História
publicada em 04/11/2009 link:
Freguesia
de Santo Amaro e a Colônia Paulista: Núcleo Colonial Imperial
Um projeto do império português para povoar áreas desabitadas passou a ser prioridade, ligada ao desenvolvimento convidava-se outros países a apoiar a imigração para o Brasil, na tentativa de formar as bases para uma imigração organizada. Deste modo daria início à imigração alemã, movimento migratório ocorrido nos século dezenove para várias regiões do Brasil. Em 1828, por meio de uma portaria do ministro do Império José Feliciano Fernandes Pinheiro, visconde de São Leopoldo, originário de Santos, a Província de São Paulo recebia os primeiros colonos estrangeiros vindos da Alemanha para a Colônia de Santo Amaro. As causas deste processo podem ser encontradas nos freqüentes problemas sociais que ocorriam na Europa e a fartura de terras no Brasil.
A Freguesia de Santo Amaro já possuía uma economia de consumo local, e era formada por chácaras como de Francisco Antonio Chagas o Chico Doce, pai de Paulo Francisco Emílio de Sales, nome do grande poeta santamarense Paulo Eiró, do Fidelão, do Nardy e do pai do futuro barão de Tietê, José Manuel da Silva, primeiro e único barão do Tietê, que foi presidente interino da Província de São Paulo. Por ordem do Imperador D. Pedro I, o presidente da Província de São Paulo recebeu a incumbência por intermédio do decreto ministerial de 8 de novembro de 1827, de tomar todas as providências necessárias afim de poder abrigar um número considerável de colonos alemães, os quais chegariam, efetivamente, no ano seguinte à capital da Província. Tiveram que se adaptar na região numa característica tropical com os naturais que já possuíam desde tempos memoráveis aldeias indígenas e que ainda são denominações de referência local como as tribos Krukutu e a Tenonde Porá, localizadas na Estrada de Barragem e Morro da Saudade, incrustados como protetores de patrimônios ambientais da cidade, nos distritos de Parelheiros e Marsilac.
Os alemães chegaram a Santo Amaro por meio de embarcações. 149 famílias alemãs em direção ao Brasil, compreendendo 926 indivíduos, incluindo 72 não casados. Na Colônia de Santo Amaro, foram localizadas 336 pessoas. Na vila de Conceição de Itanhaém ficaram 39 pessoas, e 57 em Cubatão de Santos e algumas foram para outras regiões ou permaneceram na cidade e dedicaram-se a diversos trabalhos. Parte deles aceitou as propostas do Governo, acordados entre os dois países para acolhimento inicial antes do embarque na Alemanha, que eram as seguintes:
1) Cada família receberia uma doação de 150 morgen, medida de área tradicional alemã, onde um morgen era a área para trabalho de um homem em um dia. Um morgen correspondia a 400 braças quadradas, sendo uma braça quadrada correspondente a 4,84m2, logo um morgen seria equivalente a 1936 m2 medida antiga romana, a quantidade de terra que um homem podia arar em um dia com uma junta de bois atrelados ao arado.
Do exposto podemos definir que o acerto contratual entre os governos da Alemanha e Brasil à época, foi definido em 150 morgen, ou seja, 290.400 m2 o que representava 29 hectares de terra a cada qual disposto a vir arar terras virgens na região de Santo Amaro.
2) Cada pessoa adulta receberia ainda, durante um ano e meio, 160 réis diários em moeda e cada criança receberiam metade dessa quantia;
3) Bois, cavalos, ovelhas seriam fornecidos pelo Governo, devendo o valor desse gado, em moeda ou espécie, ser restituído dentro de quatro anos;
4) Os colonos que tivessem vindo por conta do Governo teriam isenção de impostos por oito anos e, os que tivessem pagado suas passagens, por dez anos;
5) Os colonos ficavam na obrigação de tomar armas, quando em caso de perigo fossem convocados pelo Governo;
6) Recrutamento obrigatório para as crianças;
7) O governo ficava obrigado ao pagamento dos honorários de médicos e padres, durante ano e meio. Outros colonos, geralmente os protestantes, não aceitaram essas condições e preferiram adquirir terras para cultivá-las logo que se apresentasse a oportunidade.
