História
publicada, em 27/03/2013, REVISADA
Houve um tempo, que na região de Santo Amaro existiram mecenas no
atletismo. Em Santo Amaro, no Jardim São Luiz, houve um homem, que
aparentemente não parecia ter os dotes de um verdadeiro esportista: era meio
atarracado com um bigode bem aparelhado e emparelhado com lâmina de barbear Gilette azul, com se
falava antes, mas que possuía o tino para incentivar o esporte, mais
precisamente o atletismo, em uma época em que não era moda este tipo de
esporte.
Seu nome era Geraldo Maier, possuía uma pequena fábrica de tubos de concreto, uma novidade à época, pois muitos possuíam poços que eram perfurados por posseiros e para não desbarrancar, ou a pessoa "entijolava" o poço até a metade, ou colocava esses tubos quando possuía "posses", para evitar desbarrancar quando a á água era muita e aflorava subindo em direção à superfície.
Hoje virou uma febre participar de eventos incentivados pelas várias federações, empresas ou por governos de todas as esferas e tem até calendário anual deste tipo de prova, mediante uma taxa de inscrição, parecendo entre muitas a Corrida do Trabalhador, o Circuito Corujão, Meia Maratona, Maratona São Paulo, Sargento Gonzaguinha, Troféu Cidade de São Paulo, Troféu da Independência, Corrida de Natal, somada a tantas outras e a mais famosa que fecha o ano, e foi instituída pela Fundação Cásper Líbero, proprietária da rede de rádio, televisão e jornal, em São Paulo: a São Silvestre.
Naquele tempo existiam esporádicas corridas por São Paulo e uma delas era patrocinada pelo senhor Geraldo Maier, no bairro do Jardim São Luiz, em Santo Amaro. Estas provas eram denominadas "Prova de Pedestres Geraldo Maier" e eram convidados grandes agremiações do gênero como o Clube de Regatas Tietê, o Esperia, Pinheiros, Corinthians além de haver a participação assídua de muitos atletas locais que afluíam de todos os recantos de Santo Amaro para participarem do evento aguardado no início do mês de dezembro de cada ano e sem adesão obrigatória através de pecúlio por parte do atleta, bastava dar o nome.
Era uma festa anunciada nos jornais locais e o bairro ficava repleto de bandeirolas coloridas enfeitando a partida onde se dava o "tiro" de início das competições em categorias distintas, infantil, juvenil e adultos. O palanque era todo em madeira, sem muita pompa, e faziam arcos do bambu nos quatro cantos, onde ficavam os troféus e eram tocadas marchinhas por uma banda.
Certa vez, com todos esses convidados presentes ao evento participou o jovem Macalé muito conhecida do Jardim São Luiz; bem folclórico, possuía porte atlético, muita ginga e muita pilantragem, e deste modo foi recebido entusiasticamente pelos presentes.
Começando a disputa ele ficou na "rabeira" e na Estrada de Itapecerica pegou uma carona em uma "Lambretta", o motociclo italiano "sensação" da época. Evidente que passou todos que estavam à sua frente e chegando à bifurcação da Capela Nossa Senhora da Penha o jovem Macalé "apeou" da moto que seguiu seu trajeto para Santo Amaro e ele descansado do "passeio" continuou a correr pala antiga Avenida São Luiz, hoje Avenida Maria Coelho Aguiar, onde se localiza o Centro Empresarial de São Paulo, subindo em direção ao antigo ponto final do ônibus do Jardim São Luiz, chegou em primeiro lugar ovacionado pela multidão. Muito malandro subiu no palanque e ousou erguer a taça de primeiro lugar, a de campeão. Os primeiros colocados foram chegando um a um e desmascararam o "vencedor", dizendo tê-lo visto passar em uma lambreta! Naquele tempo ainda não havia os pontos de registro, chips, mas o idealizador da prova o desclassificou por usar meios ilícitos.
Pode-se iludir alguém por algum tempo, mas não por todo o tempo!
