A crucificação era um método de execução dos piores criminosos e o impacto de um condenado crucificado seria comparável a de um enforcado ou alguém condenado em uma cadeira elétrica.
O termo latino “crucifixio” vem da junção de "fixar a uma cruz", do prefixo cruci-, (crux = cruz), e do verbo figere, "fixar ou prender".
A crucificação era usada com mais frequência para punir agitadores políticos ou religiosos, piratas, escravos ou aqueles que não tinham direitos civis. Em 519 a.C, Dario I, rei da Pérsia, crucificou 3.000 oponentes políticos na Babilônia; em 88 a.C. Alexandre Jannaeus, o rei judeu e sumo sacerdote, crucificou 800 oponentes farisaicos.
Sêneca (Lucius Annaeus Seneca; Corduba, 4 a.C. – Roma, 65 d.C) utilizou a frase infelix lignum (madeira infeliz) para a estaca ("patibulum") ou para a cruz toda.
Consta que esse método de castigo e morte chegou ao Mediterrâneo através de Alexandre, O Grande, no século 4 a.C. e que os romanos aprenderam sobre a crucificação com os cartagineses e usaram como uma forma de punição capital por quase mil anos. Aplicavam a pena de crucificação a todos que não tivessem cidadania romana, pois o cidadão de Roma, recebia a pena por decapitação, por ser considerada pelas leis romanas uma morte mais digna. (Paulo, de mãe judia e pai romano foi decapitado!)
O objetivo principal da cruz era causar o máximo de dor possível por um longo período, como exemplo aos contrários a Roma. Assim, as vítimas eram pregadas pelos pulsos e pés, e abandonadas para morrer lentamente, o que podia levar vários dias. Muitos eram abandonados para apodrecer ou ser devorados por animais após a morte, enquanto outros eram enterrados.
A madeira de oliveira era indicada para esse tipo de condenação por ser de crescimento lento e resistente. A oliveira necessita de muito tempo para crescer, mas, no entanto, pode viver muitas centenas de anos, por vezes milhares. (Exemplares de oliveiras mais antigas que se conhecem na Europa e possivelmente no mundo, encontram-se em Portugal com mais de 2 000 anos e julga-se que foram os fenícios que a teriam trazido da Mesopotâmia)
A maior crucificação de que se tem notícia ocorreu em em Roma, em 71 a,C., na revolta de 200 mil escravos sob o comando do gladiador Espártaco, onde as legiões romanas num só dia crucificaram cerca de 6.000 dos revoltosos.
Em 33 da era atual, Jesus de Nazaré foi condenado por crucificação, por Pôncio Pilatos que governava a província da Judeia, unidade administrativa do Império Romano.
O método da crucificação foi aplicado até sua abolição por Constantino, em 337 d.C.
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