Havia uma sesmaria que anteriormente pertencera aos jesuítas, a algumas léguas de distância de Santo Amaro, perto da Aldeia de Itapecerica. Estes colonos não receberam subvenção nenhuma do Governo, além das terras, ficando entregues à própria sorte, o que os levou a um desenvolvimento vagaroso, mas seguro da Colônia. Decorridos alguns anos, os colonos já tinham adquirido certa independência e bem-estar, cultivavam suas terras e continuavam a trabalhar na sua produção agrícola. Esses alemães vendiam seus produtos na redondeza ou na Vila de Santo Amaro ou no mercado de São Paulo, construído na atual Avenida João Dias. Esta foi à tentativa de colonização mais barata que se fez, no decorrer dos tempos, em todo Brasil.
Foram inúmeras as dificuldades, desde o aprendizado do idioma português e dos hábitos da terra que escolheram para viver. Os mais velhos conservaram suas tradições e seus trajes tradicionais da terra distante. Não havia escolas para as crianças e a referência da própria língua foi se perdendo ao longo do tempo. Para os luteranos, típico do protestantismo que se seguiram na Alemanha do século dezesseis, as dificuldades eram ainda maiores; sem templos e pastores para celebração de sua religião, batizavam os filhos em igrejas católicas. Somente em 1.840, criou-se na Colônia o primeiro cemitério protestante e templo próprio.
Justiniano de Melo Franco, que falava alemão, foi nomeado diretor da colônia. Era formado em Medicina pela Universidade de Goettingen na Alemanha. Por Provisão Régia de 5 de novembro de 1821, foi nomeado físico-mor ou seja médico de São Paulo. Na capital paulista foi ainda diretor do Hospital Militar, inspetor geral da Vacinação e Comandante da Companhia de Cavalaria da Guarda Cívica, denominada "Sustentáculo da Independência Brasileira", criada por Dom Pedro I pelo decreto de 9 de setembro de 1822 logo após a proclamação da Independência. Ele representava os imigrantes, recebia suas queixas e sugestões, pagava-lhes os subsídios. Ficou também encarregado de escolher com o Governo um local para a instalação definitiva da Colônia de Santo Amaro.
Em 13 de dezembro de 1827, desembarcavam em Santos os primeiros imigrantes alemães. As localidades poderia ser em Juquiá, São Vicente, Itanhaém, Itapecerica, mas os alemães mostravam-se descontentes. Em 29 de junho de 1829, depois de acordos foram assentados no planalto de Santo Amaro, na então Província de São Paulo, os primeiros imigrantes alemães originários de Hundsrück, Estado da Renânia-Palatinado.
A opção imediata dos moradores era às atividades agrícolas, aumentando consideravelmente a produção de gêneros alimentícios para abastecer os centros urbanos. Em 1837, Santo Amaro era responsável pela produção de batatas no município de São Paulo, passando a ser considerado o "celeiro da capital", além de fornecer arroz, feijão, milho e mandioca entre outros gêneros alimentícios. Também comercializavam no mercado de São Paulo gado, aves, madeira e carvão.
Os alemães fundaram vilas como Cipó e Parelheiros, referência a parelhas de disputas entre cavaleiros alemães e caboclos brasileiros que já estavam nas proximidades, e que parece ter tido anteriormente o nome de Santa Cruz. Além disso, por ser localizada em matas naturais era de difícil acesso e por isso tiveram que abrir as primeiras estradas locais, como a antiga Estrada de Parelheiros. O economista Celso Furtado em seu livro "Formação Econômica do Brasil" cita que a causa dos problemas enfrentados nas colônias criadas pelo Governo Imperial era não terem um projeto de fundamentos econômicos, com subsídios parcos foram abandonadas e aos poucos foram perdendo seu caráter produtivo, evoluindo para simples economias de subsistência.
