Representações da partilha entre os homens: Origens
TRÍDUO PASCAL
Todo país
agrícola depende das benesses de Deus: a chuva, o sol, os ventos. Por isso a
natureza foi composta de estações as quais davam ao homem condição de preparar
a terra, semear na época de cada variedade e depois aguardar o crescimento para
recolher o fruto de seu trabalho. O homem seguiu algumas regras para manter-se
nas condições ideais de vida. Alguns povos denominam o planeta Terra de mãe que
distribui as graças aos filhos e geram o seu sustento não foi diferente esta
condição para o povo escolhido de Deus, propagadores dos feitos do Criador
Universal. Está assim o povo de Israel ligado a agricultura e pastoreio de
pequenos animais e unindo isto a sua epopeia como nação religiosa sacrificada
pelas potências que a cercavam aludiu certas passagens de seu cativeiro as suas
comemorações do ideal de liberdade.
Em I Reis 17, Elias prediz a
seca e fome e Israel pereceria, pois era baseada na agricultura.
1a Festividade: Dos pães ázimos (Matzá) Pão da aflição ocorre de 15 a 21 de Nisan
(ou Abib – mês de março começo abril): Partida da residência do faraó
(Remessés) denominada pelo povo israelita de “Sucot” (hoje talvez a cidade de
Tell-El-Maskhuta a 25 Km de Ismília, as margens do Canal de Suez) inumerável
multidão (consta-se aproximadamente 600
mil, fora crianças) em marcha além de prisioneiros, outros que em 1225/1215
(reinado do faraó Menefta) buscariam a Terra Prometida numa marcha épica que
duraria 40 anos.
O fermento que leveda a
massa era considerado início de corrupção. Também a pressa era tanta que não
houve tempo de um preparo mais aprimorado e a massa feita foi cozida em cinzas
quentes (Ex. 12:39) do de 15 ao dia 21 comereis os ázimos (Ex. 12:17-20). A
hóstia consagrada (ázimo) na Eucaristia representa o corpo de Jesus Cristo que
foi entregue em holocausto para a salvação dos homens.
2a Festa de
Pentecostes: Após o dia 16 de Nisan (começo de abril) o povo hebreu contava 49 dias
(7 semanas) computados do ano lunar (29,5 dias) recaindo em 6 de Sivan (fim de
maio) era Festa das Semanas –
Pentecostes – Celebrava a lei transmitida por Deus no Monte Sinai (Ex. 19;
Levítico 23:15).
Honrarás a
Deus com a oblação voluntária da tua mão, a qual oferecerás segundo a benção do
Senhor Teu Deus (Deuteronômio 16:9) recordar-te-ás que foste escravo no Egito.
Contarás 7 semanas desde o dia em que puseres a foice na Seara.
Descida do Espírito Santo
sobre os apóstolos: quando se completaram os dias do Pentecostes, estavam todos
juntos no mesmo lugar; e de repente veio do céu um estrondo como de vento que
soprava impetuoso, encheu toda a casa que estavam sentados. Apareceram-lhes
repartidas umas como línguas de fogo e pousou sobre cada um deles. Foram todos
cheios do Espírito Santo e começaram a falar várias línguas, conforme o
Espírito Santo lhes concedia que falasse (Atos 2:1-4).
3a Tabernáculos: Quando tiveres recolhido os
teus frutos da eira e do lagar, celebrarás também durante sete dias a
solenidade dos tabernáculos (barracas) (Deut.16:13) o Senhor Teu Deus te
abençoará em todos os teus frutos em todo o trabalho das tuas mãos e viverás
alegre (Deut. 16:15) ocorria sempre no mês de Tisri (ou Etanim) início de
outubro (outono em Israel) entre 15 e 21. Não haveria obra alguma servil
(Levítico 23:33-36) as tendas recordam os tempos difíceis onde não haviam casas
fixas, eram temporárias e cobertas com folhagens.
No último dia da festa (o
sétimo) era solene e chamado “O Grande Dia” nesse dia levava-se ao Templo pela
última vez, em procissão a água tirada da piscina de Siloé que era depois derramada
pelos sacerdotes sobre o altar dos holocaustos.
Jesus fixa-se neste último
dia em pregação (João 7:37-39). “O que crê em mim, como diz a escritura, do seu
seio correrão rios de água viva”, clara referência ao Espírito recebido todos
os que cressem N’Ele.
