO PAULO: “Outro desafio apontado pelo relatório é a desigualdade de acesso à terra. Para a ONU, o País parece "incapaz de lidar de forma efetiva". Cerca de 2,4 milhões de propriedades ocupam 2,5% do território agrícola nacional. Já 47 mil fazendas ocupam 43%”.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
DORIA, Fernando González. Diccionario Heráldico y Nobiliario de Los Reinos de España. Editorial Bitacora, 1994.
DÓRIA, Francisco Antônio e outros. Os herdeiros do poder. Editora Revan Ltda. Rio de Janeiro, 1994.
BARATA, Carlos E.A. e BUENO, António H.Cunha.Dicionário das Famílias Brasileiras, 1ª Edição. Rio de Janeiro, 1999
Dé CARLI, Gileno. O Processo Histórico da Usina em Pernambuco. Rio de Janeiro: Pongetti, 1942. (E História de uma Fotografia, Recife: Cia. Editora de Pernambuco, 1985.)
CÂMARA, Luis Antonio. Concentração da Propriedade Agrária no Brasil. Boletim Geográfico, Rio de Janeiro, v. 7, n. 77, 1949.
VARNHAGEN, Francisco Adolfo de. História geral do Brasil. 10ª ed. Belo Horizonte/São Paulo, Itatiaia/Editora da Universidade de São Paulo, 1981.
CASTRO, P. R. de. Barões e Bóias-Frias: Repensando a Questão Agrária no Brasil. Rio de janeiro: APEC/Câmara de Estudos e Debates Econômicos e Sociais, 1982.
COSTA, R. A. Algumas Medidas de Concentração e Desigualdade e suas Aplicações. Estudos Econômicos, São Paulo, v. 9, n. 1, p. 49-77, jan./abril 1979.
ANDRADE, Manuel Correia de. História das Usinas de Açúcar de Pernambuco. Recife: Ed. Massangana, 1989. (República, v.1)
GONÇALVES & SILVA. O Assucar e o Algodão em Pernambuco. Recife: [s.n.], 1929.
MOURA, Severino. Senhores de Engenho e Usineiros, A Nobreza de Pernambuco. Recife: Fiam, CEHM, Sindaçúcar, 1998.
FACÓ, Rui. Cangaceiros E Fanáticos: Gênese e Lutas. Rio de Janeiro: Editora UFRJ, 2009.
ZUQUETE, Afonso Eduardo Martins (Direção). Nobreza de Portugal e do Brasil - 3 vols, Editorial Enciclopédia, 2ª Edição, Lisboa, 1989.
ZUQUETE, Afonso Eduardo Martins. Armorial Lusitano: Genealogia e Heráldica, Ed. Enciclopédia, 1961.
ANDRADE, Manuel Correia de. Modernização e Pobreza. A Expansão da Agroindústria Canavieira e o Seu Impacto Ecológico e Social. São Paulo: UNESP, 1994.
ANDRADE, Manuel Correia de. A Cana de Açúcar e a Mesorregião da Mata Pernambucana. Recife: Ed. Universitária, UFPE, 2001.
ANDRADE, Manuel Correia de. História das Usinas de Açúcar de Pernambuco. Recife: Ed. Massangana, 1989.
ANDRADE, Manuel Correia de. Modernização e Pobreza. A Expansão da Agroindústria Canavieira e o Seu Impacto Ecológico e Social. São Paulo: UNESP, 1994.
AZEVEDO, João Lúcio. Épocas de Portugal Econômico. Lisboa: Livraria Clássica Editora, 1947.
FREYRE, Gilberto. Nordeste: Aspectos da Influência da Cana de Açúcar na Vida e na Paisagem do Nordeste. Rio de Janeiro, José Olympio, 1937.
FURTADO, Celso. Formação Econômica do Brasil. Rio de Janeiro, Fundo de Cultura, 1959.
PRADO JÚNIOR, Caio. Formação do Brasil Contemporâneo. São Paulo, Martins,1942.
A Herança Genética de D. Afonso Henriques. Luiz de Mello Vaz de São Payo. Universidade Moderna, 1ª Edição. Porto, 2002
ABREU, João Capristano de: O Descobrimento do Brasil. Sociedade C. de Abreu, Rio de Janeiro, 1929.
GUEDES, Max Justo: O Descobrimento do Brasil. Coleção: Documenta Histórica, Lisboa, 1997.
