terça-feira, 22 de março de 2011

HAUSSMANNIZAÇÃO E GENTRIFICAÇÃO DA CIDADE DE SÃO PAULO: "NOVA" LUZ!

Nova Luz: Do Campo Redondo a Campos Elíseos Estação Ferroviária em 1866 - ACERVO CONDEPHAAT ESTAÇÃO 1880: OBRA DE BENEDICTO CALIXTO - MUSEU PAULISTA (IPIRANGA)

São Paulo tendo sido, no século 19, o “ponto de encontro” do tardio desenvolvimento agroindustrial, iniciado através das fazendas de café precisava constituir nova estrutura.
Chacará Mauá, Campo Redondo ou Charpe,1870. Crédito: Arquivo Depart. Cultura


Barão de Mauá iniciou conversações com investidores estrangeiros para vender suas terras no Campo Redondo, em São Paulo, para a construção da nova estação, além de suas ações da São Paulo Railway que daria origem a Estrada de Ferro Santos-Jundiaí inaugurada em 4 de abril de 1867.


Deste modo a antiga região que anteriormente foi sendo ocupada desordenadamente agora recebia “status” de desenvolvimento, surgindo o primeiro bairro projetado de São Paulo denominado Campos Elíseos, intensificado com o projeto da nova estação construída pela São Paulo Railway, nas décadas de 1860 e 1870.


NOVO MODELO TRANSFORMA AS RELAÇÕES DE MERCADO INTERNACIONAL

A INGLATERRA E SEUS INTERESSES DOS LUCROS PROVENIENTES DOS INVESTIMENTOS: PROVENTOS DE SUA REVOLUÇÃO INDUSTRIAL


O CONTROLE DO DESENVOLVIMENTO MUDA DE MÃOS!

NOVA ECONOMIA TRANSFORMA AS DIRETRIZES DO MERCADO INTERNACIONAL

UM NOVO PRODUTO DESTACA-SE NA BOLSA DE LONDRES

UMA NOVA ESTRUTURA SERÁ MONTADA COM A IMIGRAÇÃO EUROPÉIA PARA O BRASIL QUE PASSA POR UM NOVO MODELO ANTERIORMENTE DE PRODUÇÃO SERVIL PARA REMUNERAÇÃO DE MÃO DE OBRA

O PRODUTO EM DESTAQUE: CAFÉ


AÇO INGLÊS: EARL DUDLEY STEEL(lastro "trocado" pelo café) Nessa época, os detentores das terras de fazendas de café do interior paulista, adquiriram terras do antigo Campo Redondo que anteriormente fazia parte dos investimentos de Irineu Evangelista de Sousa[1], o barão e visconde de Mauá, industrial, comerciante, político e banqueiro do Brasil, apoiado pelos maiores financistas europeus da dinastia dos Rothschild.
Assim a antiga Chácara Mauá, propriedade do visconde de Mauá passou a integrar o patrimônio da São Paulo Railway. Em 1868 passa a chamar-se Chácara do Charpe. Caxias e seu Séquito, Protetor do Império dos Bourbon: Quem te protegerá?

Praça: Isabel, descanse em paz nos Campos Elíseos verdejantes, como em braços explendidos de Orfeu, teus súditos de agora descansam!
Em 28 de novembro de 1865, na região o poder municipal denominou o Largo dos Guaianases, que na atualidade é parte da Praça Princesa Isabel, nome este promulgado pela Lei nº 2.443 de 19/12/1921, assinada pelo Prefeito Firmiano de Moraes Pinto, em homenagem a filha do Imperador do Brasil, D. Pedro II e da Imperatriz Teresa Cristina de Bourbon.
Jardim da Luz: março de 2011
O século XIX na Europa estava passando por grandes conflitos e eram formados barricadas contra administraçoes expúrias. A França estava sobre a imposição de Napoleão III, que temerário pelos confiltos urbanos convocou Georges-Eugène Haussmann para remodelar a capital da França.


Rua do Triunfo: Onde está tua Glória triunfante?

Com “projeto de modernização e embelezamento estratégico da cidade realizado pelo Barão de Haussmann[2], o “artista demolidor”, passou a estruturar a “gentrificação” local, sinônimo de enobrecimento da cidade e conhecido como “haussmannização”,que pretendia, além de tornar a cidade mais bela e imponente, cessar com as barricadas que foi palco do levante da Comuna de Paris, em 1871, portanto há 140 anos.
O Demolidor do Futuro: Nova Luz
Esquina da Rua Gal. Couto de Magalhães com Rua Mauá
Pensou-se em controlar as insurreições e os combates populares, além da expulsam de seus antigos moradores centrais para a periferia da capital, a partir da verdadeira demolição das ruas e construções antigas para uma nova organização geométrica de casas e comércios centrais.
Campos Elíseos de São Paulo

Família Dumont Villares em Campos Elíseos -crédito: Fundação Energia e Saneamento

*Em 1891 Santos Dumont comprou um Peugeot e enviou ao Brasil. Há documento do poder público de São Paulo, que Henrique, irmão de Santos Dumont, é um dos pioneiros do automobilismo da capital bandeirante, juntamente com o Conde Álvares Penteado, em 1901.

