Um marco histórico eternizado pelo nome Penhinha
Consta que os paulistanos faziam questão da presença da Senhora da Penha em sua cidade. Remonta a 1814 a primeira ida da imagem a Sé, em festa solene. Devido à tal devoção, a entrada do bairro Jardim São Luiz havia como marco principal uma pequena capela em homenagem à Nossa Senhora da Penha, carinhosamente denominada "Penhinha", que foi erguida em homenagem a santa, por mérito e graça das benesses conseguidas ao longo da trajetória vocacionada na fé.
Já
em tempos passados, os bandeirantes que desbravaram o interior paulista
buscavam a proteção em suas empreitadas, pedindo proteção e recorrendo em
preces à "Nossa Senhora da Penha da cidade de São Paulo". Quando
ocorriam calamidades públicas de epidemias e secas, era evocado seu nome e,
deste modo, a Câmara Municipal outorgou à Capital o título de padroeira da
cidade, assim, tornou-se parte da história de São Paulo.
Consta que os paulistanos faziam questão da presença da Senhora da Penha em sua cidade. Remonta a 1814 a primeira ida da imagem a Sé, em festa solene. Devido à tal devoção, a entrada do bairro Jardim São Luiz havia como marco principal uma pequena capela em homenagem à Nossa Senhora da Penha, carinhosamente denominada "Penhinha", que foi erguida em homenagem a santa, por mérito e graça das benesses conseguidas ao longo da trajetória vocacionada na fé.
Ao
alto, a capela tinha uma escada frontal que dava acesso aos transeuntes e devotos,
que lhe transmitiam o carinho e merecimento, rodeada por altos coqueiros.
Havia, na capela, uma nave com um campanário com sinos em bronze, datados de
1904, apoiada por bases laterais e um eixo central que repicava a anunciar um
feito importante. Ela era branca como a santidade do lugar e transmitia a
segurança necessária ao viajante que pedia saúde e proteção.
Próxima
à atual Avenida João Dias, era o entroncamento da estrada que levava ao
Município de Itapecerica da Serra, por onde passava toda a boiada da fazenda
Santa Gertrudes, (que atualmente será ladeada pelo Rodoanel) em direção ao
famoso frigorífico Eder em Santo Amaro, ao lado na Santa Casa de Misericórdia.
A
capela era parada obrigatória para boiadeiros devotos que, em suas montarias,
atrelavam os animais próximos à Penhinha, onde também existiam armazéns de
gêneros básicos, onde se adquiria arroz, feijão, banha, milho, e que faziam
parte da vida cotidiana dos transeuntes, matutos caipiras interioranos,
felizes, de fala mansa.
As
festas em comemoração à santa faziam-se com participação popular dirigindo-se
em júbilo para homenagear à "Santa Penhinha". A grandeza de toda
comunidade circulante era demonstrada nas bandeirolas e enfeites, colorindo e
embelezando tudo ao redor, cercado por mata fechada. A parada tornou-se também
obrigatória aos alegres "botinas amarelas", romeiros que partiam de
Santo Amaro em direção ao Bom Jesus de Pirapora.
Animais
impecáveis, com arreios reluzentes, atrelados às charretes que conduziam
famílias inteiras que faziam ali a parada, davam ao lugar um estilo interiorano
próprio de Santo Amaro, orgulhoso de ser até um senhor mais velho do que a
grande metrópole e que, até 1935, era município autônomo, antes da intervenção
do Estado.
A
Capelinha abrigava poucas pessoas em seu interior e muitos fatos de relevância
eram desenvolvidos à sua volta como, por exemplo, a missa campal, literalmente
no campo, em devoção a Deus, com interseção dos distintos Santos: a Nossa
Senhora da Penha e o ilustre casamenteiro Santo Antônio, que recebia todo tipo
de pedido de mocinhas à procura de seu príncipe encantado.
O
local abrigou a empresa de terraplenagem ENPAVI, que, se deslocando para outro
local, cedeu o espaço por sua vez, ao sistema poliaquático "The
Waves", um conjunto de piscinas cobertas e que foi desativado.
A
famosa Capelinha de Nossa Senhora da Penha, ou simplesmente Penhinha, foi
demolida em maio de 1973 e hoje pertence ao Grupo francês CASINO (Casino
Guichard Perrachon), detentora do Pão de Açúcar,Extra.
Terraplenagem década de 1970
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