A festa era de todos que tinham pertencimento e identidade com o lugar, todos os vizinhos se conheciam e participavam dos eventos. Um dia a fábrica fechou, os tubos não foram mais produzidos e as provas pioneiras de atletismo da região partiram com o senhor Geraldo Maier.
Seu nome era Geraldo Maier, possuía uma pequena fábrica de tubos de concreto, uma novidade à época, pois muitos possuíam poços que eram perfurados por posseiros e para não desbarrancar, ou a pessoa "entijolava" o poço até a metade, ou colocava esses tubos quando possuía "posses", para evitar desbarrancar quando a á água era muita e aflorava subindo em direção à superfície.
Hoje virou uma febre participar de eventos incentivados pelas várias federações, empresas ou por governos de todas as esferas e tem até calendário anual deste tipo de prova, mediante uma taxa de inscrição, parecendo entre muitas a Corrida do Trabalhador, o Circuito Corujão, Meia Maratona, Maratona São Paulo, Sargento Gonzaguinha, Troféu Cidade de São Paulo, Troféu da Independência, Corrida de Natal, somada a tantas outras e a mais famosa que fecha o ano, e foi instituída pela Fundação Cásper Líbero, proprietária da rede de rádio, televisão e jornal, em São Paulo: a São Silvestre.
Naquele tempo existiam esporádicas corridas por São Paulo e uma delas era patrocinada pelo senhor Geraldo Maier, no bairro do Jardim São Luiz, em Santo Amaro. Estas provas eram denominadas "Prova de Pedestres Geraldo Maier" e eram convidados grandes agremiações do gênero como o Clube de Regatas Tietê, o Esperia, Pinheiros, Corinthians além de haver a participação assídua de muitos atletas locais que afluíam de todos os recantos de Santo Amaro para participarem do evento aguardado no início do mês de dezembro de cada ano e sem adesão obrigatória através de pecúlio por parte do atleta, bastava dar o nome.
Era uma festa anunciada nos jornais locais e o bairro ficava repleto de bandeirolas coloridas enfeitando a partida onde se dava o "tiro" de início das competições em categorias distintas, infantil, juvenil e adultos. O palanque era todo em madeira, sem muita pompa, e faziam arcos do bambu nos quatro cantos, onde ficavam os troféus e eram tocadas marchinhas por uma banda.
Certa vez, com todos esses convidados presentes ao evento participou o jovem Macalé muito conhecida do Jardim São Luiz; bem folclórico, possuía porte atlético, muita ginga e muita pilantragem, e deste modo foi recebido entusiasticamente pelos presentes.
Começando a disputa ele ficou na "rabeira" e na Estrada de Itapecerica pegou uma carona em uma "Lambretta", o motociclo italiano "sensação" da época. Evidente que passou todos que estavam à sua frente e chegando à bifurcação da Capela Nossa Senhora da Penha o jovem Macalé "apeou" da moto que seguiu seu trajeto para Santo Amaro e ele descansado do "passeio" continuou a correr pala antiga Avenida São Luiz, hoje Avenida Maria Coelho Aguiar, onde se localiza o Centro Empresarial de São Paulo, subindo em direção ao antigo ponto final do ônibus do Jardim São Luiz, chegou em primeiro lugar ovacionado pela multidão. Muito malandro subiu no palanque e ousou erguer a taça de primeiro lugar, a de campeão. Os primeiros colocados foram chegando um a um e desmascararam o "vencedor", dizendo tê-lo visto passar em uma lambreta! Naquele tempo ainda não havia os pontos de registro, chips, mas o idealizador da prova o desclassificou por usar meios ilícitos.
Pode-se iludir alguém por algum tempo, mas não por todo o tempo!
A festa era de todos que tinham pertencimento e identidade com o lugar, todos os vizinhos se conheciam e participavam dos eventos. Um dia a fábrica fechou, os tubos não foram mais produzidos e as provas pioneiras de atletismo da região partiram com o senhor Geraldo Maier.
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