Mesmo assim, a região apresentou um espírito empreendedor, provendo-se de luz elétrica, além de abertura de outras estradas, como a idealizada por Henrique Schunck no início do século dezenove, localizado a sudeste da área, feita por José Reimberg, a Estrada do Periquito, em homenagem a seu apelido. Também outros em comum acordo de acesso foram abrindo picadas para o município de Embú-Guaçú, possibilitando a ocupação do vasto Sertão de Santo Amaro, termo usado à época para a localidade que tinha cursos d'água e proximidade com a imensa Mata Atlântica.
Alguns, devido ao conhecimento adquirido e trazido da Europa, sapateiros, ferreiros, e alguns que praticavam o ofício de cirurgião que na Europa era profissão considerada inferior, pois se praticavam amputações e era trabalho de grande esforço físico, bastando adquirir a "carta de cirurgião" para exercer a prática, eram estes os "médicos" de grande valia no local onde não havia médicos legais locais. Estes imigrantes precisavam se adaptar a um novo modelo de estrutura social diferente daquela exercida na terra natal, havendo um conflito de identidade deste deslocamento, com obrigações de cumprir as exigências constitucionais do Brasil independente havia criado sua Carta Magna em 1824.
Resultou assim uma característica impressionante de relações inter-raciais levando alguns alemães a se miscigenarem com caboclos locais espalhados pela região, processando a perda das características comuns, sendo até chamados caboclos louros, mas por outro lado, havia a compensação da criação de um novo modelo cultural adquirida por outras relações que não a original.
Reconhecimento e tributo nestes 180 anos da criação da Colônia Paulista aos Bauermann, Becker, Belz, Bohmer, Casper, Conrad, Christ, Emmel, Ficher, Foster, Gilcher, Glasser, Gottsfritz e outros tantos que tiveram grafias pertencentes anteriormente aos burgos alemães modificadas em alfândegas no Brasil, pois a unificação da Alemanha ainda não fora concretizada, e que se espalharam pelo interior paulista e fazem parte da bonita história da imigração alemã!
Parte deste texto foi pesquisada em obras dos professores Edmundo Zenha e Maria Helena Petrillo Berardi que estudaram em trabalhos acadêmicos a Colônia Alemã em Santo Amaro e compêndio de pesquisa do Instituto Martius-Staden sobre a colonização alemã em São Paulo, além de nomes registrados de navios aportados em Santos.
Um projeto do império português para povoar áreas desabitadas passou a ser prioridade, ligada ao desenvolvimento convidava-se outros países a apoiar a imigração para o Brasil, na tentativa de formar as bases para uma imigração organizada. Deste modo daria início à imigração alemã, movimento migratório ocorrido nos século dezenove para várias regiões do Brasil. Em 1828, por meio de uma portaria do ministro do Império José Feliciano Fernandes Pinheiro, visconde de São Leopoldo, originário de Santos, a Província de São Paulo recebia os primeiros colonos estrangeiros vindos da Alemanha para a Colônia de Santo Amaro. As causas deste processo podem ser encontradas nos freqüentes problemas sociais que ocorriam na Europa e a fartura de terras no Brasil.
A Freguesia de Santo Amaro já possuía uma economia de consumo local, e era formada por chácaras como de Francisco Antonio Chagas o Chico Doce, pai de Paulo Francisco Emílio de Sales, nome do grande poeta santamarense Paulo Eiró, do Fidelão, do Nardy e do pai do futuro barão de Tietê, José Manuel da Silva, primeiro e único barão do Tietê, que foi presidente interino da Província de São Paulo. Por ordem do Imperador D. Pedro I, o presidente da Província de São Paulo recebeu a incumbência por intermédio do decreto ministerial de 8 de novembro de 1827, de tomar todas as providências necessárias afim de poder abrigar um número considerável de colonos alemães, os quais chegariam, efetivamente, no ano seguinte à capital da Província. Tiveram que se adaptar na região numa característica tropical com os naturais que já possuíam desde tempos memoráveis aldeias indígenas e que ainda são denominações de referência local como as tribos Krukutu e a Tenonde Porá, localizadas na Estrada de Barragem e Morro da Saudade, incrustados como protetores de patrimônios ambientais da cidade, nos distritos de Parelheiros e Marsilac.