Alameda Cleveland,nº 601-Casarão Santos Dumont/atual Museu de Energia
O Bairro de Campos Elíseos, em São Paulo, foi o primeiro bairro idealizado nos moldes deste novo conceito de “sistemas de cidade”, com estrutura de quarteirões definidos nos moldes urbanísticos europeus. Deste modo a capital paulista recebeu influência da famosa Avenida Champs Elysées, onde fica o Arco do Triunfo, em Paris. Os arquitetos Frederico Glette e Victor Nothmann entregaram a execução do projeto de loteamento da antiga chácara ao engenheiro Hermann von Puttkamer.
Avenida Rio Branco, esquina com Alameda Glete
O "Palacete Elias Chaves", situado na atual Avenida Rio Branco, em Campos Elíseos, da família de Elias Antonio Pacheco Chaves, foi inspirada no Castelo de Écouen, de estilo renascentista, na França. A construção foi iniciada em 1892 pelo arquiteto alemão Matheus Häussler e com orientação de João Grundt, alemão de Hamburgo, e que estava em São Paulo para trabalhar nas obras do Viaduto do Chá, projetado por Jules Martin, no vale do Anhangabaú. O Palacete foi concluído em 1899, com orientação do arquiteto Cláudio Rossi. Em 1907, a família vendeu-o ao governo que o destinou como moradia de presidentes da Província de São Paulo, sendo seu primeiro morador o conselheiro Rodrigues Alves, em 1912, quando recebeu o nome de “Palácio dos Campos Elíseos”.

Em 2003, o governo do Estado começou o projeto de restauração do Palácio Campos Elíseos, financiado pela Lei Rouanet, com abatimento de impostos para os patrocinadores, e orçado em R$ 8 milhões. Permanece até hoje em reformas e fechado, do “esforço” da administração municipal de São Paulo, em “revitalizar o centro”, no novo conceito de “haussmannização” semelhante ao de Paris, a “Cidade Luz”, com as devidas garantias e respeito aos antigos moradores das imediações, do que foi símbolo de desenvolvimento de São Paulo que continua em luta com seu passado de taipa e contra as futuras barricadas existentes, mesmo que ocultas, independente das intervenções, pois as relações sociais permanencem esquecidas pelo poder público em seus investimentos nesta Megalópole, a cidade da “Nova Luz”... Estação Júlio Prestes: Qual é o Caminho para a Cidade de São Paulo?

Notas:

[1] Entre 1855 e 1856, Barão Mauá iniciou conversações com investidores para a construção de uma ferrovia de Santos a Jundiaí na Província deSão Paulo.Em 1863 vendeu as suas ações da São Paulo Railway que deu origem a Estrada de Ferro Santos-Jundiaí inaugurada em 4 de abril de 1867. Capitalizado o Barão fundou em 1º de janeiro de 1867, o banco Mauá & Cia que sucedeu a Mauá, MacGregor & Cia, formado em 30 de abril de 1855 juntamente com 182 investidores. No final da década de 1860 iníciava-se o processo de falência de Mauá. Em 26 de novembro de 1884 recebe carta de reabilitação de comerciante após ter liquidado as dívidas com os seus credores e passa a exercer a atividade de corretor de café. [2] Georges-Eugène Haussmann foi advogado, funcionário público, político e administrador francês e prefeito “remodelador” de Paris durante 17 anos, cuidando do planejamento da cidade, com a colaboração de arquitetos e engenheiros renomados na época. Haussmann planejou uma nova cidade, modificando e criando parques parisienses, além de mandar construir vários edifícios públicos contratando as maiores empreiteiras da Europa.
Referências:
SCHWARCZ, Lilia Moritz. As Barbas do Imperador: D. Pedro II, Um Monarca nos Trópicos. São Paulo: Companhia das Letras, 1998.

CALDEIRA, Jorge. Mauá: Empresário do Império. São Paulo: Companhia das Letras, 1995.




domingo, 20 de março de 2011

UM NOVO PORVIR: A COMUNA É O CREPÚSCULO OU A AURORA DOS POVOS?

PELA PRIMAVERA DOS POVOS E O FIM DAS DINASTIAS

O Estado é o instrumento controlado por uma classe dominante, um clã que o utiliza para exploração das massas na garantia e controle de seu domínio.

“O Estado... é a consagração histórica de todos os despotismos, de todos os privilégios, a razão política de todas as escravizações econômicas e sociais, a própria essência e o centro de toda a reação” (BAKUNIN). Em 18 de março de 1871 a Comuna de Paris assume o controle em Versalhes contra a invasão estrangeira e o domínio dos “escolhidos” pelos impérios.

