segunda-feira, 14 de abril de 2025

Fundação do Centro das Indústrias do Estado de São Paulo - CIESP

Com o foco voltado na pesquisa da industrialização do Brasil, e por ter formação acadêmica em “mecânica industrial”, interessei-me em saber quem foram os primeiros empresários que fomentaram toda estrutura de produção, a ponto de idealizarem o Centro das Indústrias do Estado de São Pauloem 28 de março de 1928, depois formando várias distritais, incluindo a criação da FIESP em 1931!

Em 1928 empresários e industriais que eram filiados à Associação Comercial de São Paulo, fundaram uma entidade própria, o Centro das Indústrias do Estado de São Paulo (CIESP).

A CIESP teve sua primeira sede no Clube Comercial de São Paulo, no Vale do Anhangabáu , à Rua São Bento nº 47, na cidade de São Paulo, sendo proprietário desta edificação o Conde Prates.

Essa iniciativa partiu da necessidade do Brasil ter as indústrias básicas para seu desenvolvimento econômico que foi agravado em importações estrangeiras, que havia deixado marcas profundas de escassez de produtos industrializados durante a Primeira Guerra Mundial, pois a maior produção do Brasil estava voltada para a agricultura.

Os idealizadores da CIESP instalaram uma diretoria provisória, empossada em 1º de julho de 1928, Ssendo neste período comandada por Jorge Street, formalizando em seguida a redação dos estatutos e a escolha da primeira diretoria permanente.

A solenidade de posse, foi presidida pelo então Presidente (à época nome dado ao Governador) do Estado de São Paulo, Júlio Prestes de Albuquerque.

Os cargos de representatividade couberam ao maior industrial de grande prestígio no país, o Conde Francesco Matarazzo, tendo como seu mais direto colaborador o empresário Roberto Simonsen, engenheiro civil, da Companhia Construtora de Santos que entrou para o ramo industrial, comprando ações da Cerâmica São Caetano.

Os cargos subsequentes foram representados também por vários empresários de reconhecimento das principais empresas da época como:

Alfried Theodor Weiszflog, que juntamente com seus irmãos fundaram a empresa 'Weiszflog Irmãos' em 1915, dando origem mais tarde a Editora Melhoramentos. 

Horácio Lafer, juntamente com a família Klabin alavancou a produção de celulose, tornando-se primeira grande indústria de celulose no Brasil, sendo que o empresário, mais tarde, ocupou o ministério de Relações Exteriores.

Jorge Street, industrial da Companhia Nacional de Tecidos de Juta, fundando a Vila Operária Maria Zélia, a primeira vila operária do Brasil. Em 1926, substituiu Francisco Matarazzo na presidência do CIFTSP – Centro dos Industriais de Fiação e Tecelagem de São Paulo.

 José Ermírio de Moraes, representante diretor da Sociedade Anônima Votorantim.

Carlos Adolph Von Bullow, filho de Adam Ditrik Von Bülow, (dinamarquês) assumiu as empresas Zerrenner, Bülow e Cia, exportadora e corretora de café e da cervejaria Companhia Antarctica Paulista

Antonio Devisate, empresário da indústria calçadista na década de 20 dirigia a fábrica Rocha, que passou a se chamar Companhia de Calçados Devisate. 

Plácido Gonçalves Meirelles, empresário que formou conglomerado de algodão a proprietário da Fiação e Tecelagem de Tatuí

CIESP  e FIESP

Em 1931, Matarazzo, Simonsen, Street juntamente com outros empresários, os mesmos que em 1928 fundaram a CIESP,  fundaram a Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (FIESPa partir do CIESP, para fomentar a competitividade das indústrias no Brasil, reivindicando diminuição nos custos de produção e para conter a desindustrialização. Durante o governo de Getúlio Vargas, o  CIESP  e a FIESP permaneceram separadas até o final da Segunda Guerra Mundial.

A Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (FIESP) é uma entidade sindical patronal, enquanto o Centro das Indústrias do Estado de São Paulo (CIESP) é uma entidade civil. A FIESP representa os industriais paulistas perante os órgãos governamentais. enquanto o CIESP desenvolve estudos econômicos e legislativos, sendo uma representação política da entidade. 



Vide: ÍNDICE: As Indústrias (antigas) de Santo Amaro, São Paulo/SP

https://carlosfatorelli27013.blogspot.com/2021/02/indice-as-industrias-antigas-de-santo.html

sexta-feira, 4 de abril de 2025

60 ANOS DA BIBLIOTECA DE SANTO AMARO, DE KENNEDY À PRESTES MAIA: Inaugurada em 04 de Abril de 1965!

Parabéns pelos 60 anos de bem servir!!!

O prefeito Francisco Prestes Maia, foi grande administrador e incentivador da cultura, promoveu parques infantis e bibliotecas por todo o município.
A Biblioteca Municipal de Santo Amaro foi iniciada suas obras em setembro de 1963, por convênios da “Aliança para o Progresso” (extinta somente em 1969) assumidos com os Estados Unidos da América. A Biblioteca de Santo Amaro recebeu o nome de “Biblioteca Presidente Kennedy”, em homenagem ao presidente americano John Fitzgerald Kennedy assassinado em 1963.
Veio ao evento de inauguração do equipamento o seu irmão Robert Francis Kennedy (Bobby), em 1965, estando o Prefeito Faria Lima hospitalizado fez-se representar por sua esposa, senhora Maria de Lourdes Prestes Maia, formalizando desta forma seu último ato como prefeito de São Paulo.
Cabe aqui ressaltar que a Biblioteca Prefeito Prestes Maia detém em seu acervo a preciosa biblioteca particular do Engenheiro Francisco Prestes Maia, adquirida pela HIDROSERVICE e doada para a Prefeitura de São Paulo em 27 de novembro de 1973, em solenidade realizada no auditório da empresa formalizando a doação seu diretor presidente Henry Maksoud, sendo na ocasião o prefeito da Cidade de São Paulo, o economista Miguel Colasuonno.
Foram doados 12000 livros, 500 revistas especializadas de arquitetura e urbanismo, documentos e projetos de obras de engenharia e de urbanização, manuscritos diversos, objetos pessoais, fotografias históricas e outros afins de relevância para a historiografia da cidade e que estão à disposição públicas na supracitada biblioteca de Santo Amaro. (referência HIDROSERVICE NOTÍCIAS, nº 8 de janeiro de 1974) Pelo decreto nº 46.434, de 6 de outubro de 2005, a antiga “Biblioteca Presidente Kennedy” passou a denominar-se “Biblioteca Prefeito Prestes Maia”, onde se encontra o acervo do emérito Prefeito da Cidade de São Paulo. Toda coleção foi incorporada em 2003 a referida biblioteca, somando-se ao acervo os móveis de seu gabinete, vindos para a biblioteca em 2007. Em 27 de dezembro de 2012 com os términos da reforma a biblioteca criou-se a seção de Arquitetura e Urbanismo de real importância de pesquisa deste recorte histórico.
Seu passamento ocorreu em 26 de abril de 1965, cabendo a ele promover uma das maiores transformações ocorridas na cidade de São Paulo e encerrar sua administração de homem público probo, dando aos seus sucessores o exemplo de dignidade e de missão cumprida contemplando São Paulo com um urbanismo moderno prevendo o futuro desta grande Metrópole e transformá-la para sempre, com muito trabalho.
Seu sucessor, prefeito José Vicente de Faria Lima, recebeu o cargo de prefeito municipal em 8 de abril de 1965, 18 dias antes de Prestes Maia cerrar os olhos para sempre. O prefeito empossado vai deu continuidade às obras de expansão da cidade de São Paulo com o início das obras do metrô de São Paulo criando a Companhia Metropolitano de São Paulo, em 1966.
Adendo:
Representantes das Repartições Públicas, alunos das Faculdades de Arquitetura e Urbanismo, engenheiros e arquitetos, professores, entidades ligadas às causas sant’amarense e outras tantas afins, tiveram a oportunidade ímpar de participarem do evento realizado em 29 de abril de 2015, nas dependências do Teatro Leopoldo Fróes, na Rua Antônio Bandeira, 114, Santo Amaro, (mesmo prédio da Biblioteca Prefeito Prestes Maia) com o tema “A BIBLIOTECA E O ACERVO PRESTES MAIA”, de suma importância para a historiografia sobre o Prefeito Prestes Maia e seu legado para a cidade de São Paulo e Santo Amaro.


