MANIPULADORES E MARIONETES
A população possui um papel secundário diante dos governantes, sendo estes, controladores daqueles, que não possuem o papel principal deste teatro, somente aceitam as mazelas.
O povo sempre assumiu a condição de simples marionetes nas mãos dos governantes e suas estruturas manipuladoras. Estes, por sua vez, possuem como regra de conduta, nunca ceder diante de reivindicações populares, mesmo sabendo de sua incompetência em planejar e satisfazer as vontades sociais, e que nunca serão cumpridas, pois são gestores incapazes em cumprir o que é seu dever.
Ceder ao primeiro confronto seria um ato de fraqueza diante de seus pares, companheiros de bancadas ou não, e lideranças, por assumir o que foi prometido no "contrato social" do voto. Este documento, o voto, não lhe é outorgado para usa em benefício próprio, fazendo com que a “classe governante” sutilmente mantenha o cabresto da força de controle, pois faz parte do “show de governar”, aplicar a força em situações de conflito das necessidades.
Os que adoram mandar sabem das limitações do povo que governam, nunca vão falar que o povo esta errado em suas pretensões, e as mesmas são justas, com direitos constituídos, um dever do Estado, mas que infelizmente não há como demandar as necessidades desgovernadas.
Sempre darão razão ao interlocutor, oferecendo o mínimo necessário de subsistência àqueles que de uma maneira pretendem confrontar seus desmandos. Estes assumem a alcunha de “líder da comunidade” e serão de alguma maneira, atraídos pela esfera do poder, assumindo como um satélite alienável, à vontade do governante, defendendo-o sempre. O governante, por sua vez, ofertará um benefício pequeno, para melhor manipulá-lo, em uma associação de interesses. Neste momento o suposto “líder da comunidade”, aceitando o benefício político partidário, estará automaticamente traindo esta comunidade que ele diz representar!
Sempre vão explicar com um "veja bem, a bem da verdade", com se existisse ao “mal da verdade”. Mentir é a arte do poder, e não será necessário ler “O Príncipe” de Maquiavel:
Os olhos refletem a sua mentira, e o governante (O Príncipe) não pode controlar o olhar como se controlam palavras.
Fiquemos certo que, antes de virem a qualquer evento onde possa existir confronto, os governantes já saem com as palavras medidas e programadas de seus gabinetes, podendo-se sentir isto no primeiro momento de seu discurso, pois nunca esboçam reações emocionais quando questionados. Sabem muito bem controlarem as marionetes, inclusive quando oferecem vantagens antes do voto que irá colocá-lo no poder, tendo “cabos eleitorais” para manipular suas intenções, antes de sua vinda a quaisquer eventos, oferecendo bandeirolas para ovacionar calorosamente o governante, que sairá no meio desta multidão de braços levantados por meio de uma gritaria incompreensível de correligionários preparados antes do “show”, sempre numa medida certa, em bem controladas repartições, criando dificuldades para vender facilidades.
Em seu discurso, o governante assume compromissos que não pode cumprir, e gesticula diante da multidão, como um apresentador de programa televisivo:
“Vocês querem moradia? Pois terão moradia!
Vocês querem bolsa disto ou daquilo?
Pois terão sem o mínimo esforço, porque eu os protegerei sempre com meu paternalismo!
A multidão extasiada e cega segue com hilariantes expressões de aplausos, ovacionando o seu protetor, que jamais oferece dignidade humana.
As bandeiras tremulam, “singrando” os ares do teatro, onde os opositores não foram convidados!
Se porventura algum pretendente a cargo político seja vencido nas urnas, o seu oponente, que pertence à mesma classe de manipulação neste modelo de corporação, irá providenciar sempre ao vencido, um cargo de controle de massas.
Neste modelo contemporâneo, sabemos que a política é a arte de enganar sempre em prol de beneficio de uma oligarquia de comando, onde o importante é assumir cargos, mesmo para servirem de ascensão futura, numa intenção em que jamais irá desistir alcançar, e onde fará disso sua profissão: Mentir em detrimento da verdade, silenciando-a!
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