Os Communards declararam:

"Somos a barreira inexoravelmente erguida contra qualquer tentativa de derrubada da República. Não queremos mais as alienações, as monarquias, os exploradores nem os opressores de todo tipo que, chegando a considerar seus semelhantes como uma propriedade, fazem-nos servir à satisfação de suas paixões mais criminosas. Pela República Francesa e, depois, pela República Universal. Chega de opressão, de escravidão ou de ditadura de qualquer tipo; pela nação soberana, com cidadãos livres, governando-se conforme sua vontade. ... Então, o lema sublime: Liberdade, Igualdade, Fraternidade, não será mais uma vã palavra".

O Comitê Central, mais tarde, lança um manifesto em que define suas perspectivas:

"O princípio de autoridade está doravante impotente para restabelecer a ordem na rua, para fazer renascer o trabalho nas oficinas, e esta impotência é sua negação ... A independência da Comuna é a garantia de um contrato, cujas cláusulas, livremente debatidas, porão um fim ao antagonismo das classes e assegurarão a igualdade social ... Hoje, o povo de Paris é clarividente ... Rejeitará qualquer prefeito, qualquer representante do poder central imposto por um Governo estranho a suas aspirações". Combates Líbia Foto Reuters(2011)

Em pleno século 21, novamente, os povos precisam levantarem-se contra a opressão e os domínios do autoritarismo, independente do modelo instituído, déspotas da mesma raiz, que não querem aprender com a história, repetindo os desmandos antigos.
Protestos LÍBIA Foto Reuters(2011)

Assim se levantaram o Egito, a Líbia, a Tunísia com a "Revolução de Jasmin" e o Iêmen com a "Revolução das Rosas" e se percebe que não é mais tolerável a repressão dos povos, independente das ideologias.
Áreas Públicas Egito Foto- Ben Curtis-AP(2011)

As revoltas populares ganham as ruas, os povos se comunicam entre si para gerar verdadeiras revoluções sociais, não somente para derrubarem governos, mas para abolirem a repressão do o Estado, este monstro incontrolável em suas aspirações, instaurando novas relações, independente do lugar.
Mão de egípcio que retira barricada na Praça Tahrir, no Cairo. Egito Foto-Ben Curtis-AP(2011)

A última barricada em Paris foi a Rua Oberkampf, tomada pelos versalheses, militares de França, em 28 de maio de 1871, mas as aspirações de liberdade não morreram nestes 140 anos na busca definitiva derrota do Estado opressor.
Barricadas erguidas pelos communards em frente a La Madelaine
Os 72 dias "infindáveis" da história!

"OS DIAS DA COMUNA"
Bertold Brecht

Considerando nossa fraqueza os senhores forjaram
Suas leis, para nos escravizarem.
As leis não mais serão respeitadas
Considerando que não queremos mais ser escravos.

Considerando que os senhores nos ameaçam
Com fuzis e com canhões
Nós decidimos: de agora em diante
Temeremos mais a miséria do que a morte.

Consideramos que ficaremos famintos
Se suportarmos que continuem nos roubando
Queremos deixar bem claro que são apenas vidraças
Que nos separam deste bom pão que nos falta.

Considerando que os senhores nos ameaçam
Com fuzis e canhões
Nós decidimos, de agora em diante
Temeremos mais a miséria que a morte.

Considerando que existem grandes mansões
Enquanto os senhores nos deixam sem teto
Nós decidimos: agora nelas nos instalaremos
Porque em nossos buracos não temos mais condições de ficar.

Considerando que os senhores nos ameaçam
Com fuzis e canhões
Nós decidimos, de agora em diante
Temeremos mais a miséria do que a morte.

Considerando que está sobrando carvão
Enquanto nós gelamos de frio por falta de carvão
Nós decidimos que vamos toma-lo
Considerando que ele nos aquecerá

Considerando que os senhores nos ameaçam
Com fuzis e canhões
Nós decidimos, de agora em diante
Temeremos mais a miséria do que a morte.

Considerando que para os senhores não é possível
Nos pagarem um salário justo
Tomaremos nós mesmos as fábricas
Considerando que sem os senhores, tudo será melhor para nós.

Considerando que os senhores nos ameaçam
Com fuzis e canhões
Nós decidimos: de agora em diante
Temeremos mais a miséria que a morte.

Considerando que o que o governo nos promete
Está muito longe de nos inspirar confiança
Nós decidimos tomar o poder
Para podermos levar uma vida melhor.

Considerando: vocês escutam os canhões
Outra linguagem não conseguem compreender
Deveremos então, sim, isso valerá a pena
Apontar os canhões contra os senhores!

sábado, 19 de março de 2011

Brasil, remedo de nação

Estado mentiroso e também ladrão

Sempre que se vive na dependência do Estado, tudo são promessas e descrédito, prevalecendo a submissão dos povos, independente de ideologias formalizadas.

