EVOLUIR, INVOLUIR E PROGRESSO DA CAIXA DE PANDORA[1]
O que importa “o saber” e o que importa saber se “meu saber” constituirá um momento ínfimo na existência humana que acarretará alguma transformação. Há indivíduos que contribuíram enormemente para um fato histórico, mas minha importância ou relevância deste saber foi conseguida pelo esforço anterior de algum acontecimento transformador.
Não devemos ter mais importância que a obra em si, mas completá-la de tal maneira que de continuidade a uma seqüencia de objetos culminando com o beneficio de muitos. Construir já é por si um objeto transformador, mas também não destruir é um objetivo a ser alcançado por toda humanidade. A transformação do indivíduo deve estar presente em suas intenções, para acarretar movimentos importantes numa seqüência de benefícios de uso comum.
Devemos cuidar para não confundir termos ligados ao cotidiano de um curto período de existência ao esboçar que acarreta nisso uma “evolução”, nem tudo atinge uma seqüência constante ao sair da “inércia” é progresso embora progressivo , nem é “este ponto” o marco zero dos fatos, ele já estava presente e iria caminhar de qualquer maneira não importando quem terá a honra da paternidade.
Uma doença também “evolui” ou “involui”, recolhe-se em uma bolha para novamente “explodir” num vai e vem constante do movimento histórico, algo vivo, que irá estabilizar-se em determinado momento e nem por isso considerado algo útil ao “corpo vivo gerado”, nem se deve expor como “progresso”, pois muita descoberta possui um desenvolvimento próprio desde que aberta a “Caixa de Pandora”, há inicio de causa.
O “progresso” é um termo que se deve cuidar o uso da expressão, pois é um processo que tem um trajeto por um tempo que depois possui uma “involução” natural de retorno ao inicial, nunca igual ao princípio, mas voltando ao estático; se houver degradação não caminha progredindo, mas transforma-se em algo novo. No processo sempre haverá este momento de estabilização que por vezes será completado em outra instância em outro momento histórico, num outro tempo e outro espaço da existente daquilo que se move.
Os desastres devem ser considerados conseqüência de ações físicas, uma ação compelida por uma reação de mesma intensidade e força que gerou esta energia, podem ser inerente do que não se controla, pois as forças são maiores que o poder de retenção da “involução”.
O desastre é por si um “estado ativo transformador” por que tem capacidade de mudar por completo o que não era anteriormente. As interferências externas sempre ocorrem em determinado principio ativo encadeando a ação que gera conseqüências de interferências no meio existente. O macro universo gera micro-universos que se completam e se chocam para gerar a energia necessária da explosão transformadora que pode recriar uma situação nova e diferente da atual.
Não existe nada estático nem o nada não é nada é algo muito grande considerado incompreensivo, algo imensurável, que em determinado tempo implodirá para dar outra dimensão de uma energia libertadora.
Assim caminha o registro da história humana!
[1] Este texto foi fruto de um processo que “evoluiu” e involuiu”, num efeito elástico da crítica promovida pela amiga Neuza Meneghello, a quem agradeço as reflexões sobre a historiografia que “gerou” o Retorno a Represa de Guarapiranga do ”Monumento aos Heróis da Travessia do Atlântico” ocorrido em 1927 e promovida pelos aviadores Francesco De Pinedo e João Ribeiro de Barros e que recolheu "o saber" da população local.
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