Estiveram presentes compondo os trabalhos Dulce Helena de Oliveira, coordenadora da biblioteca; *Maria Cristina da Silva Leme, doutora e professora da USP; o arquiteto Francisco Prestes Maia Fernandes e Adriana Prestes Maia Fernandes, respectivamente neto e filha de Prestes Maia que enobreceram a palestra com o vasto conhecimento sobre tão ilustre personagem. Foram profícuas as locuções de sua obra e vida na “Cidade” de Santo Amaro por ser a localidade detentora e guardião do acervo do Emérito Prefeito Francisco Prestes Maia que está disponível na "Biblioteca Prefeito Prestes Maia", situada na Avenida João Dias, 822, em Santo Amaro/SP.
Referências:
MAIA, Francisco Prestes. Estudo de um plano de avenidas para a cidade de São Paulo. São Paulo: Melhoramentos, 1930
MAIA, Francisco Prestes. Os melhoramentos de São Paulo. São Paulo: PMSP, 1945.
PORTO, Antonio Rodrigues. História Urbanística da Cidade de São Paulo (1554 a 1988). São Paulo: Carthago, 1992. p. 167 a 169.
TOLEDO, Benedito Lima de. Prestes Maia e as Origens do Urbanismo Moderno em São Paulo. São Paulo: Empresa das Artes, 1996. CRÉDITO DE IMAGENS.
FOTOS EM FOCO:
"Arquivo Fatorelli" e as fotos preto e branco do Arquivo Municipal de São Paulo

























quarta-feira, 2 de abril de 2025

O ESTADO DE DIREITO SEM DIREITO NO BRASIL

No Brasil tudo tem valor para o "amigo do alheio"!

A cidade de São Paulo está entregue a própria sorte e quem manda e desmanda é a bandidagem, o cidadão é escrachado de trouxa pelas próprias autoridades como a dizer: “VOCÊ TEM QUE SE PROTEGER POR SI MESMO”! (Quem já fez B.O. nos D.Ps. sabe bem o que isso representa!)
Os túmulos de cemitérios e as estátuas de bronze da cidade de São Paulo foram todos roubados e os padres trancam as igrejas depois das missas para não saquearem tudo, roubam imagens e vendem no câmbio negro!
Não se pode andar com nada de valor, correntes, alianças de ouro, matam por um celular, ou por uma bicicleta! O crime compensa e acontece todos os dias e já se tornou rotina!
Roubam tudo, pois alguém compra, tem até ferro velho 24 horas, funcionando dia e noite, pois ladrão “trabalha” mais de madrugada!
Roubam carros e desmancham para venderem peças avulsas, roubam toda a fiação elétrica para venderem a bom preço, roubam bujões de gás, torneiras de latão, e o pior ROUBAM O SOSSEGO DA POPULAÇÃO!
O dia primeiro de abril, no Brasil, é chamado “Dia da Mentira”, mas na realidade são todos os dias uma grande mentira e os políticos são corruptos ao extremo e a justiça inocenta esses bandidos que pagam e saem como “grandes homens” do Brasil!
Aquele lema da bandeira brasileira "ORDEM E PROGRESSO" é uma grande mentira e HOJE deveriam alterar para "DESORDEM E RETROCESSO"!