O Estado além de mentiroso vive dos dispêndios deste mesmo povo; em suma, furta como um larápio surrupia a bolsa de quem trabalha, e, deste modo se torna também ladrão. Os gastos do Estado são sempre acima da capacidade de manter o séquito no poder, assumindo assim compromissos de câmbios de mercado, onde esta falsa riqueza não participa do desenvolvimento da nação saqueada. Usa-se o modelo do mendigo com o chapéu nas mãos, que buscam unicamente cobrir desperdícios anteriores para o equilíbrio da balança em investimentos provindos de fora. Nunca os ministérios inchados explicam o que acontece no subterrâneo deste capitalismo que não compartilha jamais com o crescimento justo para todos que vivem para sustentar esse malefício ordinário denominado Estado.

O que é um país rico? O país pretensamente dono de seus desígnios, deve ser assim denominado, desde que os trabalhadores participem destas riquezas e recebem parte das riquezas produzidas pelo desenvolvimento verdadeiro, sabendo o que acontece em todo este processo.

O Brasil é um remedo de nação, com falta de padrão e sem planejamento de médio ou longo prazo. Tudo é feito para o momento imediato, sem benefício participativo para amplitude em novas metas a serem alcançadas.

Nunca neste país cooperou-se com o crescimento das condições humanas, existindo uma guerra de valores de bastidores onde cada qual batalha sua condição subjetiva. O país é fraco e sua mentalidade colonial não permite que se desprenda desta condição antiga e escrava, mantendo as mesmas estruturas de subjugação pela força controlada pelos quartéis, estes também controlados a soldos maiores do que as estruturas educacionais, que pelo descaso não se desenvolverão jamais na proporção que deveria se mantido o modelo atual. A transmissão do conhecimento manteve o continuísmo, nas condições arcaicas anteriores, sendo que dos bancos escolares dever-se-ia fomentar o saber necessário do crescimento real para respeito de nação pelo seu próprio esforço de desenvolvimento com pesquisa para o progresso do país.

A economia mantém seu patamar no valor dos interesses de mercado externo, com pecúlio das financeiras, unicamente expandindo o capital de especulação.
As grandes nações lançam seus métodos de monopólio e não abrem mão de vender sua tecnologia já obsoleta para os povos paupérrimos em soluções que não servem mais para seus interesses de desenvolvimento. Deste modo, adquirindo este saber ultrapassado, as nações controladas tecnologicamente, mantêm seu nível moroso e não sabem como competir com as grandes transformações. Evidentemente que os grandes corsários “capitalistas mundializados”, eclipsam esta globalização financeira para os lugares de maior rendimento, observando a oportunidades de angariar fundos para este pseudo progresso, que não se mantém por si, o capitalismo falso se apresenta como solução doce, mas se torna como remédio amargo, e o pior é que não cura.

Estes grandes investimentos de mercado externo são repatriados para varias partes do mundo numa jogatina de roleta, onde a mesa das apostas é controlada pelo “congresso de seniores”, sem escrúpulos de pensar-se num crescimento real de desenvolvimento independente.

O desenvolvimento do Brasil é falso, recôndito e sem expressão para o mundo. Somos o maior tsunami como país, destruímos tudo nas ondas fortíssimas da ganância governante, que se mantém nas fimbrias da Tribo em busca rápida de nos tornarmos nação à custa de outrem!

segunda-feira, 14 de março de 2011

ESTADO, UMA MENTIRA BEM CONTADA DOS PARTIDOS POLÍTICOS

O REI OU O PRESIDENTE VIVEM DA VASSALAGEM

O Estado é um “ente ficcional” instituído por semelhanças em culturas, línguas e costumes. O Estado não deve ser instituição por um poder controlador imposto para a sociedade formada pela vontade do povo, e isto denota o sentido de afirmação no bem estar do povo.

O Estado é um produto da sociedade, e em uma determinada fase de seu desenvolvimento, tornou-se alienante e produto desta sociedade que o gerou, envolvido nas suas próprias contradições.

O Estado foi criado para administrar os antagonismos de classes conflitantes e mantê-las dentro dos limites da "ordem" que se quer como padrão de domínio.

Em determinado momento o poder do Estado posicionou-se acima da sociedade pelos interesses econômicos, controlado por uma regra de jogo financeiro, aparentemente permanente e acima da sociedade. O Estado e a economia atrelaram-se para, juntos, ter o domínio da sociedade e suas reivindicações.

Paralelamente a riqueza em mercadorias ao lado de riqueza em dinheiro, há também riqueza na terra. Os indivíduos com "direito de posse” em um pedaço de terra atribuídos a direitos consuetudinários do clã ou tribo tornou-se tão estabelecido na terra que a mesma passou como sua propriedade hereditária.

Quando passado para um novo proprietário desaparece o vínculo que havia por parte do titular abala-se toda essa estrutura que foram estabelecidas pelo direito anterior do clã (tribo), cortando os laços que haviam anteriormente associados à terra.

