quarta-feira, 13 de agosto de 2008

Eu Vi

“Eu Vi”, não é uma história que depois de contada pela memória vai para dentro de uma gaveta, e um dia por curiosidade alguém lerá somente como recordação.
“Eu Vi” é um passado bem recente acontecido no Brasil, que fizeram nossos antepassados acreditarem em mentiras, dizendo que tudo seria melhor um dia que nunca chegou.
Enganaram nossos avós, depois no inconsciente coletivo, enganaram nossos pais, homens do trabalho, e que acreditaram poder construir o futuro de seus filhos, que do mesmo modo o sistema continuou enganando, e em pleno século XXI, querem fazer-nos acreditar numa euforia que tudo será melhor para um povo com salário básico para adquirir comida, onde os índices são enganosos feitos por institutos ao reboque das oligarquias dos mega empreendimentos que manipulam seus próprios interesses econômicos onde tudo produzido no mundo controla as multidões, pela sociedade do consumo.
“Eu Vi” um golpe de Estado calar as consciências livres instituindo pela força os interesses daqueles ávidos do poder manter-se ao reboque travestido de salvadores da pátria, dizendo ser milagre econômico, de um bolo jamais repartido.
“Eu Vi” as causas sociais urgentes serem vilipendiadas e zombarem da penúria humana ao dizerem que no periférico chegava primeiro o bang-bang e mais tarde viria o xerife.
“Eu Vi” gastarem o pouco que se tinha para adquirir uma tecnologia obsoleta e ultrapassada no país de origem, arrebentando os cofres da nação, com construções que até hoje, os equipamentos, não funcionam com produção para a finalidade de sua construção.
“Eu Vi” escolas sendo sucateadas onde educação era incontinenti continência, e hoje pagamos o preço desta imobilidade educacional, onde não produzimos nossas necessidades e importamos mão de obra especializada.
“Eu Vi” São Paulo crescer desproporcionalmente com uma migração fugindo da incapacidade do executivo criar condições de existência humana em seus locais de origem.
“Eu Vi” em pouco tempo o sacrifício de muitos, ser jogado no ralo com a desarticulação da indústria e muitos viraram suco, triturado por um sistema plutocrático, onde que manda é a força financeira dos grandes capitalistas.
“Eu Vi” construírem terminais municipais para coletivos urbanos modernos, elaborados em São Paulo ser destruídos e em menos de meia dúzia de anos e reconstruído novo modelo, para justificar gastar verbas da população, elas sim as verdadeiras construtoras dessas obras, pois o dinheiro é popular, nenhum governante põe seu próprio dinheiro em obras faraônicas.
“Eu Vi” interesses serem maiores do que a necessidade de quem precisa, onde barganhar cargos é a grande cartada de espúrias políticas, que controlam as massas.
“Eu Vi” pontes atravessarem o esgoto, digo, Rio Pinheiros, onde a decantação da sujeira sempre é recolhida e deixada nas margens para na primeira chuva esta mesma sujeira retornar ao rio fétido, e assim cumprindo o ritual de buscar mais financiamento dos países ricos, que esta sendo “limpo” por mais de 20 anos.
“Eu Vi” iludirem o trabalhador com salários controlados eternamente e que os governos denominavam gatilho, ou seja, aumentava os gêneros alimentícios e engatilhava uma percentagem no salário que já era consumida pela inflação.
“Eu Vi” os grandes "papas" da economia sendo manipuladores dos interesses da economia estrangeira, destruindo o pouco das indústrias que se implantaram com esforço pessoal de algum empreendedor local.
“Eu Vi” o Brasil ser tri campeão mundial de futebol enquanto se assassinava àqueles que criticavam o regime.
“Eu Vi” as oligarquias também fugirem do país, muitos realmente eram verdadeiros, outros viveram com refugiados em lugares protegidos e voltaram um dia como salvadores da pátria e governam hoje para o econômico esquecendo o socialismo que tanto pregaram.
“Eu Vi” muito perderem seus empregos em nome da globalização sendo desativadas muitas indústrias que foram adquiridas e destruídas por um falso progresso.
“Eu Vi” venderem a riqueza da nação por valores muito inferior ao preço real, e nas correias transportadoras saírem minérios nobres a preço de ferro, em nome da privada financeira.
“Eu Vi” uma massa sendo controlada sem direito a reivindicar suas necessidades e quando faziam eram silenciadas pelas botas em marcha.
“Eu Vi” muita mãe chorar silenciosamente os seus filhos assassinados, sem direito a justiça.
“Eu Vi” negarem o respeito e dignidade por quem muito deu de si para o país, e agora são tratados como bagaço de fruta chupada que não dá mais sumo e são despejados na falência do instituto previdenciário.
“Eu Vi” roubarem futuro à juventude que anda como moléculas empurradas para a marginalidade que o próprio sistema capitalista produziu.
“Eu Vi” muitas outras coisas, e não fui o único a vê-las!

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