Os alemães chegaram a Santo Amaro por meio de embarcações. 149 famílias alemãs em direção ao Brasil, compreendendo 926 indivíduos, incluindo 72 não casados. Na Colônia de Santo Amaro, foram localizadas 336 pessoas. Na vila de Conceição de Itanhaém ficaram 39 pessoas, e 57 em Cubatão de Santos e algumas foram para outras regiões ou permaneceram na cidade e dedicaram-se a diversos trabalhos. Parte deles aceitou as propostas do Governo, acordados entre os dois países para acolhimento inicial antes do embarque na Alemanha, que eram as seguintes:
1) Cada família receberia uma doação de 150 morgen, medida de área tradicional alemã, onde um morgen era a área para trabalho de um homem em um dia. Um morgen correspondia a 400 braças quadradas, sendo uma braça quadrada correspondente a 4,84m2, logo um morgen seria equivalente a 1936 m2 medida antiga romana, a quantidade de terra que um homem podia arar em um dia com uma junta de bois atrelados ao arado.
Do exposto podemos definir que o acerto contratual entre os governos da Alemanha e Brasil à época, foi definido em 150 morgen, ou seja, 290.400 m2 o que representava 29 hectares de terra a cada qual disposto a vir arar terras virgens na região de Santo Amaro.
2) Cada pessoa adulta receberia ainda, durante um ano e meio, 160 réis diários em moeda e cada criança receberiam metade dessa quantia;
3) Bois, cavalos, ovelhas seriam fornecidos pelo Governo, devendo o valor desse gado, em moeda ou espécie, ser restituído dentro de quatro anos;
4) Os colonos que tivessem vindo por conta do Governo teriam isenção de impostos por oito anos e, os que tivessem pagado suas passagens, por dez anos;
5) Os colonos ficavam na obrigação de tomar armas, quando em caso de perigo fossem convocados pelo Governo;
6) Recrutamento obrigatório para as crianças;
7) O governo ficava obrigado ao pagamento dos honorários de médicos e padres, durante ano e meio. Outros colonos, geralmente os protestantes, não aceitaram essas condições e preferiram adquirir terras para cultivá-las logo que se apresentasse a oportunidade.
Havia uma sesmaria que anteriormente pertencera aos jesuítas, a algumas léguas de distância de Santo Amaro, perto da Aldeia de Itapecerica. Estes colonos não receberam subvenção nenhuma do Governo, além das terras, ficando entregues à própria sorte, o que os levou a um desenvolvimento vagaroso, mas seguro da Colônia. Decorridos alguns anos, os colonos já tinham adquirido certa independência e bem-estar, cultivavam suas terras e continuavam a trabalhar na sua produção agrícola. Esses alemães vendiam seus produtos na redondeza ou na Vila de Santo Amaro ou no mercado de São Paulo, construído na atual Avenida João Dias. Esta foi à tentativa de colonização mais barata que se fez, no decorrer dos tempos, em todo Brasil.
Foram inúmeras as dificuldades, desde o aprendizado do idioma português e dos hábitos da terra que escolheram para viver. Os mais velhos conservaram suas tradições e seus trajes tradicionais da terra distante. Não havia escolas para as crianças e a referência da própria língua foi se perdendo ao longo do tempo. Para os luteranos, típico do protestantismo que se seguiram na Alemanha do século dezesseis, as dificuldades eram ainda maiores; sem templos e pastores para celebração de sua religião, batizavam os filhos em igrejas católicas. Somente em 1.840, criou-se na Colônia o primeiro cemitério protestante e templo próprio.
Justiniano de Melo Franco, que falava alemão, foi nomeado diretor da colônia. Era formado em Medicina pela Universidade de Goettingen na Alemanha. Por Provisão Régia de 5 de novembro de 1821, foi nomeado físico-mor ou seja médico de São Paulo. Na capital paulista foi ainda diretor do Hospital Militar, inspetor geral da Vacinação e Comandante da Companhia de Cavalaria da Guarda Cívica, denominada "Sustentáculo da Independência Brasileira", criada por Dom Pedro I pelo decreto de 9 de setembro de 1822 logo após a proclamação da Independência. Ele representava os imigrantes, recebia suas queixas e sugestões, pagava-lhes os subsídios. Ficou também encarregado de escolher com o Governo um local para a instalação definitiva da Colônia de Santo Amaro.