Com o poder do Estado estabelecendo novas regras econômicas expulsaram-se os autóctones e os agricultores das terras comuns que não rogou pela propriedade por estabelecimento de tempo, onde as mesmas eram usadas para uso e fruto, e reclamadas como propriedade do Estado.

O poder imposto como “poder soberano” fez tornar-se legal, pela imposição de suas leis de interesses naquele momento histórico, subtraiu o direito a terra de quem vivia dela, criando a partir deste momento a propriedade privada da terra, e repassando-a como herança aos de outra cepa, as raízes denominadas legítimas pela força da lei instituída pelos interesses do Estado.

O Estado induz a alienação, processo que afeta a natureza do racional e pelo qual o mundo parece constituído de coisas independentes umas das outras, observadas sem consciência política ou social, produto criado por quem deseja controlar o meio para submeter à consciência e à situação de outros homens, ocultando ou falsificando o real de vidas que buscam a felicidade.

Não se resume o direito ajuizado às condições estatais e jurídicas da imposição (do Estado) que buscam manter as idéias de sua existência, alienante e dirigida por partidos políticos apodrecidos em sua essência e arcaicos em suas ideologias ultrapassadas, natimorto em suas raízes, pois somente administra interesses de poucos.

O Estado absoluto do rei, ou do Presidente democrata, ou do ditador, tem a mesma essência, pois sempre vivem da vassalagem e a mesma estrtura de controle.

Cessando o Estado, cessa a corrupção e deste modo os povos poderão obter o bem estar almejado, sem Estado doutrinário e controlador, que confunde democracia com capitalismo, reflexo de uma mentira bem contada!

domingo, 6 de março de 2011

Chácara Tangará, Parque Burle Marx e as ruínas da Capela de Santo Ignácio de Loyola

Onde "moram" as instituições de preservação do patrimônio histórico?

A Chácara Tangará localizada na Avenida Marginal do Rio Pinheiros, na entrada do Panamby, Morumbi é uma área 482 mil m2 da antiga fazenda da família Pignatari, com "reminiscência" de Mata Atlântica no planalto de São Paulo.

Por iniciativa de Baby Pignatari, industrial proprietário da Caraíba Metais e investidor nos aviões Paulistinha e de grande sucesso da década de 50, da família Matarazzo, foi edificado as construções do arquiteto Oscar Niemeyer e seus jardins foram idealizados pelo paisagista Burle Marx[1]. O local mais tarde foi adquirido pela administradora Lubeca, vinculada a Bunge y Born.
Evidentemente que um local aprazível teve interesse das empreiteiras para aprovação de projetos imobiliários, consentido por demandas municipais. Alguns ambientalistas e entidades civis solicitaram o tombamento junto aos órgãos oficiais, conseguindo manter um mínimo de preservação. Deste modo a chácara ficou protegida por legislação ambiental e seu parcelamento foi objeto de negociação com a Prefeitura, nascendo então o Parque Burle Marx, área pública com gestão privada, funcionando como reserva de valor favorecendo o empreendimento dos investidores imobiliários.
OBLITERAÇÃO:
(FAZER DESAPARECER UMA COISA, POUCO A POUCO, ATÉ DELA NÃO EXISTIR NENHUM VESTÍGIO)
Capela de Santo Ignácio de Loyola: Local Parque Burle Marx

Dentro do espaço do Parque Burle Marx há uma ruína anterior ao antigo proprietário e os atuais: trata-se da Capela de Santo Ignácio de Loyola.
RESISTIR AO TEMPO: ATÉ QUANDO?

O que se sabe desta antiga construção não é muita coisa, talvez uma edificação típica de meados do século XVIII, em taipa de pilão, técnica construtiva, de paredes grossas e anterior a alvenaria. Possuem três compartimentos, uma maior que seria propriamente a capela, um conjugado a primeira citação, que pode ter sido sacrário e o altar com uma porta de acesso na lateral a pequeno cômodo que talvez fosse a sacristia, local de uso exclusivo do pároco.
A construção em taipa de pilão, idealizada por algum "arquiteto" do passado, reunindo "construtores" que usavam as mãos como ferramenta em "sopapos" constantes possui ainda cobertura de telhas feitas a mão, sem um padrão industralizado tipo meia cana, com caída em duas águas. O terreno em que se encontra implantada a Capela de Santo Ignácio de Loyola é hoje cercado por grades como uma prisioneira, pode ter pertencido à antiga sesmaria de Afonso Sardinha, que se perdia de vista nas margens do Rio Jeribatiba (ou Jurubatuba, nome de estação da CPTM na atualidade) um rio caudaloso com 45 quilômetros de curvas ( hoje um canal de 27 Km) depois chamado dos Pinheiros, por ter em sua margem muitos “pinheiros do Paraná” (araucárias) e que deu origem ao aldeamento indígena Pinheiros, idealizado pelos jesuítas .
A origem da capela neste local é ainda obscuro, assim como a reverência a Santo Inácio de Loyola, talvez uma homenagem ao idealizador da “Companhia de Jesus” e por ser este local o caminho escolhido para acesso do litoral de Conceição de Itanhaém entrando para a boca de sertão onde a Serra do Mar é mais baixa em relação a São Paulo que possui 700 metros de altitude, e o local deste acesso em torno de 400 metros, com navegação possivel pela grande quantidade de rios e que originou Santo Amaro, Itapecerica, Embu, Carapicuiba e tantas outras até o marco do Pico do Jaraguá, das terras de Afonso Sardinha.