TORGAL, Luís Reis. História e Ideologia. Coimbra: Livraria Minerva, 1989.
CARVALHO, Sérgio Luís de: Iniciação à Heráldica Portuguesa. Grupo de Trabalho do Ministério da Educação para as Comemorações dos Descobrimentos Portugueses, 1996.
CASTELLO BRANCO, Carlos Heitor: Gloriosa e Trágica Viagem de Cabral ao Brasil e à Índia. Editora do Escritor, São Paulo, 1974.
DIAS, Carlos Malheiro e outros: História da Colonização Portuguesa no Brasil - Edição Monumental Comemorativa do Primeiro Centenário da Independência do Brasil. Litografia Nacional, Porto, 1923.
MAGALHÃES, Romero Joaquim e MIRANDA, Susana Munchen. Os Primeiros 14 Documentos Relativos à Armada de Pedro Álvares Cabral, CNCDP, Instituto dos Arquivos Nacionais, Torre do Tombo, Lisboa, 1999.
TOSTES, Vera Lúcia Bottrel. Títulos e Brasões - Sinais da Nobreza. JC Editora: Rio de Janeiro, 1996.
LAMBERT, Jacques. Os Dois Brasis. Companhia Editora Nacional: São Paulo, 1973.
PRADO, J.F. de Almeida. A Conquista da Paraíba. Companhia Editora Nacional: São Paulo, 1964.
NOTAS:
[1] Rico derivaria da palavra germânica reik, que significava poder, à qual se haveria juntado o vocábulo homem: homem poderoso.
[2] A posse de domínios que integrariam os condados de Portucale e Coimbra surgiram em 950 sobre os domínios divididos pelos filhos de Mumadona Dias, condessa de Portugal no século X, ficando o condado Portucalense para Gonçalo Mendes. Era filha de Diogo Fernandes e da condessa Onega Lucides, tia do rei Ramiro II de Leão e neta de Vímara Peres. Famosa, rica e uma das mulheres mais poderosas no Noroeste da Península Ibérica. Foi casada com o conde Hermenegildo Gonçalves e governou o condado após a morte do esposo em 928, e determina a construção do Castelo de Guimarães para a sua proteção.
[3] A cana-de-açúcar chegou às Alagoas entre os anos de 1575 e 1585, na bagagem de uma expedição que recebeu o crédito de científica, mas teve um objetivo não tão nobre. Cristovão Lins. Nascido Liszt, alemão que trabalhava para a coroa portuguesa. Desceu ao sul da então capitania de Pernambuco com uma missão: limpar o terreno da presença dos agressivos índios potiguares e iniciar a colonização portuguesa.
[4] A plantation, iniciada em Pernambuco e na Bahia na primeira metade do século XVI, foi implantada para a produção da cana-de-açúcar, incentivando o desmatamento e A implantação os engenhos denominados bangüês que fabricavam o açúcar bruto, rapadura e aguardente.
[5]Os solos nas encostas são em geral lateríticos, chamados de "barro vermelho"; nos tabuleiros são silicosos; nas várzeas, aluviais, altamente argilosos, denominados localmente de "massapé", tipo de solo muito enaltecido por Gilberto Freyre (1937) como típico da região.
[6] Tipos de engenhos banguês: Engenho Real- movido por uma roda d'água, era o maior. Engenho Trapiche ou Almanjarras , movidas pela força de animais (bois, mulas ou cavalos). Engenho Central - fábrica de açúcar, utilizando maquinário moderno, movido a vapor, instalou-se a partir de 1870. Usava mão de obra livre.
[7] No início do século XIX, a cana crioula foi substituída pela cana caiana, quando os portugueses trouxeram essa variedade da Guiana Francesa e a introduziram no Brasil, e além destas há a javanesa, indiana, mestiças, bourbon, roxa, mole e rajada.
[8] Uma trova se tornou popular em Pernambuco: Quem nasceu em Pernambuco/ Conhece bem o ditado:/ Ou se é um Cavalcanti,/Ou se é um cavalgado.
[9] Segundo Oliveira Martins - O Brazil e as Colônias, p. 42 - 700 colonos em Olinda; 50 engenhos de açúcar com 1200 colonos e 5000 negros, produzindo 200 000 arrobas
[10] Os descendentes de João Gonçalves Zarco descobridor da ilha da Madeira, teve concessão nobiliárquica através de D. Afonso V, em1460, ampliando-lhe essa mercê da concessão de usar o sobrenome de Câmara de Lobos, em referência a Zarco e as muitas tocas de lobos que existiam na Ilha.
