Conhecimento Externo e as Nossas Próprias Competências
As riquezas naturais do país não revertem em beneficio de nossa educação, tanto que nos abandonaram sempre em governos de Estado de exceção, democráticos, de esquerda, centro ou direita, que permanecem dependentes de suas ideologias, com as rédeas de domínio.
A mídia anuncia vibrantes descobertas das riquezas do país: Petrobrás, A Vale, que o próprio nome define sua qualidade de valor, antiga Companhia Vale do Rio Doce, rotulada mentirosamente de indústria nacional, banqueiros e políticos protegendo seus interesses capitalistas enchendo “a burra, a algibeira” depositadas em paraísos fiscais.
“Quero quem façamos nós mesmos todas as nossas máquinas” (Rousseau, em Emílio)É uma citação de demonstração das próprias experiências, mas quais possuimos neste campo técnico? Para que serve a EMBRAER se faremos aquisições de caças estrangeiros?
As plataformas de prospecção de petróleo e máquinas de mineradoras são de fornecimento externo, não nos compete construí-las, pois os especialistas propõem o imediatismo, não constituindo condições de produzir as nossas próprias competências, não formamos um corpo técnico capaz para atuar nestes diversos campos. Estamos à mercê de conhecimento externo, até as normas técnicas brasileiras foram “tropicalizadas” de uma mistura absurda das normas alemãs (DIN) que regem o sistema métrico com normas americanas (ASTM, SAE) que regem sistema em polegada (exemplo típico são as vigas de aço regidas por medidas inglesas:pés, polegadas).
Não estamos muito longe dos “metecos gregos”, estrangeiros estranhos ao poder que estavam sujeitos a obrigações constituídas pelo Estado, sem direito a participar de decisões.
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