Gosto muito do Brasil,
mas não sou chauvinista.
Amo suas belezas
naturais, seus rios, suas matas, suas praias, toda sua exuberância natural da
fauna e da flora e as pessoas fundidas num cadinho efervescente de miscigenação.
Gosto de suas cidades,
por causa da diversidade popular que nela habita e muito nos ensina. Jamais
dilapidei um patrimônio público, pois aos cidadãos pertence.
Estamos dentro do
Estado de direito e a democracia gatinha ainda como um bebê, mas vai crescer,
um dia, e sem dúvida, em nome da “Res Publica” vai andar por si.
Em
nome dessa liberdade democrática, sem libertinagem, temos o direito inalienável
do voto facultativo quando assim exigir as imposições daqueles que devem ser os
gestores destas coisas públicas e se nenhum deles satisfizer nossas
prerrogativas comuns podermos isentarmo-nos de escolher qualquer um para nos
representar, tendo nisso o “direito ao voto facultativo” e não sermos forçados
a ir votar por obrigação, coisa imperativa.
O ato de escolher “não
escolher” recebe o ultimato imediato, perdendo com essa nossa postura, alguns
direitos básicos de cidadão, que vive e arca com todos os tributos exigidos
pelo Estado, e devido as suas convicções recebemos sanções aplicadas por um
Tribunal, como acontece com quem é réu.
Qual é o crime que
praticamos quando a política fraudulento não nos satisfaz e nossa escolha é não
pactuar com as estruturas dos partidos políticos sem programa algum para
governar o país, optar-se pelo voto facultativo ao invés de um voto obrigatório[1]
ditatorial?
Hoje, se faço essa
escolha, sou colocado à margem e “apátrida”, tendo que me justificar no
Tribunal Regional Eleitoral, onde o funcionário da repartição vai expedir um
boleto com um valor monetário para pagar no banco determinado e voltar depois a
essa mesma repartição governamental para eles que governam o sistema, darem
baixa na “minha desobediência civil”, considerado um pária da sociedade pela opção da recusa em escolher um “político patriótico” elencado abaixo:
Patriótico
é quem se esconde atrás da imunidade parlamentar para saquear o país enchendo
sua “algibeira” de dinheiro escuso!
Patriótico
é quem rasga a Constituição, que o próprio poder fez, na cara do povo!
Patriótico
é quem promete cumprir o estado de direito e não o faz!
Patriótico
é o Ministério que constrói “pontes” inacabadas que sai do nada a lugar nenhum!
Patriótico
é quem se apodera ilicitamente do público em beneficio do privado!
Patriótico
é quem canta o Hino do Brasil em plenos pulmões em datas especiais, mas usa do
silêncio para pactuar a desonestidade dentro do Palácio!
Patriótico é
presidir a Câmara e fazer conchavos para beneficiar grupos ou classes!
Patriótico
é quem te ilude com um “santinho” em boca de urna, e faz depois tua vida um
inferno por alguns anos.
Patriótico
é quem em tempos de campanha beija criança e lhe rouba a educação, ou abraça os
mais velhos e lhes rouba a saúde!
Não se “pleiteia” implantar
nenhuma outra “ordem” política e nem liderar cruzadas de quaisquer ideais,
crenças, ideologias e não se espera seguidores, pois quem tem outro modelo com
um sistema de obediência cega, quer assumir, um dia, o poder, algo abominável naqueles
de consciência livre.
Tenho
o direito de não escolher ninguém desses indivíduos “patrióticos” nas urnas eletrônicas,
que também se fossem invioláveis teriam sido implantadas pela maioria dos
países que usam urnas em eleições!
Não
quero ter esse contraditório “direito obrigatório” de escolha, quero que
tenhamos outros bens maiores, e quando se sentir que se expurgaram esses
“patrióticos” atuais, irei exercer o meu livre arbítrio de “dever cívico”, que
é votar pelos direitos civis, inclusive com o direito ao voto facultativo!
[1]
*De 236 países em que há eleições, apenas
31 deles o voto é obrigatório, 13% do total, e o Brasil é um deles que obriga a
população votar.
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