[11] De “Portugal Semente de Impérios” de Gustavo Barroso, Editora Getulio Costa:, 1943, p. 143-151, extraímos os fragmentos abaixo referindo-se Cristóvão Colombo:
(De acordo com Laurence Hallewell, Gustavo DODT Barroso, fundou em 1929 (Diretor do Museu Histórico Nacional e eleito para a Cadeira Nº 19 da Academia Brasileira de Letras)a Editora Civilização Brasileira com Getúlio Costa e Ribeiro Couto. Em 1932, esta editora foi adquirida por Octalles Marcondes Ferreira, sócio de Monteiro Lobato, e passou a ser a filial da Companhia Editora Nacional no Rio de Janeiro. Getúlio Costa retornaria a atividade editorial sozinho em 1939, com a Editora Getúlio Costa; in Laurence Hallewell. O Livro no Brasil. São Paulo: EDUSP, 2005. p. 355.)
[12] Correu longo processo de herança dos bens terrenos de Pero Lopes de Souza, donatário da Capitania de Santo Amaro, que, em verdade, era um enclave na Capitania de São Vicente, que pertencia a seu irmão Martim Afonso de Souza.
O resultado de muitas confusões, discutidas tanto nos tribunais da Colônia, como nos do Reino, no processo “Vimieiro-Monsanto”, que, ao final, deu ganho de causa aos parentes chegados à poderosa “Casa dos Cascais”.
Foi vencedor do litígio o Conde de Monsanto, então Marquês de Cascais, embora depois de o Rei ter concedido à Viscondessa Dona Mariana de Souza Guerra, mais tarde Condessa, que fora espoliada em seus bens, as cem léguas de terra, que ela solicitara, em contrapartida, e que em 07/02/1624, formaram a Vila de Itanhanhem (Itanhaém), cabeça da Capitania. Convém salientar que oficialmente esta senhora, era descendente em linha direta de Pero Lopes de Souza – Dona Mariana de Souza Guerra – herdeira por ordem de sucessão hereditária da família, que se tornou, em virtude de sua luta pela posse das terras, que por direito lhe pertenciam, uma pessoa importantíssima na seqüência dos fatos e atos, que passaremos a expor, porque relacionados à inteira região do Vale do Paraíba do Sul que temos o maior interesse em destacar. Por todos e tantos males que sofrera agora ela resolveu rapidamente cuidar de seus interesses, de modo mais eficiente. Tal procedimento, pelo menos no que diz respeito ao nosso Médio Vale do Rio Paraíba e só trouxe boas conseqüências. Com a forma geral de seu enorme território, como acima detalhamos, todo ele subordinado administrativamente à Vila de Itanhaém, imediatamente a Condessa Mariana de Souza Guerra mandou assentar os seus marcos de posse, datando a provisão de 20/01/1636, ratificada por outra de 30/06/1639.
[13] ONU pede mais que Bolsa Família contra desigualdade - Relatório admite avanços no Brasil, mas critica sistema tributário e distribuição de terras 'desiguais'-Jamil Chade , 26 de Fevereiro de 2010 O ESTADO DE SAO PAULO: “Outro desafio apontado pelo relatório é a desigualdade de acesso à terra. Para a ONU, o País parece "incapaz de lidar de forma efetiva". Cerca de 2,4 milhões de propriedades ocupam 2,5% do território agrícola nacional. Já 47 mil fazendas ocupam 43%”.
Verdadeiramente as Capitanias Hereditarias deixaram marcas profundas até hoje nas terras do Brasil. Os donos das terras e com elas dos mananciais de água são os descentes daqueles "capitães heriditarios de ontem. Excelente e maravilhoso texto. Eu José Luis Caetano Duarte, professor de espanhol e de cultura hispãnica e o meu blog El Mono Verde online estamos sempre atentos às suas postagens.
ResponderEliminarExcelente trabalho.Parabens!
ResponderEliminarGosto muito de Historia e Genealogia.Meu pai,Francisco Salles,foi genealogista.Descendemos da Ilha da Madeira,do Machico.familia Moniz e Meneses.
Felicidades e prospero Ano Novo.
Maria Barros Salles.