RAÍZES E BURACOS DA HISTÓRIA, LACUNAS INEXPLICÁVEIS POR CONTA DE OUTROS INTERESSES!!!


O Santo Ignácio

Inácio nasceu no castelo de Loyola em 1491, sendo o último dos 13 filhos de Dom Beltrán de Loyola e. Maria Sonnez. Aos 16 anos foi enviado como pajem ao palácio de Juan Velásquez de Cuellar, contador dos Reis Católicos, Fernando e Isabel, o que lhe permitiu contato com a corte de Espanha. Servindo as forças do rei, foi ferido em combate. Depois deste fato fez os votos Montmartre, o que marcou propriamente o início da Companhia de Jesus, estruturada nos moldes da obediencia militar onde uma companhia era geralmente conhecida pelo nome de seu capitão. Na Bula latina de fundação eles foram chamados “Societas Jesu”. Santo Inácio faleceu em Roma, no dia 31 de julho de 1556.

Considerações

O papel dos jesuítas foi também primordial nas demandas de penetração no território paulista onde brilharam os padres Manoel da Nobrega, José de Anchieta, idealizadores do colégio nas terras de Tibiriça, ou, mais tarde, o padre Belchior de Pontes nas terras de Ibirapuera, que perteciam aos guaianases do cacique Caiubi*, com alguma reminicência talvez em povos de aldeias em Parelheiros, Bororé.
Enfim, existe um lugar conhecido como Parque Burle Marx e outro “desconhecido” pelas instituições que cuidam do patrimônio histórico.
Afinal o que são quatro paredes de taipas de pilão da minúscula Capela de Santo Ignácio de Loyola em ruinas na zona sul, no Parque Burle Marx?
Restam, deste carnaval, onde tudo é liberado, as cinzas do descaso. Uma imagem vale mais que mil palavras!!!

Notas:

[1] Tombamento da Chácara Tangará: Processo: 27096/89, Tombamento: 10 de 6/4/94, publicado no Diário Oficial: 7/4/94. Livro do Tombo Arqueológico, Etnográfico e Paisagístico: Inscrição nº 28, p. 309, 23/5/1994.

*O Padre José de Anchieta dá a seguinte informação:"Em Piratininga, da Capitania de S. Vicente, Cay Oby, velho de muitos annos, deixou uma (mulher) de sua nação, também muito velha, da qual tinha um filho, homem muito principal e muitas filhas casadas, segundo seu modo, com Índios principaes de toda a aldeã de Jeribãtiba, com muitos netos, e sem embargo disso casou com outra que era Guayanã das do mato, sua escrava tomada em guerra, a qual tinha por mulher"

Da expressão Guayanã do mato e se infere em boa lógica que havia também em Piratininga o Guayanã do campo, o mesmo que o autor do Roteiro nos descreveu, que talvez fosse da mesma nação do velho Cay Obiy.

Crédito: Sampaio, Theodoro. 1897. A nação Guayanã da Capitania de São Vicente. Revista do Museu Paulista, vol. II, p. 115-128. São Paulo: Typ. a Vapor de Hennies Irmãos.

sábado, 5 de março de 2011

HOSPITAL MATARAZZO OU (H)UMBERTO PRIMO: FUMAÇA E FOGO

UM EMBRULHO DO EMBROLHO: O PATRIMÔNIO DOS FUNDOS DE PENSÃO

Tudo que é solido desmancha no ar! Assim acontece com o “planejado” para durar o tempo necessário de uma ou duas gerações, quiçá três. Uma riqueza chega a filhos, mas não chega a netos. Pai rico, filho nobre, neto pobre! Falta de estrutura desaba quaisquer planos de consolidação de impérios que por si caem pela prática de suas ineficiências e imprevidências administrativas.
PRAÇA SOUZA ARANHA- AVENIDA MATARAZZO