A Páscoa do Senhor (Ex.12 =
1a Páscoa)
Em Ex. 11:4 adverte o Senhor
JHVH que Ele mesmo passará pelo Egito ferindo a terra opressora de morte. O
cordeiro escolhido no 10o dia será macho sem defeito, no 14o
tomar-se-ia um cabrito que seria imolado a tarde e marcaria com sangue as
ombreiras e verga da porta. Do cordeiro comer-se-ia assado no fogo com pães
ázimos e alfaces bravas. Assim será preparado o culto perpétuo, dia solene do
Senhor que arrebatou os primogênitos do Egito evitando as casas marcadas.
Esta passagem preservou-se
também a gloriosa travessia do Mar Vermelho em direção à Terra Prometida (2a
Páscoa) atualmente o povo judeu comemora Pessach ao anoitecer (a 1a
estrela visível) com ceia, orações e cânticos. Esta ceia recebe o nome
“Seder”(repasto pascal) significa “ordem” pois há um ritual próprio na “Queara”
(prato especial) os alimentos são dispostos e a cerimônia inicia-se com a
leitura da “Agadá”.
Relato da escravidão e
libertação do povo.
O primeiro alimento é o
“Karpás”, geralmente um tipo de salsichas molhadas em água e sal. Em seguida
serve-se o “Matzá” pão ázimo junto com o “Morór”, erva amarga (hoje alface
romana ou escarola) simbolismo da amargurada escravidão depois alimenta-se de
Beitsá, ovo cozido, lembrando as oferendas levadas ao Templo e simbolizando a
roda da vida. O “Zerôa” (osso com pouca carne) são dispostos na queara mas não
é consumido. Lembrava o cordeiro consumido em família no Templo de Jerusalém.
O último alimento é o
“Charosset” massa composta de maçã, pêra e nozes moídas e hoje acrescenta-se
amêndoas e um pouco de vinho. Lembra-se a argila do tijolo que os judeus
produziam no Egito. Ainda consomem chocolate casher sem leite.
Para o cristianismo a Páscoa
denota a passagem da vida velha para uma nova vida, vencendo Cristo a morte
carnal e ressuscitando (Páscoa definitiva) a semana do Domingo de Páscoa é
antecedido pelo de ramos quando Cristo entra em Jerusalém, cidade do Templo,
dos Saduceus, Fariseus, Escribas, Doutores e Lei Romana.
O Tríduo Pascal (festa
eclesiástica com duração de 3 dias) iniciado na Quinta-feira com vigília
representando a entrega do cordeiro que seria imolado (Eucaristia – Lucas
22:20) na Sexta-feira temos a condenação sumária do Filho de Deus sem direito
de defesa, sem as garantias humanas do Direito Penal.
Desde o meio-dia (Sexta
hora) e 15 h (hora nona) trevas percorreram toda a Terra. Completa-se com a
páscoa do Senhor ressuscitado.
No Novo Testamento a Páscoa
é a ressurreição de Jesus e a vitória do amor (ágape) que combate o pecado. É a
maior Solenidade Litúrgia (Gr. Leitourgia = Forma que aprovou a igreja para
celebrar os ofícios divinos).
TRÍDUO PASCAL
Quinta-feira Santa: A ceia do Senhor com seus
apóstolos que humildemente serve-os à mesa, lavando-lhes os pés (João 13) em
sinal de serviço. Institui-se a Eucaristia representada pelo pão e vinho e o
chamamento para o novo sacerdócio em Cristo.
Neste dia há adoração
eucarística, dia do Parasceve = dia da preparação da Páscoa.
Sexta-feira: Paixão de Jesus Cristo. A
igreja celebra a adoração eucarística com solenes leituras da Paixão (diapedese
= suor de sangue). Culmina com a procissão do Senhor morto (Filho do homem).
Sábado: vigília pascal: o fogo e a
água são abençoados, um Círio Pascal (vela branca, grande) para representar a
luz do mundo que é Jesus e que veio para iluminar a vida dos homens. Os cinco
marcos de incenso incrustados na cruz da vela representam as cinco chagas do
Filho de Deus.
Domingo de Páscoa: representa o Novo Tempo, a
ressurreição do Senhor, a passagem (Páscoa) da morte (vida omissa do velho
homem) para a vida (encontrada nos que necessitam) em Jesus Cristo.
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