QUANDO
O GOVERNANTE RESPEITA O POVO, O POVO RESPEITA O GOVERNANTE!
Pensar
é inerente ao livre arbítrio e este direito de liberdade está escrito em muitas
constituições de vários povos da Terra, pois todos são iguais perante a lei! Será?
Será que faz parte de um modelo que foi exportado para o
Brasil Colônia?
Será que os primeiros coronéis daqui são resquícios dos
bárbaros da Metrópole?
Será que as ações de violência saíram das fileiras dos
primeiros desbravadores do Brasil?
Será que o abandono da Metrópole pela “nova terra”
deixou-nos embrutecidos?
Será que esses largados foram condenados de Portugal que
os mandou ao exílio perpetuo?
Será que esses homens largados a própria sorte lutaram ao
extremo para sobreviver?
Será que esses homens aprisionaram índias e delas tiveram
os primeiros filhos?
Será que o Rei limpou a praça do meretrício e ajudou a
miscigenar o Brasil?
Será que os filhos mameluco, que não era nem branco e nem
índio, foram às primeiras crianças abandonadas no Brasil?
Será que os estupros aconteciam sem uma condenação do
agressor tanto nas aldeias quanto nas senzalas?
Será que os casebres de agora não são vestígios desses
filhos abandonado no mato?
Será que a Igreja, proprietária do cartório da época, não
tinha ciência dessas arbitrariedades?
Será
que no Brasil age-se por impulso sem medir as consequências?
Será que a ordem de Portugal era enviar primeiramente o
“bang-bang” e depois as leis regentes?
Será que antes a vara das leis não chegou o cacete e o
pelourinho?
Será que Ordenações Manuelinas (1521 A 1603) e depois
filipinas aceitavam todo tipo de extravagância dos súditos?
Será que o doce do açúcar foi o amargo dos dois povos
subjugados?
Será
que a burocracia pública está enraizada no Brasil desde os primórdios de seu “Achamento”?
Será que o capitão mor tinha direito sobre a vida e a
morte de tudo ao seu mando?
Será que os senhores do poder de hoje não são frutos
dessa meretriz e desse bárbaro que receberam as “honras” de mando?
Será que o sangue da matança indiscriminada de indígenas
e o sofrimento do algoz contra os negros não está no cerne das agruras atuais?
Será que sendo o último país a terminar com a escravidão,
não conseguiu ainda se libertar completamente dessa mancha no solo do Brasil?
Será que ao pagar alto preço aos senhores donos de
escravos para não perder dinheiro com a compra anterior a Lei Áurea, não
liberou o suborno do poder?
Será que esses filhos cativos tiveram também a mesma
sorte do mameluco abandonado?
Será que a história do Brasil, mal contada por sinal,
nunca se libertará desses “bandos estupradores” de todo gênero?
Será
que o Estado brasileiro quer manter a tutela e o paternalismo do povo para
melhor administrar suas influências?
Será que o sangue derramado de inocentes paira sobre a
“Ordem e Progresso” e por isso não consegue nenhuma e nem outra coisa?
Será que Brasil é uma Terra manchada de sangue desde seu “Achamento”?
Será
que esta mancha é eterna e passará para todas as gerações esse fardo de
agruras?
Será que somos uma amálgama mal formada fundida em um cadinho, uma mistura que precisa ser forjada ainda?
Será que o homem cordial brasileiro é aquele que sorri,
abraça, beija, mas também mata?
Será???
Vide:
Holanda, Sérgio Buarque de. Raízes do Brasil.
Brasília. Editora Universidade de Brasília, 1963, 4ª Edição.
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