Em 13 de dezembro de 1827, desembarcavam em Santos os primeiros imigrantes alemães. As localidades poderia ser em Juquiá, São Vicente, Itanhaém, Itapecerica, mas os alemães mostravam-se descontentes. Em 29 de junho de 1829, depois de acordos foram assentados no planalto de Santo Amaro, na então Província de São Paulo, os primeiros imigrantes alemães originários de Hundsrück, Estado da Renânia-Palatinado.
A opção imediata dos moradores era às atividades agrícolas, aumentando consideravelmente a produção de gêneros alimentícios para abastecer os centros urbanos. Em 1837, Santo Amaro era responsável pela produção de batatas no município de São Paulo, passando a ser considerado o "celeiro da capital", além de fornecer arroz, feijão, milho e mandioca entre outros gêneros alimentícios. Também comercializavam no mercado de São Paulo gado, aves, madeira e carvão.
Os alemães fundaram vilas como Cipó e Parelheiros, referência a parelhas de disputas entre cavaleiros alemães e caboclos brasileiros que já estavam nas proximidades, e que parece ter tido anteriormente o nome de Santa Cruz. Além disso, por ser localizada em matas naturais era de difícil acesso e por isso tiveram que abrir as primeiras estradas locais, como a antiga Estrada de Parelheiros. O economista Celso Furtado em seu livro "Formação Econômica do Brasil" cita que a causa dos problemas enfrentados nas colônias criadas pelo Governo Imperial era não terem um projeto de fundamentos econômicos, com subsídios parcos foram abandonadas e aos poucos foram perdendo seu caráter produtivo, evoluindo para simples economias de subsistência.
Mesmo assim, a região apresentou um espírito empreendedor, provendo-se de luz elétrica, além de abertura de outras estradas, como a idealizada por Henrique Schunck no início do século dezenove, localizado a sudeste da área, feita por José Reimberg, a Estrada do Periquito, em homenagem a seu apelido. Também outros em comum acordo de acesso foram abrindo picadas para o município de Embú-Guaçú, possibilitando a ocupação do vasto Sertão de Santo Amaro, termo usado à época para a localidade que tinha cursos d'água e proximidade com a imensa Mata Atlântica.
Alguns, devido ao conhecimento adquirido e trazido da Europa, sapateiros, ferreiros, e alguns que praticavam o ofício de cirurgião que na Europa era profissão considerada inferior, pois se praticavam amputações e era trabalho de grande esforço físico, bastando adquirir a "carta de cirurgião" para exercer a prática, eram estes os "médicos" de grande valia no local onde não havia médicos legais locais. Estes imigrantes precisavam se adaptar a um novo modelo de estrutura social diferente daquela exercida na terra natal, havendo um conflito de identidade deste deslocamento, com obrigações de cumprir as exigências constitucionais do Brasil independente havia criado sua Carta Magna em 1824.
Resultou assim uma característica impressionante de relações inter-raciais levando alguns alemães a se miscigenarem com caboclos locais espalhados pela região, processando a perda das características comuns, sendo até chamados caboclos louros, mas por outro lado, havia a compensação da criação de um novo modelo cultural adquirida por outras relações que não a original.
Reconhecimento e tributo nestes 180 anos da criação da Colônia Paulista aos Bauermann, Becker, Belz, Bohmer, Casper, Conrad, Christ, Emmel, Ficher, Foster, Gilcher, Glasser, Gottsfritz e outros tantos que tiveram grafias pertencentes anteriormente aos burgos alemães modificadas em alfândegas no Brasil, pois a unificação da Alemanha ainda não fora concretizada, e que se espalharam pelo interior paulista e fazem parte da bonita história da imigração alemã!
Parte deste texto foi pesquisada em obras dos professores Edmundo Zenha e Maria Helena Petrillo Berardi que estudaram em trabalhos acadêmicos a Colônia Alemã em Santo Amaro e compêndio de pesquisa do Instituto Martius-Staden sobre a colonização alemã em São Paulo, além de nomes registrados de navios aportados em Santos.
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