Deste modo as Empresas Reunidas Fábricas Matarazzo (IRFM), o maior império empresarial da América Latina, sucumbiu. Na atualidade há apenas resquícios desta historiografia em livros acadêmicos. Repassar todo este filme requer muita transpiração acadêmica em busca de fragmentos montando essa urdidura do emaranhado de linhas que formam este grande tecido chamado Matarazzo; uma demolição inexplicável da “desindustrialização” nacional. AVENIDA MATARAZZO: RESQUÍCIO DS INDUSTRIAS REUNIDAS
Sempre volta a tona pequenas notas jornalísticas de disputas judiciais de terrenos existentes na cidade de São Paulo, e, na atualidade diz respeito do que foi símbolo de excelência médica da capital: O HOSPITAL MATARAZZO OU UMBERTO PRIMO, complexo de uma área total é 27.419 m² de área construída em um terreno de 19 mil m2, que passou para o fundo de pensão dos funcionários do Banco do Brasil, Previ. Um dos principais credores da " Família Matarazzo" , o Banco do Brasil “comprou o Hospital Matarazzo” ao preço módico de aproximadamente R$ 34 milhões de reais com o intuito do uso do amplo terreno, mas não os edifícios, para implantação de um grande projeto imobiliário no local.A compra do Hospital Matarazzo ocorrida em 1996 estava vinculado ao projeto de reforma do Hospital e à construção de um shopping e um flat para idosos. Neste período, houve impedimento judicial para construção dos edifícios previstos, mudando as condições econômicas para implementação do projeto.
HOJE QUAL HOMENAGEM MERECES?
OS DOIS FRANCISCOs: BUSTO HOMENAGEM

O Hospital, inaugurado em 1904[1], esta(va) localizado no quarteirão da Avenida Paulista, na Bela Vista, no quarteirão compreendido da Rua São Carlos do Pinhal, Itapeva e Alameda Rio Claro.
14 DE AGOSTO DE 1904: DIA DA INAUGURAÇÃO DO HOSPITAL

A maternidade começou a funcionar em 1943 onde muitos paulistanos nasceram e onde se faziam a maioria dos partos juntamente com a Maternidade São Paulo, na Rua Frei Caneca, também desativada em 2003.
A família Matarazzo forneceu as condições filantrópicas até 1986, quando foi adotada uma gestão de parceria com o governo do estado de São Paulo, até a interdição pela Vigilância Sanitária ocorrida em 17 de outubro de 1993.
Em 1996, o complexo foi vendido para a PREVI, Caixa de Previdência do Banco do Brasil, que tentou reverter a área tombada desde 1986[2]. Uma ação judicial impediu o processo desta pretensão em 1999.
A PREVI com participação acionária nas principais companhias brasileiras ocupa o 25.º lugar no ranking dos 300 maiores fundos de pensão do mundo pela classificação da americana Pensions & Investments, especializada em previdência complementar, sendo a primeiro do topo da lista dos principais investidores do mercado de capitais no Brasil. A estimativa que o imóvel localizado na Alameda Rio Claro, nº 190, valha na atualidade R$ 260 milhões, daquilo que em 1996 custou para o fundo de pensão R$ 68 milhões, (o dobro do valor do bem de penhora do credor Banco do Brasil!!!) o equivalente hoje a cerca de R$ 160 milhões, corrigidos segundo a tabela de atualização de valores imobiliários. A fundação tem participações acionárias importantes em empresas de setores diversos, como Vale ( antiga Vale do Rio Doce), Embraer, Petrobras, Bradesco, Itaú-Unibanco, AmBev, Usiminas, Gerdau, Neoenergia, CPFL e Oi.

Os fundos de pensão participam financeiramente das grandes obras do governo. Patrocinados pelas estatais, Banco do Brasil, Petrobrás e Caixa Econômica Federal, os três principais fundos, PREVI, PETROS E FUNCEF, administram juntos um patrimônio de R$ 230 bilhões, que representam parte do montante dos R$ 494 bilhões movimentados por mais de 300 empresas de previdência privada do País, em dados atuais.
CRESCIMENTO IMOBILIÁRIO: OS BÁRBAROS ESTÃO CHEGANDO!!!

Um grupo de investimentos chamado WWI Group (World Wide Investements),. fundo de investimentos com sede em São Paulo, tentou comprar o hospital Umberto Primo repassando o prédios tombados para a Pontifícia Universidade Católica que instalaria um novo campus no local, Mas a universidade esta(va) com uma dívida desde 2007, de 107 milhões de reais, com intervenção da chancelaria, da PUC, sendo socorrida por empréstimos do sistema financeiro privado dos bancos Real e Bradesco, em um "redesenho intitucional" alegando que era necessário conter o déficit, impôs um interventor na Fundação São Paulo para administrar as contas. Em meio à pior crise financeira de sua história, como a Pontifícia Universidade Católica de São Paulo poderia arcar com despesas extraordinárias neste empreendimento? Assim não se concretizou o negócio.
Perdendo a batalha a WWI não desistindo de seu intento agora aparece na mídia novamente com o slogan:
“São Paulo ganha um novo hotel, braço do luxuoso Royal Monceau, de Paris. Ele será instalado no ex-Hospital Matarazzo, que já passou pelas mãos da Prefeitura e também da PREVI. O investimento de peso é do grupo francês Allard, com coordenação do fundo brasileiro WWI”.
Com aprovação do CONTRU, CONDEPHAAT E CONPRESP, PMSP[3], esta sendo reformado, ou restaurado, o que restou do que foi excelência em saúde hospitalar do Brasil, o UMBERTO Iº.
Observação:

Esperemos não barrarem visitas futuras neste "local tombado", pois aqueles outros "patrimônios públicos" e que se tornaram restaurantes de luxo ou clubes, pronunciou-se com notas lacônicas através dos órgãos governamentais:
“Temos a informar, entretanto, que o tombamento não muda a propriedade do imóvel tombado. O principal responsável por este continua sendo o proprietário que tem o direito de decidir quem entra ou deixa de entrar no local”.

Atenciosamente,
Assinado: Executiva Pública

NOTAS:

[1] O Hospital Matarazzo, foi inaugurado em 14/8/1904, e construído pela "Societá Italiana de Beneficenza in San Paolo", criada em 1878 com a finalidade de prestar assistência de saúde aos “oriundi” (imigrantes italianos), através de fundos arrecadados junto aos grupos empresariais italianos, como os Crespi, Pignatari, Gamba, Falchi e os Matarazzo.

[2] HOSPITAL E MATERNIDADE (H)UMBERTO PRIMO / HOSPITAL MATARAZZO- HOSPITAL E MATERNIDADE (H)UMBERTO PRIMO 2: Alameda Rio Claro, 190 - Bela Vista - Processo: 23374/85 Tombamento: Res. 29 de 30/7/86 Diário Oficial: 1/8/86. Livro do Tombo Histórico: Inscrição nº 255, pp. 67 e 68, 23/1/1987.

[3] CONTRU: 2010-0.059-497-8
CONDEPHAAT: 32.344/1994
CONPRESP: 2009-0.051.935-1
PMSP: 2010-0.050.232.1

quinta-feira, 3 de março de 2011

SANTO AMARO, COBIÇA DE INTERESSES POLÍTICOS!

PESQUISAS SAINDO DA CATEDRA: SANTO AMARO(SP)

Pesquisar a região de Santo Amaro depende de imaginação e transpiração. Temos dois projetos em andamento referentes a historiografia local; um mais antigo que ousamos denominar “A Fotografia Como Concepção Histórica” e o outro mais recente que ousadamente denominamos “Revelando Santo Amaro”. É um trabalho árduo, como toda pesquisa de historiografia, que se amplia para a arqueologia, pois houve colaboração com o setor do metrô, linha 5, lilás, que ligará o Largo 13 de Maio, em Santo Amaro(SP), até a Chácara Klabin, para indicar locais onde a história foi soterrada pelo “progresso” anterior. Existe uma urdidura onde a pluralidade disciplinar completa-se com a somatória de vários campos de pesquisa. Há um acervo amplo de fotos de Guilherme Gaensly, colaborando com “The São Paulo Tramway, Light and Power, Company Limited” a empresa que monopolizou o sistema de transporte e iluminação elétrica em São Paulo.

Santo Amaro foi município independente de São Paulo até 1935, quando foram anexados os seus 640 quilometros quadrados, pois o local possuía “o maior centro industrial”, as represas de geração de energia estavam mais perto do porto de Santos para escoamento por ferrovias a produção paulista, além de ser o local para construção do Aeroporto da cidade, enfim, Santo Amaro foi cobiçado pelos interesses políticos de então, e, além disso, foi "Companhia Isolada do Exército de Santo Amaro",à força avançada da Revolução de 1932 para deter e proteger a Serra do Mar das forças de Getúlio Vargas, motivo este que foi o “estopim da anexação” após o término do conflito, daquilo que sempre o poder quis possuir, as riquezas da região, para manipular seus interesses, completado pela intervenção federal de Armando Salles Oliveira.

Santo Amaro tem uma historiografia “escondida nas caixas de sapatos de muitas famílias santamarenses”, não uso a palavra resgate, pois não há um penhor, um valor financeiro nisso tudo, mas um valor autêntico de preservação de raízes. O Monumento aos Heróis da Travessia do Atlântico foi o ápice, o marco, deste trabalho, depois de muito esforço de poucos abnegados que conseguiram retornar o referido monumento que estava no Jardim América para a Capela do Socorro, ausente desde 1985, foi reinaugurado e formalizado pelo poder em 19 de dezembro de 2010. Santo Amaro, com todo respeito à capital paulista, não era somente o Largo da Bola, até o final do século 19, ou depois o Largo 13 de Maio; Santo Amaro é a outra metade dos 1500 quilometros quadrados da Megalópole São Paulo do século 21!!!

As academias em suas teses de mestrado e doutorado deveriam incentivar e interessar-se por este nicho histórico ao invés de formarem doutores apenas “em pesquisas de bibliotecas”!!!