segunda-feira, 6 de abril de 2015

A POLÍTICA DOS "GRAMADEIROS" DE CAMPOS DE FUTEBOL NA PERIFERIA

CERCEAMENTO SOCIAL

A estrutura comunitária não possui um dono, embora o poder queira estender tentáculos e seus interesses apoderando-se de seus “segredos”.
Em São Paulo, em bairros periféricos, foram idealizados algumas centenas de campos de futebol em todo o município. Na metade da década de 1970 em que eram denominados CDM, Centros Desportivos Municipais, não eram consideradas áreas nobres de interesse imobiliário e nem ao menos faziam parte do plano diretor da cidade. São Paulo cresceu, expandindo suas garras a estes locais antes esquecidos, sufocando estas áreas de lazer, único reduto de atividades lúdicas de periferia. Agora com nova denominação de CDC, Centros da Comunidade, submetem estas áreas ao interesses do poder financeiro e político, implantando a higienização da cidade. 

As comunidades não querem os “cercamentos” modelares de locais nobres da cidade, mas somente exercer o esporte bretão, é disto que vivem as comunidades, um mínimo necessário de subsistência, sem interferência política de subprefeituras ou de políticas de cerceamento e comprometimento com vereadores “gramadeiros de campos de futebol” e que implantam sistemas de gabinete com uso de verbas da secretaria municipal de esporte, financiando meia dúzia de troféus para festivais em tempo de campanha política, para “inaugurar” com faixas em alambrados com nome de candidato, enaltecendo e agradecendo seu “esforço social” que submeteram nossos avós, pais, e em pleno século 21 nos mesmos moldes do passado, querem submeter nossos filhos e no futuro nossos netos.

Político faz dos campos da várzea reduto eleitoreiro, submetendo a periferia ao eterno pão e circo em troca do precioso voto em época de campanha de cargo público. 

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